Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
9/11/2009 21:32
Fábio Góis
A Universidade Bandeirantes (Uniban) recuou da decisão de expulsar a aluna do curso de Turismo Geisy Arruda, hostilizada no último dia 22 por centenas de estudantes porque trajava um vestido cor-de-rosa curto (veja o vídeo). A decisão é uma resposta à repercussão negativa do caso na imprensa, inclusive em alguns veículos de comunicação internacionais.
A assessoria de imprensa da Uniban - que chegou a veicular nota em jornais nacionais, no fim de semana, por meio da qual justificava a expulsão - disse que esclareceria o recuo em outro comunicado, a ser divulgado nesta terça-feira (10). Segundo a Uniban, a aluna não se portou, na escolha do traje com que foi à instituição na noite do último dia 22, de acordo com o "ambiente acadêmico".
Hoje (segunda, 9), o líder do Psol na Câmara, Ivan Valente (SP), apresentou à Comissão de Educação e Cultura requerimento de audiência pública para que a Uniban explique os motivos da expulsão, em iniciativa reforçada pela deputada Ângela Portela (PT-RR), integrante da comissão.
Leia mais: Caso de expulsão chega à Câmara
Entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE) repudiaram com veemência a expulsão e a postura de alguns estudantes, que gritavam palavrões e chegaram a sugerir o estupro e agressão à jovem. Em nota, a UNE classificou como "esdrúxula" a expulsão de Geisy. "Nesse episódio, a estudante foi perseguida e agredida pelos colegas (...). Alguns dos alunos que a insultaram gritavam que queriam estuprá-la. Pasmem, essa história absurda teve um desfecho ainda mais esdrúxulo", registra a nota da entidade.
O Ministério da Educação deu prazo de dez dias para a Uniban explicar em que termos se deu a apuração que levou, além da expulsão de Geisy, à suspensão de dez alunos. Eles foram flagrados em situações de clara intimidação à estudante - um deles chegou a se pendurar em uma janela para observar Geisy, mantida na sala de aula até a chegada de proteção policial na universidade. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também condenou o tratamento dado pela universidade à aluna.
Já o Ministério Público Federal (MPF) anunciou a abertura de inquérito para investigar o episódio. Em nota, o MPF argumenta que "a vítima foi transformada em culpada sem que tivesse a condição de expor a sua versão dos fatos".
Temas
MANOBRA NA CÂMARA
Eduardo Bolsonaro é indicado a líder da Minoria para evitar cassação
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Filha de Edson Fachin é alvo de hostilidade na UFPR, onde é diretora