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Manchetes dos jornais de hoje - 27out2008

Congresso em Foco

27/10/2008 7:43

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Folha de S. Paulo

Vitória de Kassab fortalece Serra; Marta encolhe e PMDB cresce no país

Com 60,72% dos votos válidos, o democrata Gilberto Kassab, 48, tornou-se ontem o primeiro prefeito de São Paulo a se reeleger nas urnas. Ele é o 17º prefeito eleito por voto direto na história da cidade e o 50º a ocupar o cargo no período republicano. Essa foi a primeira eleição majoritária da qual Kassab -que teve o maior percentual de votos válidos do segundo turno- participou. Ele assumiu a prefeitura em 2006, após a saída de José Serra (PSDB) para concorrer ao posto de governador do Estado. Kassab teve 3.790.558 votos, superando a votação de Serra em 2004 em cerca de 460 mil votos. O sucesso do democrata é também uma vitória política de Serra. Já Marta Suplicy (PT), que terminou com 39,28% dos votos válidos, perdeu cerca de 287 mil votos na comparação com seu próprio resultado em 2004, quando também foi derrotada. O PMDB foi o grande vencedor do segundo turno, com sucesso em quatro capitais, Salvador, Porto Alegre, Florianópolis e Rio -onde Fernando Gabeira (PV) foi vencido por Eduardo Paes por pouco mais de 50 mil votos

PMDB ganha espaço, avança nas capitais e mira pós-Lula

O mapa político das cidades brasileiras tem novo dono: o PMDB. A partir de 1º de janeiro de 2009, o partido governará cerca de 28,6 milhões de eleitores em 1.202 municípios, o que aumenta o cacife da legenda para a sucessão de 2010. As eleições também ficaram marcadas pela onda de reeleições, que se repetiu no segundo turno. Dos 20 prefeitos de capitais que tentaram renovar seus mandatos, 19 venceram. Apenas o prefeito de Manaus, Serafim Corrêa (PSB), perdeu. Em 2004, só cinco prefeitos candidatos se reelegeram. O PT também avançou do ponto de vista orgânico: teve o maior número de vitórias (21) no chamado G79, grupo formado pelas 26 capitais e 53 municípios com mais de 200 mil eleitores -em que o segundo turno é possível. Saiu governando 20 milhões de eleitores.

Escutas apontam elo entre grupo de Dantas e políticos

Nas diversas gravações telefônicas realizadas pela Polícia Federal na Operação Satiagraha foram captados diálogos dos sócios do banco Opportunity e seus intermediários com deputados, senadores, ex-congressistas e caciques de diferentes partidos, do DEM ao PT, que formam a rede de contatos do grupo de Daniel Dantas no mundo político. e um lado, as conversas revelam uma relação de amizade de Carlos Rodenburg, homem de confiança de Daniel Dantas, com o ex-senador e ex-presidente do DEM Jorge Bornhausen, o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia (PMDB), o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) e integrantes da bancada ruralista no Congresso Nacional, como o deputado federal Abelardo Lupion (DEM-PR). De outro, os diálogos mostram quando os ex-deputados petistas Luiz Eduardo Greenhalgh e Sigmaringa Seixas, por meio do lobista Guilherme Sodré, são acionados a mando de Dantas para defender os interesses do Opportunity. A Folha teve acesso ao áudio dos grampos, realizados com autorização judicial pela Polícia Federal.

Kassab dedica vitória a Serra, que vê triunfo de "pluralidade e diversidade"

Com os olhos marejados, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) dedicou ontem sua vitória ao governador José Serra (PSDB). Ao lado de Kassab em seu primeiro discurso como reeleito, Serra, por sua vez, disse que "no Brasil, ganhou pluralidade e a diversidade". Sem citar o PT, Serra disse que "essa eleição mostra que o povo brasileiro não quer que nenhum partido, nenhuma força, tenha o monopólio do poder". "Nem lute pelo monopólio do poder", disse o tucano. "O monopólio perdeu nessa eleição. Perdeu o monopólio e perderam aqueles que sonham com o monopólio também. Espero que desistam disso, da idéia de que pode ter uma força que se torne monopolista e hegemônica dentro do nosso país. Meu partido não tem essa pretensão e não terá", discursou.

