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Comissão rejeita emendas a favor da reforma agrária

Congresso em Foco

6/10/2009 13:35

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Renata Camargo

A Comissão de Agricultura do Senado derrubou nesta terça-feira (6) duas emendas da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) que buscavam resgatar critérios de desapropriação de terras para fins de reforma agrária. Com o voto contrário do senador Sadi Cassol (PT-TO), os membros da comissão rejeitaram a emenda que mantinha o grau de utilização da terra (GUT) como critério de desapropriação e o dispositivo que retirava do Congresso a competência para atualização dos índices de produtividade.

Na atual Lei Agrária (Lei 8629/93), considera-se produtiva, entre outros critérios, aquela propriedade que atinge o GUT igual ou superior a 80%. Esse grau de utilização de terra é calculado pela divisão da área efetivamente aproveitada pela área aproveitável do imóvel. Um exemplo: se o proprietário explora economicamente 80 hectares de uma área útil de 100 hectares, significa que ele tem GUT de 80%. Na prática, esse índice busca inibir que propriedades rurais privadas se mantenham ociosas.

A extinção do GUT como critério para medir produtividade foi proposta no relatório da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) ao projeto de lei que atualiza os índices de produtividade (PLS 202/05). O relatório foi aprovado em agosto na Comissão de Agricultura do Senado. A senadora Serys, no entanto, recorreu ao plenário para tentar modificar a proposta e apresentou as emendas votadas hoje.

"A Constituição diz quais são as propriedades que não podem ter reforma agrária. Em 1993, a Lei Agrária incluiu que, além de produtiva, a propriedade também é obrigada a produzir 80%, independentemente se tem mercado, se terá financiamento. Essa imposição da lei a gente está retirando. Com essa obrigatoriedade, os proprietários são obrigados a terem prejuízos. Isso não é justo", argumenta Kátia Abreu.

Com a rejeição das emendas da senadora petista, o projeto precisará passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e pelo plenário da Casa, antes de seguir para a Câmara.

Competência

Os membros da Comissão de Agricultura derrubaram também a emenda da senadora Serys que retirava do Congresso a competência para atualizar os índices de produtividade da terra para fins de reforma agrária. Hoje é competência dos ministros do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura indicarem o reajuste desses índices. No relatório da Kátia Abreu aprovado em agosto, os senadores deram ao Congresso a competência de modificar os índices.

A senadora Serys Slhessarenko não esteve presente na votação desta terça-feira. Segundo sua assessoria, a senadora argumenta que deixar que o Congresso interfira na atualização dos índices de produtividade é uma medida "contraproducente", já que essa modificação precisa ficar ao encargo apenas de órgãos especializados.

O texto da relatora Kátia Abreu aprovado em agosto modifica também a forma de instituir os índices. Hoje são utilizados os mesmos índices para todas as regiões brasileiras. A proposta cria o cálculo por meio dos critérios de "microrregião homogênea", o que adaptará os indicadores por região específica.

Os índices de produtividade da terra não são reajustados desde a década de 1970. Em agosto, o governo chegou a anunciar uma portaria que atualizaria os índices de produtividade. O documento precisaria ser assinado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.
 
Os ministros, no entanto, não chegaram a um acordo. Por pressão do setor produtivo, Stephanes não assinou a portaria. A atualização dos índices, que deverá tornar mais rigorosos os critérios para manter propriedades improdutivas, interessa aos movimentos sociais ligados às questões agrárias.

PMDB recomenda que Stephanes não assine portaria

PMDB pressiona Stephanes contra reforma agrária

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