Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
23/3/2009 16:05
O relator da medida provisória que acelera o processo de regularização fundiária em terras na Amazônia Legal (MP 458), deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), negou que pretenda reduzir os percentuais de reserva legal. O parlamentar afirma que, ao incluir em seu relatório final o dispositivo que permite que posses com reservas de 50% da área sejam legalizadas, ele está apenas cumprindo o "princípio da irretroatividade".
"A Lei 4771/65 estabelecia reserva legal de 50%, então milhares ocuparam e outros receberam títulos com base nesta lei. Não é justo que sejam penalizados, porque eles cumpriram as determinações da lei que disciplinava a reserva legal", argumentou o advogado Asdrúbal ao Congresso em Foco. "A lei não retroage para prejudicar. É o princípio da irretroatividade. Vivemos em um Estado de Direito e os direitos devem ser respeitados", defendeu.
Polêmico, o dispositivo acrescido pelo relator dispensa a recomposição da vegetação em posses e propriedades que tenham 50% de suas áreas desmatadas. De acordo com o Código Florestal, a partir da Lei n° 9.393 de dezembro de 1996, toda a propriedade na Amazônia Legal tem que ter 80% de sua área preservada.
Além dessa mudança, Asdrúbal incluiu ainda a obrigatoriedade de todos os estados da Amazônia Legal realizarem o zoneamento ecológico-econômico em um prazo de três anos. Caso descumpra esse dispositivo, o estado fica proibido de celebrar novos convênios com a União. (leia entrevista)
"O zoneamento não se atrela à regularização. Pode-se fazer a regularização em 60 dias, conforme o prazo que o Ministério do Desenvolvimento Agrário, e a obrigatoriedade de fazer o zoneamento não vai de maneira nenhuma afetar isso", explica Asdrúbal. "Os estados que já tem o zoneamento, essa lei não vai ter aplicação, vai prevalecer o que já tem", completou.
O relatório da MP 458 foi apresentado pelo deputado Asdrúbal na última semana. A proposta deve ser votada pelos plenários da Câmara e do Senado. Ainda não há previsão de data para a apreciação da matéria, pois a pauta da Câmara permanece trancada por outras medidas provisórias.
Tags
Temas
LEIA MAIS
ENERGIA RENOVÁVEL
Governo impõe uso de energia limpa nova em projetos de exportação
Tentativa de Golpe
PRISÃO DOMICILIAR
PGR pede reforço policial na casa de Bolsonaro para evitar fuga
DESVIO DE APOSENTADORIAS
Após acordo, Duarte Jr. assume vice-presidência da CPMI do INSS