FHC defende ampliação de forças políticas

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) fez ontem a defesa de uma ampla aliança partidária de "forças políticas que querem ver o Brasil progredindo" para a disputa do Palácio do Planalto em 2010. "Precisamos preparar um futuro mais tranqüilo para o país, com menos demagogia e retórica, mais eficiência e competência", afirmou o tucano, sem citar nominalmente, mas se referindo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Kassab prevê poucas trocas, mas admite que pode cortar Orçamento

Reeleito ontem com mais de 60% dos votos válidos, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) diz que poderá fazer cortes no Orçamento de 2009, se a crise econômica global provocar uma redução nas receitas da cidade de São Paulo. Ao final da entrevista, Kassab dedicou seu triunfo ao governador José Serra (PSDB) e afirmou que ele foi o grande vencedor da disputa. O prefeito diz que as alterações de cargos na administração serão "rotineiras" e nega ter negociado pastas com aliados, como PMDB, PR e PV, apesar de declarações de líderes dos partidos. "Se falaram isso, mentem. Não tenho compromisso com ninguém." No hall de seu apartamento, o porta guarda-chuva foi ocupado por dois bonecos "kassabinhos", um dos símbolos da campanha.

Marta perde 287 mil eleitores em relação à disputa de 2004

O eleitorado de Marta Suplicy (PT) em 2008 encolheu em 287 mil votos, se comparado ao do segundo turno das eleições de 2004, apesar do crescimento de 172 mil votos válidos entre os dois pleitos da capital paulista. Em termos percentuais, a petista caiu de 45% na preferência do eleitorado, em 2004, para 39% nesta eleição. Gilberto Kassab (DEM) consolidou a vitória nas urnas nos bairros de alta renda e de classe média das zonas centrais, e em algumas regiões dos extremos norte e leste da capital. O prefeito reeleito ganhou de Marta em 41 das 57 zonas eleitorais da cidade. A petista teve seus melhores resultados nos extremos sul e leste da capital.

Desconstrução do prefeito veio tarde, dizem petistas

Fracasso na estratégia de alianças, "corpo mole" com a gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM), erros no tom da campanha e incapacidade de mudar uma agenda negativa já usada pelos adversários nas eleições de quatro anos atrás ajudam a explicar a derrota de Marta Suplicy em São Paulo, na opinião dos próprios petistas. O erro mais evidente de estratégia da coordenação de campanha foi o comercial que questionou a vida pessoal de Kassab e rendeu perdas, via decisão judicial, de minutos preciosos de TV durante boa parte do segundo turno.

Lula minimiza derrota de Marta e afirma ter saído ileso da eleição

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou ontem a derrota da candidata Marta Suplicy (PT) à Prefeitura de São Paulo. Pela manhã, antes mesmo do resultado das urnas, ele afirmou que não discutiria a campanha da petista, mas que considerava uma vitória o fato de a atual campanha ser marcada por uma ausência de críticas ao governo federal. "É a primeira campanha na história do Brasil em que todos os candidatos a prefeito, do PT ao DEM, trabalharam favoravelmente ao governo. Ninguém falou mal do governo nem do presidente Lula. O candidato do PSDB, do DEM ou de qualquer partido trabalhou com as obras que o governo federal está realizando", declarou.

