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Deputado bolsonarista
Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Edson Sardinha
25/1/2024 | Atualizado às 10:12
 
 
 Ramagem e Carlos Bolsonaro passaram virada de ano juntos. Foto foi usada em ações que resultaram na revogação da nomeação dele como diretor-geral da PF. Foto: Redes sociais[/caption]
Subordinado ao ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ramagem foi elogiado pelo chefe por sua atuação à frente da Abin assim que foi nomeado para a direção-geral da PF. "Transmitiu a seus subordinados uma nova concepção de inteligência, ágil e focada na informação tática, capaz de competir com a rapidez da Internet, reduzindo o preciosismo em prol da velocidade", escreveu Augusto Heleno no Twitter em março de 2020.
Como delegado, Ramagem participou da coordenação de grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio de 2016, e integrou a equipe da Operação Lava Jato. Em 2017, com a evolução dos trabalhos da Lava Jato no Rio de Janeiro, foi convidado a integrar a equipe de policiais responsáveis pela investigação e inteligência de polícia judiciária no âmbito da operação.
Passo a passo
Por indicação do então diretor-geral Maurício Valeixo, Ramagem assumiria no início do governo Bolsonaro a superintendência da PF no Ceará, mas acabou aceitando convite para ser auxiliar direto de Carlos Alberto Santos Cruz, então ministro da Secretaria de Governo. Ele permaneceu no governo como assessor especial de Luiz Eduardo Ramos, sucessor de Santos Cruz no cargo. Em seguida, foi indicado para chefiar a Abin com apoio dos três filhos políticos do presidente, o deputado Eduardo, escrivão de carreira da PF, o vereador Carlos e o senador Flávio Bolsonaro.
Para chegar ao comando da Abin, Ramagem passou por uma sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado, ocasião em que admitiu que o Brasil se encontrava atrasado na prevenção contra ataques cibernéticos e defendeu a atuação do governo com relação à entrada da tecnologia 5G no país. A indicação foi aprovada por unanimidade pela comissão e recebeu apenas três votos contrários no Plenário.
Quando entrou para a PF, Ramagem começou a trabalhar em Roraima e atuou no combate ao tráfico de drogas e outros ilícitos. Em 2007, foi nomeado delegado regional de Combate ao Crime Organizado. Em 2011, foi transferido para a sede do DPF em Brasília/DF com a missão de criar e chefiar Unidade de Repressão a Crimes contra a Pessoa. Em 2013, assumiu a chefia da Divisão de Administração de Recursos Humanos. A partir de 2016, foi responsável pela Divisão de Estudos, Legislações e Pareceres da Polícia Federal.
Abin paralela
Além de Ramagem, outros sete policiais federais e três servidores da Abin são alvos da Operação Vigilância Aproximada, deflagrada hoje. Os policiais foram afastados das funções públicas, suspeitos de integrar o grupo que usava ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial. A operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado.
"As provas obtidas a partir das diligências executadas pela Polícia Federal à época indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações" , diz a PF em nota. Ramagem afirmou que, por enquanto, não vai comentar a operação.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, acusou a PF de usar Ramagem para perseguir Bolsonaro. "Está claro que mais essa operação da PF de hoje contra o deputado Alexandre Ramagem é uma perseguição por causa do Bolsonaro. Esse negócio de ficar entrando nos gabinetes é uma falta de autoridade do Congresso Nacional. Rodrigo Pacheco deveria reagir e tomar providências. Isso é pura perseguição e pode acabar elegendo o Ramagem com mais facilidade no Rio de Janeiro", escreveu Valdemar nas redes sociais.
 Ramagem e Carlos Bolsonaro passaram virada de ano juntos. Foto foi usada em ações que resultaram na revogação da nomeação dele como diretor-geral da PF. Foto: Redes sociais[/caption]
Subordinado ao ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ramagem foi elogiado pelo chefe por sua atuação à frente da Abin assim que foi nomeado para a direção-geral da PF. "Transmitiu a seus subordinados uma nova concepção de inteligência, ágil e focada na informação tática, capaz de competir com a rapidez da Internet, reduzindo o preciosismo em prol da velocidade", escreveu Augusto Heleno no Twitter em março de 2020.
Como delegado, Ramagem participou da coordenação de grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio de 2016, e integrou a equipe da Operação Lava Jato. Em 2017, com a evolução dos trabalhos da Lava Jato no Rio de Janeiro, foi convidado a integrar a equipe de policiais responsáveis pela investigação e inteligência de polícia judiciária no âmbito da operação.
Passo a passo
Por indicação do então diretor-geral Maurício Valeixo, Ramagem assumiria no início do governo Bolsonaro a superintendência da PF no Ceará, mas acabou aceitando convite para ser auxiliar direto de Carlos Alberto Santos Cruz, então ministro da Secretaria de Governo. Ele permaneceu no governo como assessor especial de Luiz Eduardo Ramos, sucessor de Santos Cruz no cargo. Em seguida, foi indicado para chefiar a Abin com apoio dos três filhos políticos do presidente, o deputado Eduardo, escrivão de carreira da PF, o vereador Carlos e o senador Flávio Bolsonaro.
Para chegar ao comando da Abin, Ramagem passou por uma sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado, ocasião em que admitiu que o Brasil se encontrava atrasado na prevenção contra ataques cibernéticos e defendeu a atuação do governo com relação à entrada da tecnologia 5G no país. A indicação foi aprovada por unanimidade pela comissão e recebeu apenas três votos contrários no Plenário.
Quando entrou para a PF, Ramagem começou a trabalhar em Roraima e atuou no combate ao tráfico de drogas e outros ilícitos. Em 2007, foi nomeado delegado regional de Combate ao Crime Organizado. Em 2011, foi transferido para a sede do DPF em Brasília/DF com a missão de criar e chefiar Unidade de Repressão a Crimes contra a Pessoa. Em 2013, assumiu a chefia da Divisão de Administração de Recursos Humanos. A partir de 2016, foi responsável pela Divisão de Estudos, Legislações e Pareceres da Polícia Federal.
Abin paralela
Além de Ramagem, outros sete policiais federais e três servidores da Abin são alvos da Operação Vigilância Aproximada, deflagrada hoje. Os policiais foram afastados das funções públicas, suspeitos de integrar o grupo que usava ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial. A operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado.
"As provas obtidas a partir das diligências executadas pela Polícia Federal à época indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações" , diz a PF em nota. Ramagem afirmou que, por enquanto, não vai comentar a operação.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, acusou a PF de usar Ramagem para perseguir Bolsonaro. "Está claro que mais essa operação da PF de hoje contra o deputado Alexandre Ramagem é uma perseguição por causa do Bolsonaro. Esse negócio de ficar entrando nos gabinetes é uma falta de autoridade do Congresso Nacional. Rodrigo Pacheco deveria reagir e tomar providências. Isso é pura perseguição e pode acabar elegendo o Ramagem com mais facilidade no Rio de Janeiro", escreveu Valdemar nas redes sociais.Tags
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