A Polícia Federal não encontrou até o momento indícios de crime como o motivo da explosão de um cilindro num laboratório da corporação em Manaus, que matou três peritos e feriu outro na sexta-feira. A assessoria da PF pondera que nenhum possibilidade foi descartada totalmente.
“Mas não há indício de que tenha sido algo premeditado”, disse a assessoria ao Congresso em Foco, na tarde deste domingo (1º).
Ontem, foi enterrado em Manaus o corpo do perito Antônio Carlos Oliveira. Hoje, está previsto o funeral de Max Augusto Neves Nunes, em Santarém, e de Maurício Barreto da Silva Júnior, em Recife. O diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, que foi ao Amazonas acompanhar as investigações, retornou a Brasília na madrugada deste domingo.
A assessoria da PF informa que não há prazo para a conclusão da perícia por conta da situação em que ficou o laboratório. “O laboratório não existe mais. O teto foi destruído. Ficou muito feio lá. Os fragmentos ficaram menores”, descreveu.
Em novembro do ano passado, a Receita Federal fez uma fiscalização numa franquia dos Correios em Manaus. Os servidores desconfiaram de um cilindro que, segundo a nota fiscal, deveria ser uma bomba de sucção. A Polícia Federal foi acionada e os agentes descobriram cocaína escondida no cilindro, que foi apreendido.
Na sexta-feira (27) à tarde, os peritos da PF analisavam o material recolhido meses atrás. “Eles avaliavam como a droga havia sido acondicionada lá, para atualizar a polícia sobre os métodos usados pelos traficantes”, explica a assessoria da corporação. Mas o artefato explodiu no laboratório. O perito Marcos Antônio Ferreira, que estava na sala ao lado, sobreviveu. (Eduardo Militão)