Marta perde favoritismo para disputar governo em 2010

A derrota na capital paulista tirou o favoritismo de Marta Suplicy na disputa interna do PT pela candidatura ao governo estadual em 2010. O partido terá de lidar com um amplo leque de concorrentes sem que haja nome natural para a vaga. A situação levou o presidente estadual da legenda, Edinho Silva, a anunciar o "congelamento" dos debates sobre o tema. "A pulverização não é boa para o partido, então não temos que discutir nomes", avalia. Com Marta enfraquecida, entram no páreo o deputado Arlindo Chinaglia e o senador Aloizio Mercadante. Emídio de Souza, prefeito reeleito em Osasco, tenta se viabilizar. O deputado Antonio Palocci aguarda a conclusão do processo sobre a violação do sigilo do caseiro Francenildo Costa, no Supremo, para apresentar ou não seu nome como opção.

Classe média está ressentida com PT em SP, diz estudiosa

A cientista política Maria Victoria Benevides, 66, avalia que Gilberto Kassab não venceu a eleição porque sua aprovação é alta, e sim porque a rejeição a Marta Suplicy é muito forte. "Kassab não provocou nenhuma rejeição. Isso não significa que ele seja bom: significa que as pessoas eram indiferentes a ele". Professora titular da Faculdade de Educação da USP e autora de "O Governo Kubitschek" (1976), "A UDN e o Udenismo" (1980), "O Governo Jânio Quadros" (1981) e "O PTB e o Trabalhismo" (1989), entre outros livros, Benevides afirma que Kassab é apenas um político fabricado pelo governador tucano José Serra -"ele é uma espécie de Pitta que deu certo"- que conseguiu reunir todas as vertentes da direita paulistana em sua batalha contra o PT.

Paes vence Gabeira no Rio por 55 mil votos

Na disputa de segundo turno mais apertada da história do Rio, o peemedebista Eduardo Paes bateu o verde Fernando Gabeira e foi eleito ontem prefeito do Rio de Janeiro. A diferença foi de 55.225 votos: o peemedebista teve 1.696.195 (50,83% dos válidos) contra 1.640.970 (49,17%) do verde.
Aos 38 anos, Paes é o mais jovem mandatário da história da cidade. Rejeitado pela zona sul, direcionou sua campanha para as zonas norte e oeste, regiões mais pobres e que reúnem mais eleitores, carimbou seu oponente como candidato da elite e anunciou-se como parceiro do governador Sérgio Cabral (PMDB) e do presidente Lula.

Eleição de Belinati está sub judice 

Em disputa apertada, definida por cerca de 9.000 votos, o deputado estadual e radialista Antonio Belinati (PP), 65, foi eleito prefeito de Londrina (norte do Paraná). Cassado em 2000 por denúncias de corrupção, ele derrotou o candidato do PSDB, deputado federal Luiz Carlos Hauly, por 51% a 48% (votos válidos). Mas a vitória, que pode dar a Belinati o quarto mandato como prefeito da cidade, ainda depende do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A candidatura está sub judice em razão de processos em sua gestão anterior (1997-2000).

Lacerda supera revés de campanha, vence 2º turno e dá fôlego para Aécio

Por 59,12% a 40,88% dos votos válidos, o candidato Marcio Lacerda (PSB) venceu Leonardo Quintão (PMDB) e será o prefeito de Belo Horizonte a partir de 2009. A diferença foi de 18,2 pontos percentuais. Às 19h59 de ontem, quando o TRE-MG concluiu a apuração, Lacerda estava comemorando ao lado dos seus padrinhos. O governador tucano Aécio Neves e o prefeito petista Fernando Pimentel vibraram muito.

Militantes de Fogaça agridem repórter da Folha

O correspondente da Folha em Porto Alegre, Graciliano Rocha, foi agredido no comitê de campanha do prefeito reeleito José Fogaça (PMDB) ontem à noite. Ao chegar à entrevista coletiva do prefeito, Rocha foi ameaçado por um dos militantes no local, que reclamou de uma reportagem publicada pela Folha anteontem. A coletiva acabou cancelada. Na saída, o repórter levou um soco no rosto do militante que o havia ameaçado, caiu e levou pontapés dele e de mais dois militantes da campanha. O repórter registrou ocorrência no 10º DP e passou à noite por um exame de corpo de delito.

