Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Diretor de hospital será indiciado

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Diretor de hospital será indiciado

Congresso em Foco

22/4/2008 | Atualizado 23/4/2008 às 13:13

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Lúcio Lambranho e Eduardo Militão

O diretor-superintendente do Hospital Mãe de Deus, uma das entidades investigadas pela Polícia Federal na Operação Fariseu, vai ser indiciado. Segundo apurou a reportagem, o pagamento de uma passagem de avião para um membro do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) será um dos motivos do indiciamento.

Hoje fora do CNAS, o advogado Misael Lima Barreto recebeu o pagamento de uma passagem e de estadia em Porto Alegre por meio do advogado Luiz Vicente Dutra, um dos presos na operação e então assessor jurídico do hospital.

Mas o diretor da entidade, Cláudio Seferin, afirma que o valor seria ressarcido a Dutra e nega qualquer propina.

Paralelamente a um processo no Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), Misael foi relator de um processo do hospital no CNAS, no qual a representação dos fiscais do INSS contra a entidade foi rejeitada.

Mas Seferin sustenta que Barreto foi a Porto Alegre num evento prestar “orientações” contábeis aos hospitais filantrópicos da região e explicar como funcionam os julgamentos no Conselho.

“Esse conselheiro era conhecido e nos foi indicado pela assessoria jurídica como uma pessoa que tinha um conhecimento nos processos do CNAS e muito especializado. É um advogado e que conhecia bastante a constituição interna do CNAS”, enumera o diretor do Hospital Mãe de Deus.

Seferin diz que foi Dutra, o assessor jurídico do hospital, quem viabilizou a ida de Misael Barreto a Porto Alegre, que já tinha outros compromissos no Rio Grande do Sul. “Ele solicitou uma contribuição também para o pagamento dessa passagem aérea e estadia.” Várias entidades fizeram uma ‘caixinha’ para pagar essas despesas, segundo o diretor.

O diretor do hospital acredita que não será indiciado, apesar de ter rescindido o contrato com Vicente Dutra depois da Operação Fariseu ter sido deflagrada, quando o advogado foi preso. “Nós fomos surpreendido com a situação. Tínhamos o escritório dele como sério”, justifica Seferin.

Os investigadores do caso prevêem o contrário. Eles acham que o pagamento dos valores complica a situação do diretor do hospital e do conselheiro Barreto, já que ele era o responsável por analisar as pendências do Mãe de Deus no CNAS.

“Misael não poderia ter recebido, ainda mais julgando processos lá no Conselho”, avaliou um dos investigadores. “O Cláudio [Seferin] sabia que parte do dinheiro era para o Misael. O conselheiro é funcionário público e não poderia ter recebido nenhuma passagem”, relembra.

Mesmo assim, o inquérito deve demorar a ser concluído. A PF trabalha com mais de 60 entidades filantrópicas e quatro anos de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Apesar disso, é provável que várias denúncias sejam oferecidas, aos poucos, pelo Ministério Público Federal.

Ressarcimento

O ex-advogado do Mãe de Deus Luiz Vicente Dutra acredita que o pagamento das passagens ao conselheiro não tem nada de irregular. "Esse dinheiro ai é o ressarcimento da passagem de um conselheiro. Isso está bem claro na interceptação telefônica. Nada mais do que isso. Não há propina nem nada", afirma Dutra.

E nem mesmo o fato de o conselheiro ser relator do processo do hospital abala o advogado. "Ele foi convidado para vir porque conhecia o processo do Mãe de Deus. Ele era relator desse processo. Não há nenhum impedimento e não há como tirar uma coisa irregular porque no processo você quer a verdade. Uma passagem vai tirar a isenção do conselheiro?", questiona.

"Não acho nada complicado e jamais faria porque nunca fiz nada irregular. O CNAS não paga esse tipo de passagem. Tem dificuldades para pagar", completa Dutra.

Mas o advogado acredita que foi preso justamente pelo que ele chama apenas de ressarcimento da passagem área ao conselheiro Misael. "Dá impressão que se está mandando um envelope com dinheiro para propina. Não era. Está bem claro que era
para o pagamento da passagem na interceptação eletrônica," diz.

"O Ministério Público é que tem as cartas na mão e vai ter que julgar. Eu estou com a minha consciência absolutamente tranqüila", resume o advogado.

A reportagem procurou Misael Barreto no Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda, seu último cargo no governo federal, mas foi informada que ele renunciou ao cargo recentemente. Ele foi nomeado para a função em 30 de agosto de 2007. Ele ocupou uma das vagas na Quinta Câmara do Segundo Conselho do órgão. Misael também foi procurado por seus registros na OAB, mas também não foi localizado.


Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

O que diz a Casa Civil

TSE: PT comprou vinho e cigarro com Fundo Partidário

Câmara aprova liberação de R$ 12,5 bi ao BNDES

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

PEC 3/2021

Veja como cada deputado votou na PEC da Blindagem

2

INFRAESTRUTURA

MP do Setor Elétrico é aprovada na Câmara em último dia de validade

3

GOVERNO

Lula escolhe Emmanoel Schmidt Rondon para presidir os Correios

4

IMUNIDADE PARLAMENTAR

Entenda o que muda com a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara

5

Comissão de Direitos Humanos

PEC da Blindagem será recebida com "horror" pelo povo, afirma Damares

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES