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O dia D de Renan

Congresso em Foco

20/6/2007 | Atualizado 21/6/2007 às 10:30

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Geraldo Magela/Ag. Senado

Edson Sardinha

Com a garantia de apenas cinco dos 14 votos do Conselho de Ética e sem comprovar que não teve contas pessoais pagas por um lobista, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tenta hoje (20) reverter um quadro pintado como insustentável até mesmo por colegas de partido.

O Conselho de Ética se reúne no início desta tarde para votar o parecer do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), afastado do cargo por motivos de saúde. Um dos principais defensores de Renan, o novo relator do caso, Wellington Salgado (PMDB-MG), vai manter o parecer que absolve o presidente do Senado da acusação de quebra de decoro, mas admite que não há clima para o arquivamento sumário da denúncia (leia mais).

“Acho impossível votar hoje”, disse Wellington no início desta madrugada. Além do senador mineiro, apenas outros quatro são votos certos para Renan no Conselho de Ética: os também peemedebistas Valter Pereira (MS), Gilvam Borges (AP) e Leomar Quintanilha (TO) e a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), que deve votar no lugar de Cafeteira.

O presidente do Conselho, que é formado por 15 integrantes, Sibá Machado (PT-AC), só vota em caso de desempate. Três senadores do bloco governista têm dado sinais de que votarão a favor da continuidade das investigações, ou seja, contra o arquivamento da denúncia do Psol: Eduardo Suplicy (PT-SP), Augusto Botelho (PT-RR) e Renato Casagrande (PSB-ES).

Licença ou renúncia

Outro integrante da base aliada, o senador Jefferson Peres (PDT-AM) é autor de um dos três votos em separado apresentados na sessão da última sexta-feira. Peres defende não só o aprofundamento das apurações como o afastamento de Renan da presidência do Senado. “Ele precisa guardar distanciamento", cobrou.

Companheiro de partido do senador alagoano, Pedro Simon (PMDB-RS) ocupou ontem a tribuna para defender não o afastamento mas a renúncia do presidente do Senado. "O desgaste perante a opinião pública está sendo tão claro que não dá para defender mais", afirmou o gaúcho após sair do plenário. "Fiz um apelo a ele para que renuncie [à presidência do Senado] antes de sair o resultado da perícia", complementou (leia mais).

Outro peemedebista, Jarbas Vasconcelos (PE), e o pedetista Cristovam Buarque (DF) também defenderam que Renan se afaste do cargo até que seja comprovada sua inocência. Mas o apelo dos colegas ainda não sensibiliza o presidente do Senado. “Não saio. Estou tranqüilo. Sofro pressão só da imprensa”, declarou ao ser cercado por jornalistas na saída de seu gabinete.

Apesar do discurso cauteloso, a oposição deixou claro ontem que ainda não se dá por satisfeita com as explicações dadas por Renan até agora. “Queremos uma perícia suficiente para um voto confortável", disse o líder do DEM, senador José Agripino (RN). Ele defende o adiamento da votação do parecer para que as apurações sejam aprofundadas.

“Vou seguir a minha tribo”, discursou o líder do PSDB, Arthur Virgílio. Os dois partidos se reúnem nesta manhã para decidir a estratégia a ser tomada no Conselho de Ética. Juntos, os dois partidos têm direito a cinco dos 14 votos do colegiado. Assim como Jefferson Peres, os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO) também apresentaram voto em separado na última sexta-feira.

Sangramento profundo

Nos bastidores do Senado, no entanto, a avaliação é de que a situação de Renan se complicou de lá pra cá. Na última segunda-feira, o advogado da jornalista Mônica Veloso disse que foi o próprio senador quem propôs pagar por fora R$ 9 mil dos R$ 12 mil de pensão à sua cliente, com quem o peemedebista tem uma filha (leia mais).

A perícia encaminhada ontem à noite ao Conselho pela Polícia Federal atestou a veracidade dos documentos apresentados pelo senador em sua defesa, mas levantou novas suspeitas sobre os “rendimentos agropecuários” do peemedebista.

Desde que foi acusado de ter tido contas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, Renan alega ter ganhado R$ 1,9 milhão nos últimos quatro anos com a venda de bois em Alagoas. Mas reportagem veiculada pelo Jornal Nacional na última quinta-feira pôs em xeque a defesa do presidente do Senado, mostrando que ele havia incluído notas frias e relacionado empresas que não funcionam mais na lista de seus compradores.

A denúncia levou ao adiamento da votação do parecer de Cafeteira (leia mais) e à realização da perícia. De acordo com senadores que tiveram acesso ao parecer técnico, a PF fez várias ressalvas. Havia problemas, segundo eles, na cronologia de notas fiscais, pertencentes a três blocos diferentes. Apesar de os papéis serem originais, eles não seguem a ordem cronológica, que é o padrão.

A perícia Instituto Nacional de Criminalística também constatou que as Guias de Transporte Animal (GTAs) apresentadas por Renan não têm relação identificável com as notas fiscais das supostas vendas de gado do senador, segundo a Folha de S. Paulo.

Conforme revelou na semana passada o Congresso em Foco, o estado de Alagoas não tem os registros de controle animal em ordem para comprovar as vendas de boi feitas pelo presidente do Senado antes de 2006. Três fontes informaram a este site que nem a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), órgão responsável pelo controle sanitário do rebanho do estado desde janeiro do ano passado, nem qualquer outro órgão estadual possuem os controles apropriados das operações pecuárias feitas até 2005 (leia mais).

As GTAs trazem informações sobre os rebanhos, incluindo a origem e destino das rezes nas transações comerciais de pecuaristas, prática que deveria garantir a sanidade da carne vendida em Alagoas e em todo o país. Em julho de 2006, o Ministério da Agricultura padronizou o modelo do documento que registra o trânsito de animais vivos em território nacional.

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