João Henrique se reelege e fortalece Geddel

O prefeito João Henrique Carneiro (PMDB), 49, foi reeleito ontem em Salvador, consolidando a vitória do partido na Bahia e o fortalecimento de seu principal cabo eleitoral, o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional). Carneiro obteve 58,46% dos votos válidos, contra 41,54% de seu adversário, Walter Pinheiro (PT). O resultado expressa o rearranjo de forças na política baiana, até poucos anos dominada pelo carlismo.

Serra sai fortalecido e Lula não transfere popularidade

Ele não foi candidato, mas o governador José Serra (PSDB-SP) é o político que individualmente sai mais forte das eleições. Serra apadrinhou a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM), minando a chance de um núcleo alckmista no PSDB de São Paulo dar gás ao projeto presidencial do colega de partido e também governador, Aécio Neves (MG).

O Estado de S. Paulo

PT exige apoio do PMDB a Viana no Senado para eleger Temer na Câmara

movimentação de senadores do PMDB para lançar candidato próprio a presidente do Senado provocou uma rebelião na Câmara. Pressionado por líderes e dirigentes petistas, que não aceitam que o PT fique fora do comando do Congresso, o presidente nacional do PMDB e candidato do partido à presidência da Câmara, deputado Michel Temer (SP), quer que a bancada do Senado se explique. "O PT não aceitará o jogo fácil na Câmara e o jogo difícil no Senado", avisou o presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP). "Eu boto os 80 votos do PT para você no plenário da Câmara, mas é preciso que haja contrapartida no Senado", cobrou o líder do PT, deputado Maurício Rands (PE), em conversa com Temer na quinta-feira. Ameaçado de perder o apoio de petistas de Norte a Sul, o candidato peemedebista propôs uma reunião com os senadores de seu partido o quanto antes, com o claro objetivo de "tirar uma satisfação" do Senado.

Kassab bate Marta por 1,3 milhão de votos

Abertas as urnas, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) não só se reelegeu como também superou a vantagem que o padrinho político, José Serra, havia imposto à mesma adversária, Marta Suplicy (PT), em 2004. Kassab derrotou a ex-ministra pela diferença de 1,34 milhão de votos (60,72% a 39,28%) e o PT perdeu redutos eleitorais e foi empurrado à periferia. Em entrevista ao Estado, ele atribuiu a vitória aos acertos da gestão e à parceria com os tucanos, mas frisou: "O DEM não é anexo do PSDB." Como era esperado, insistiu na tecla de 2010: "Quero ser um bom prefeito e fortalecer a candidatura Serra." Após 4 meses dividido entre a prefeitura e a campanha, Kassab descansará por 10 dias, possivelmente na Europa. Ao voltar, vai remodelar a equipe, em jogo combinado com o governador, a quem demonstrou a sua gratidão no discurso da vitória, no Teatro Municipal.

PT encolhe em SP e se concentra ainda mais na periferia

O prefeito reeleito Gilberto Kassab (DEM) teve uma vitória mais folgada neste ano que a de José Serra (PSDB), seu principal padrinho político, em 2004. Já Marta Suplicy (PT) conquistou neste segundo turno menos votos do que há quatro anos, quando tentava se reeleger. Kassab obteve 3,79 milhões de votos, e Marta, 2,45 milhões. A vantagem do vencedor chegou a 1,34 milhão de votos. É mais que o dobro da diferença entre Serra e a petista há quatro anos, quando o tucano conquistou 590 mil eleitores a mais. Com uma plataforma de campanha voltada para investimentos sociais, principalmente nas áreas de saúde e reurbanização de favelas, Kassab conseguiu reduzir o "cinturão Vermelho" que, em 2004, deu a maioria dos votos ao PT nas zonas leste, sul e noroeste.

