Em entrevista à Globo News, o juiz federal Fausto de Sanctis, afirmou que o novo habeas corpus concedido a Daniel Dantas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) tem por objetivo “desqualificar o trabalho” que vem sendo feito ao longo de quatro anos.
“Por detrás disso tudo, há interesses em desqualificar o trabalho imparcial, intenso e profundo de conjugação de provas e a chegada de um resultado justo. Seja condenando ou absolvendo. Eu estou aqui para fazer um trabalho de qualidade. Um trabalho judicial, imparcial, legitimado pelas leis e pela constituição. O que o povo espera de um juiz é a imparcialidade e ficar livre de qualquer influência ou pressão”, disse de Sanctis.
Questionado se teria alguma frustração com a liberação de Dantas, o juiz afirmou: “Eu fiz o meu papel. É o que basta”.
Ontem, o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, concedeu o segundo habeas corpus a Danile Dantas. Após a decisão da Suprema Corte, associações de juízes e procuradores criticaram a liberação do banqueiro, preso sob a acusação de tentar subornar um delegado federal e chefiar um bilionário esquema de movimentações financeiras ilícitas. (
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“O regime democrático foi frontalmente atingido pela decisão, proferida em tempo recorde, desconstituindo as 175 páginas da decisão, que decretou a prisão temporária de conhecidas pessoas da alta sociedade brasileira”, destaca um documento assinado por 26 procuradores regionais da República da 3ª Região, em São Paulo.
Por sua vez, a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) manifestou “integral apoio” às críticas que procuradores e juízes fizeram à leberação de Dantas. (
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“Condutas como esta engrandecem e dignificam as entidades, que de forma inflexível exigem o integral cumprimento das garantias e prerrogativas constitucionais postas a seus membros, para atuarem em defesa da sociedade brasileira”, afirma a Conamp.
(Rodolfo Torres)
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