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Congresso em Foco
20/6/2008 | Atualizado 21/6/2008 às 10:35
Mais um episódio do caso Alstom veio à tona nesta sexta-feira (20). A empresa francesa de equipamentos de infra-estrutura, acusada de um suposto esquema fraudulento no Brasil, Venezuela e Indonésia para facilitar contratos, teria pago, em outubro de 1997, um suborno de 7,5% a alguém ligado ao governo de São Paulo. O contrato de R$ 110 milhões seria com a Eletropaulo, considerada a maior distribuidora de energia elétrica da América Latina.
A denúncia está em documentos apresentados por procuradores suíços, obtidos pelo jornal Folha de S. Paulo. Segundo a reportagem divulgada hoje, os documentos apontam que a propina foi de R$ 8,25 milhões. Nos papéis, informações atribuídas a dois executivos da Alstom, Bernard Metz e André Botto, que teria oferecido a propina em documentos com o timbre da Cegelec, empresa do grupo.
A propina, de acordo com os documentos, seria paga para a Alstom obter seis transformadores para uma subestação na região central de São Paulo, em um projeto chamado Grupo Industrial para o Sistema da Eletropaulo (Gisel).
Segundo indica a documentação, a “gratificação” teria sido utilizada para financiar o partido (na época o governo era o PSDB), o Tribunal de Contas e a Secretaria de Energia do estado de São Paulo. Quem estava à frente da secretaria na época era David Zylbersztajn, ex-genro do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Eduardo José Bernini presidia a Eletropaulo.
Na edição de ontem (19) do jornal americano The Wall Street Journal, a reportagem mostrava que os franceses da Alstom negociavam com um sujeito chamado Cláudio Mendes, que aparecia indicado em outro documento como um “intermediário com o G. SP”, que segundo os suíços, indicam governo de São Paulo.
Os documentos obtidos pela Folha revelam ainda que apenas André Botto e o lobista franco-brasileiro Jean-Pierre Courtadon podiam manter contato com Cláudio Mendes. Courtadon é apresentado com um consultor especializado em negociações com o governo paulista.
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