''Quero ser um bom prefeito e fortalecer a candidatura Serra''

Prefeito reeleito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), não disfarça a alegria em ter aumentado seu cacife político ao chegar ao comando da maior cidade do País pelas urnas. Antes, por pouco mais de 2 anos, ocupou o posto com a renúncia de José Serra (PSDB), seu padrinho político. Sua vitória, diz, fortalece o tucano e seu próprio partido. Mas avisa: "O DEM não é anexo do PSDB." Em entrevista ao Estado, Kassab demonstra fidelidade canina a Serra e lança o governador à Presidência. "Chegou a hora de ele ser presidente", afirma. Apesar da gratidão a Serra, acredita ter sido eleito não em razão de transferência de votos, mas sim por sua gestão. Em época de crise financeira mundial, Kassab sabe que os desafios serão muitos, e não descarta a possibilidade de vir a fazer cortes nos investimentos. Mas assegura que a área social não será atingida.

Governador se fortaleceu, diz FHC

Para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o maior efeito das eleições no cenário político de 2010 é o fortalecimento do governador José Serra. "Mostra que o PSDB tem força eleitoral e pessoas que podem mobilizar opinião", disse ao deixar o Colégio Sion, em Higienópolis, onde foi votar por volta das 10h30. "O importante é que o PT perdeu o controle dos grandes centros do Brasil, substituindo o antigo PDS, forte nos setores que não são os mais dinâmicos", afirmou FHC, que chegou caminhando e acompanhado do atual secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo. "Se imaginava que o presidente Lula iria fazer uma eleição facílima, mas não aconteceu." Sobre 2010, ele afirmou que "seu sonho" seria uma chapa com Serra e o governador de Minas, Aécio Neves. "Mas uma coisa é sonhar, outra é ser realista. É preciso ver as pesquisas, ver se o presidente Lula vai insistir na ministra Dilma, por exemplo."

Projeto Kassab é a aposta de renascimento do DEM

A vitória de Gilberto Kassab na Prefeitura de São Paulo, a mais importante do País, cumpre a primeira etapa da estratégia traçada pelo DEM para buscar a recuperação nacional do partido. O chamado Projeto Kassab transforma o prefeito na figura central e de maior visibilidade da legenda. Dentro desse processo, ele cumprirá o mandato integralmente até 2012, sem abrir mão da metade final para concorrer ao governo do Estado em 2010. E, ao longo desse período de quatro anos, o DEM aposta que sua administração será bem avaliada pela população, transformando a gestão num cartão de visitas do partido para ser exibido pelo País afora. Além disso, Kassab e o DEM passam a ser interlocutores privilegiados nas negociações políticas em torno da sucessão presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010. Ligado politicamente ao governador de São Paulo, José Serra, Kassab participará diretamente das conversas com os tucanos, caso ele confirme a tendência de se candidatar ao Palácio do Planalto. E também será um interlocutor obrigatório nas negociações com outros partidos na discussão sobre a sucessão para o governo estadual.

Para petista, Justiça Eleitoral favoreceu rival

Em sua última fala antes de perder a eleição para o prefeito Gilberto Kassab (DEM), a petista Marta Suplicy reclamou da Justiça Eleitoral. Dizendo ter sido alvo de uma campanha "desqualificadora" montada por seu adversário, Marta queixou-se da quantidade de decisões judiciais desfavoráveis a sua candidatura, em comparação a penalidades aplicadas contra o rival. "Notei que fomos sempre penalizados e ele, raramente. E eu achei que, durante a campanha, a minha imagem foi sempre desqualificada e nada foi feito", afirmou a petista, que na reta final perdeu parte de seu tempo no rádio e na televisão, por causa da propaganda em que questionou a vida pessoal do prefeito.

