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Congresso em Foco
27/6/2007 | Atualizado às 14:48
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), disse há pouco, na saída da reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania que examina a recondução de Antônio Fernando de Souza à Procuradoria Geral da República, que as denúncias contra o senador Joaquim Roriz são graves e que há fortes indícios de que houve quebra de decoro parlamentar. "O diálogo é muito claro e poucas dúvidas ficam. É quebra de decoro, é grave. O parlamentar tem que ter ética", disse.
"Nós precisamos comprovar com documentos tudo aquilo que já foi mostrado pela imprensa", acrescentou. "Nós não estamos nos pautando pela imprensa. A imprensa recebeu a informação de um órgão público encarregado de investigar o caso", ressalvou.
Roriz foi flagrado por escutas da Polícia Civil do DF tratando com o ex-presidente do BRB Tarcísio Franklin de Moura da divisão de R$ 2,2 milhões. O dinheiro, segundo a defesa do senador, pertenceia ao empresário Nenê Constantido, dono da Gol Linhas Aéreas. O ex-governador do DF afirma que o cheque do Banco do Brasil teria sido descontado no BRB por comodidade e que Constantino teria lhe emprestado R$ 300 mil e recebido o restante da quantia de volta.
Nas ligações grampeadas, Roriz combina com Tarcísio Franklin de fazer a divisão do dinheiro no escritório do dono da Gol. Tuma planeja começar as investigações do caso descobrindo como o dinheiro, em espécie, foi transportado para lá.
A Operação Aquarela identificou uma quadrilha que, segundo a polícia, partia de contratos firmados sem licitação com a Asbace, que subcontratava outras empresas para a realização de serviços diversos. Parte do trabalho era realmente realizada, mas outro tanto, não.
O BRB pagava, inclusive, pelo trabalho não realizado e o dinheiro retornava aos dirigentes envolvidos por meio de saques bancários com cartões corporativos. A polícia e o MP calculam que a fraude no BRB tenha desviado R$ 50 milhões. Há suspeitas de que a mesma fraude acontecesse na Nossa Caixa, em São Paulo, mas lá o valor seria bastante superior.
Segundo o corregedor do Senado, há suspeitas de envolvimento de empresas sediadas em São Paulo com o esquema de fraude no BRB, por isso o Ministério Público Estadual de SP foi acionado. (Lúcio Lambranho)
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