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Congresso em Foco
5/6/2008 | Atualizado às 18:14
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) informou hoje (5) que a Comissão de Relações Exteriores do Senado criou uma subcomissão para acompanhar o caso do sargento Laci Marinho de Araújo, preso pelo Exército por crime de deserção. A subcomissão será presidida por Suplicy e terá como integrante a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), com apoio da presidente da Frente Parlamentar da Cidadania GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros), deputada Cida Diogo (PT-RJ), e dos senadores José Nery (Psol-PA) e Fátima Cleide (PT-RO).
Suplicy relatou os momentos que se seguiram, em São Paulo, à prisão de Laci. "Ele chegou algemado, muito tenso, falando alto e dizendo que havia sido objeto de abuso", resumiu, assegurando que tudo o que aconteceu com o militar preso estava sendo filmado e seria "objeto de averiguação".
Laci e seu companheiro, o sargento Fernando Alcântara de Figueiredo, assumiram em reportagem da revista Época desta semana que mantém uma união estável desde 1997. O casal também compareceu ao programa SuperPop, da RedeTV!, e concedeu entrevista à apresentadora Luciana Gimenez.
Integridade física
Fernando compareceu ao gabinete de Suplicy, onde recebe apoio dos parlamentares supracitados, e falou rapidamente com a imprensa há pouco. Nitidamente abalado e trêmulo, trajando a tradicional camisa camuflada do Exército, ele disse que expôs sua situação na mídia para "preservar a integridade física", e enfatizou que não se arrepende de ter tornado público seu caso. "Não me arrependo em nenhum minuto do que foi feito."
"Eu não sei o que está acontecendo, não conversei com Laci", acrescentou o militar, agradecendo a Suplicy por estar agindo "humanamente para tentar reverter essa situação toda". Entretanto, Fernando descreveu como foram os momentos da prisão de seu parceiro. "[Laci] foi jogado no chão, algemado. Foi muito feio." Após a prisão, Laci foi internado em um hospital militar em São Paulo, e deve ser transferido nos próximos dias para de Brasília, segundo informações do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, declarou ontem (4) que o caso do sargento do Exército preso será julgado sob as regras militares. "O problema não é a discriminação. A questão é se o caso concreto se aplica ou não às regras disciplinares do Exército", disse hoje o ministro Jobim. Segundo Fátima Cleide, já existem propostas legislativas que visam adequar o Código Penal Militar às recentes conquistas da comunidade GLBT. (Tatiana Damasceno e Fábio Góis)
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