Presidente do TSE cogita investigar alta abstenção

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, considerou ontem alto o porcentual de abstenção no segundo turno. Às 21 horas, a informação disponível era de que a abstenção em todo o País tinha sido de cerca de 18%. O caso mais relevante foi o do Rio, onde 20,25% dos eleitores deixaram de votar no segundo turno. Segundo Ayres Britto, se esse índice se confirmar, o tribunal investigará por que tantos eleitores deixaram de ir às urnas. No Rio, o governo do Estado antecipou do dia 28, terça-feira, para hoje o ponto facultativo pelo Dia do Servidor Público. O objetivo dessa decisão, para alguns analistas, era formar um feriadão que incentivasse os cariocas a viajar, o que estimularia especialmente a abstenção do eleitorado de classe média, segmento em que, segundo as pesquisas, Fernando Gabeira tinha melhor desempenho que o candidato apoiado pelo governador Sérgio Cabral. O governo do Rio chegou a divulgar nota oficial dizendo que essa crítica era "fantasiosa".

Resultado não terá reflexo na corrida presidencial, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recusou-se a fazer qualquer vínculo entre a eleição municipal, encerrada ontem e a sucessão presidencial, em 2010. Para Lula, uma não tem nada que ver com a outra, porque as situações são muito diferentes. Lula fez a afirmação logo depois de votar, no Colégio Estadual João Firmino de Araújo, em São Bernardo, na região do ABC. Ele foi questionado se o fato de o PT ter sofrido derrotas em São Paulo e Porto Alegre não atrapalha os seus planos de eleger o sucessor. "É preciso que a gente separe cada eleição. Quando um cidadão vai votar para presidente da República, ele vai votar pra presidente; quando vai votar pra prefeito, está pensando no prefeito."

Correio Braziliense

Agora o flerte é para 2010

Principais partidos da coalizão governista, PMDB e PT confirmaram o desempenho obtido no primeiro turno e saíram maiores da votação realizada ontem em 31 municípios. O resultado reforça o plano do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de unir as duas legendas numa mesma coligação na sucessão presidencial em 2010. Negociações nesse sentido serão retomadas nesta semana em reuniões no Palácio do Planalto. São dois os objetivos de curto prazo. Um deles é impedir que a disputa entre peemedebistas e petistas em Salvador ganhe contornos nacionais, o que pode prejudicar a consolidação da parceria na sucessão de Lula. O outro é promover um entendimento entre as duas siglas com relação às presidências da Câmara e do Senado, de forma a garantir a cada partido o comando de uma das casas. “PMDB e PT ficarão mais juntos ainda porque saíram muito fortalecidos destas eleições. Agora, terão de chegar a um entendimento para manter a força em 2010”, disse o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.

Presidenciáveis preparam rumos

Entre mortos e feridos, salvaram-se os principais candidatos à Presidência da República em 2010. O governador paulista José Serra(PSDB), que se mantém como favorito nas pesquisas para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comemora a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM), com ampla margem, consolidando uma aliança estratégica com os democratas. O governador mineiro Aécio Neves (PSDB) também faz festa: seu ex-secretário de Planejamento Márcio Lacerda (PSB) conseguiu virar o jogo e derrotar Leonardo Quintão (PMDB) em Belo Horizonte — um sinal de que a sua aliança “pós-Lula” com o PSB e o PT ainda tem viabilidade. Especula-se, inclusive, com a possibilidade de Aécio migrar para o PMDB, com objetivo de ser o candidato pela legenda que mais acumulou força nas eleições municipais e não tem um nome viável para disputar a Presidência.

PMDB e PT dividem maiores municípios

O PMDB e o PT saíram vitoriosos na disputa pelas capitais e cidades-pólo (com mais de 200 mil eleitores). O PT elegeu o maior número de prefeitos (21), mas o PMDB vai governar uma população maior: 16,8 milhões de pessoas, contra 13,1 milhões em cidades a serem administradas pelos petistas. Juntos, os dois principais partidos da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva vão governar quase a metade da população desse colégio de 79 municípios, que reúnem 67 milhões de habitantes. Mas o próprio Lula afirmou ontem à noite que eleição municipal nada tem a ver com eleição presidencial. Em número de prefeitos, os peemedebistas obtiveram ainda o maior crescimento em relação às eleições de 2004. Pularam de nove para 17 prefeitos, quase dobrando o número de grandes cidades administradas.

Vitória de Kassab fortalece José Serra

Assim como anunciaram todas as pesquisas de intenção de voto, o democrata Gilberto Kassab foi reeleito ontem prefeito da capital paulista. Depois de atropelar os principais adversários já no primeiro turno das eleições, ele confirmou o favoritismo ao atingir votação superior a 61% dos votos válidos e derrotar, com expressiva vantagem, a ex-ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT), que obteve menos de 40% dos votos válidos entre os eleitores paulistanos. Com o resultado, o atual prefeito fortalece o governador José Serra (PSDB) no cenário nacional e consolida-se, ele próprio, como nova liderança política ao colocar a bandeira do DEM, o antigo PFL, no comando da maior capital do país. Kassab foi eleito para continuar administrando a quarta maior metrópole do mundo, que tem um orçamento anual de mais de R$ 20 bilhões e uma população de 11 milhões de pessoas.

Dividido, Rio elege Eduardo Paes

A “onda verde” virou mesmo espuma, Eduardo Paes (PMDB) surfou numa votação espetacular, 1.696.195 (50,83% dos votos válidos), e Fernando Gabeira (PV), depois de uma subida arrasadora, morreu na praia. Com carisma questionável e um passado político que mistura PV, PFL, PTB e PSDB, Paes deve a vitória duríssima, por uma diferença de apenas 55.225 votos (a lotação do Estádio Engenhão, do Botafogo), à máquina peemedebista, ao apoio do governador Sérgio Cabral (PMDB), explícito, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre conformado e constrangido. Gabeira, que se cacifou para uma próxima campanha – talvez o governo do estado em 2010 – não foi o maior perdedor. A derrota por trás da derrota é de tucanos e pefelistas, que apostaram no candidato do PV para entrincheirar-se na segunda maior cidade do país, com 4,5 milhões de eleitores.

O Globo

Diferença de 55 mil votos dá a Paes o desafio de unir o Rio

No resultado mais apertado da história da cidade, o candidato do PMDB, Eduardo Paes, elegeu-se ontem prefeito do Rio com uma diferença de apenas 55 mil votos (1,66%), num eleitorado de 4,5 milhões. Paes teve 50,83% e Fernando Gabeira (PV), 49,17%. (...) Em sua primeira entrevista, Paes apareceu ao lado de Cabral, e dedicou a vitória ao governador e ao presidente Lula.

TRE apreende 90 mil panfletos contra Gabeira

Os fiscais do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro apreenderam, na manhã de ontem, 90 mil panfletos, que estavam no comitê de campanha do então candidato Eduardo Paes (PMDB), em Madureira, na Zona Norte. Além do material de campanha, os fiscais apreenderam cerca de 35 mil panfletos de propaganda negativa contra seu adversário, Fernando Gabeira (PV). O material, com tiragem aproximada de três milhões de cópias, era assinado pelos seguintes partidos: PT, PDT, PSB e PCdoB. Os panfletos exaltavam o apoio do atual prefeito do Rio, Cesar Maia, à candidatura de Gabeira, com os dizeres "Diga não a continuidade de Cesar Maia, pense nisso". Junto com o material apreendido, foram encontradas sacolas com a logomarca do programa Segundo Tempo, do governo Federal. O material seria usado na distribuição de lanches gratuitos.

Planalto considera vitória de Paes no Rio um ‘mal menor’

A vitória do peemedebista Eduardo Paes para a prefeitura do Rio foi chamada ontem por integrantes do Planalto de um "mal menor" para a correlação de forças do governo federal. Não era o candidato dos sonhos do presidente Lula, mas sua derrota teria impacto negativo para os governistas. Duas análises foram feitas por auxiliares diretos de Lula. A primeira indica, de forma pragmática, que a eleição de Paes representou o que mais interessava, a derrota da oposição (PSDB e DEM), que apostou as fichas na candidatura do deputado Fernando Gabeira (PV). Com a derrota de Marta Suplicy (PT) em São Paulo, Lula temia pelo enfraquecimento do seu grupo político no segundo $colégio eleitoral do país.

PMDB, fortalecido, preocupa governo

O fortalecimento do PMDB, com o resultado final das eleições municipais, deixará o governo Lula ainda mais refém do aliado. Na condição de principal força política de sustentação ao Palácio do Planalto, o PMDB — que já tem seis ministérios — vai cobrar fatura alta para garantir a governabilidade no Congresso Nacional. Apesar de ter crescido em número de votos e prefeitos nesta eleição, graças à máquina do governo federal, não há ilusão no Planalto: dependendo do vento, o PMDB poderá abandonar o PT na eleição de 2010.

Resultados do 2 turno fortalecem PMDB e Serra

O segundo turno das eleições municipais consolidou o PMDB como o partido que mais se fortaleceu na geopolítica do poder. Os números das capitais e grandes cidades mostram ainda um novo quadro para a disputa eleitoral em 2010. O governador tucano José Serra largou na frente como o nome da oposição com maior visibilidade. Na base aliada, as derrotas petistas em São Paulo e Salvador consolidaram a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, como a principal opção do presidente Lula para sua sucessão, já que tiraram da disputa a ex-ministra Marta Suplicy e o governador Jaques Wagner (BA).

Lula: ‘Ninguém falou mal do governo federal’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, pouco depois de votar na escola João Firmino Correia de Araújo, em São Bernardo do Campo, que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ajudou a eleger candidatos de partidos de oposição, inclusive o PSDB e o DEM, nas eleições municipais. A principal evidência disso, segundo Lula, é que o governo federal não foi criticado na atual campanha, algo, segundo ele, sem precedente no país.
— Estamos ajudando a eleger todos os prefeitos, na medida que não tivemos nenhuma atitude de perseguição a quem quer que seja nas verbas do PAC. É importante lembrar quanto é que o governador (José) Serra recebeu. É importante lembrar quanto o prefeito do Rio de Janeiro recebeu. É importante lembrar quanto foi dado para a prefeitura de São Paulo — disse o presidente.

PT encolhe nas capitais e volta ao ABC

O PT encolheu nas capitais, perdendo a disputa nas três em que foi ao segundo turno: Porto Alegre, Salvador e São Paulo. Terá agora o comando de seis, contra nove de 2004. Mas o PT e os demais partidos da base avançaram nas 79 cidades com mais de 200 mil habitantes: venceram em 60, contra 52 em 2004. A oposição caiu de 27 para 19. No ABC, o PT, com Luiz Marinho, retomou o poder em São Bernardo do Campo, berço político do partido e de Lula, onde houve o maior gasto por eleitor do país. Nas 11 capitais que voltaram às urnas, em oito os prefeitos foram reeleitos.

Jornal do Brasil

O prefeito é Paes

Em uma disputa apertada, Eduardo Paes (PMDB) derrotou Fernando Gabeira (PV) e é o novo prefeito do Rio. Paes festejou o resultado em casa, na Barra, ao lado do governador Sérgio Cabral, a quem agradeceu o apoio. Gabeira reagiu à derrota com elegância. “Fizemos do limão uma limonada”, afirmou, em alusão à expressiva votação.

Kassab vence e fortalece Serra

A vitória de Gilberto Kassab sobre Marta Suplicy, em São Paulo, fortaleceu não só o DEM como ajudou as pretensões do governador José Serra na sucessão presidencial. Kassab obteve 60,71% dos votos, contra 39,28% da petista, apoiada no palanque pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Nova condenação

TRF-4 sentencia Bolsonaro a pagar indenização de R$ 1 mi por racismo

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