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Veja quanto você pode economizar com a nova tabela do Imposto de Renda

Projeto aprovado pelo Congresso amplia isenção do Imposto de Renda e cria tributação mínima para lucros e dividendos de altas rendas. Governo calcula impacto neutro para os cofres públicos.

Congresso em Foco

6/11/2025 | Atualizado às 15:22

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O Congresso Nacional concluiu na quarta-feira (5) a votação do projeto de lei 1.087/2025, que reformula a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) e cria, pela primeira vez em quase 30 anos, uma tributação sobre lucros e dividendos no país.

A proposta eleva a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil mensais, cria descontos progressivos até R$ 7.350 e estabelece uma alíquota mínima de até 10% para rendas superiores a R$ 600 mil por ano.

Com isso, mais de 16 milhões de brasileiros deixarão de pagar o imposto ou passarão a contribuir com valores menores. O texto, aprovado pela Câmara e pelo Senado, aguarda apenas a sanção do presidente Lula para começar a valer a partir de 1º de janeiro de 2026, com efeitos práticos sobre a declaração de 2027 (ano-base 2026).

Entenda o que muda no Imposto de Renda

Hoje, estão isentos do IR os trabalhadores que ganham até R$ 3.036 mensais, o equivalente a dois salários mínimos. Acima desse valor, a cobrança é feita pela tabela progressiva, com alíquotas que vão de 7,5% a 27,5%.

Com a nova lei, quem recebe até R$ 5.000 ficará totalmente isento e quem ganha até R$ 7.350 terá direito a um desconto parcial, que vai diminuindo conforme a renda aumenta.

O objetivo, segundo o Ministério da Fazenda, é corrigir uma defasagem de mais de 10 anos na tabela - desde 2015, os reajustes foram pontuais e insuficientes para acompanhar a inflação acumulada, o que fez milhões de trabalhadores passarem a pagar imposto mesmo sem aumento real de renda.

"Essa mudança representa um alívio real para a classe média e corrige uma injustiça histórica. O sistema volta a ser mais justo e progressivo", afirmou o ministro Fernando Haddad.

Veja quanto você vai economizar

Simulações da Confirp Contabilidade mostram quanto cada faixa de renda deve ganhar de alívio com a nova tabela, considerando o 13º salário e a redução total do imposto devido.

Mudanças no Imposto de Renda vão representar dinheiro extra para quem recebe até R$ 7.350 por mês.

Mudanças no Imposto de Renda vão representar dinheiro extra para quem recebe até R$ 7.350 por mês.Arte Congresso em Foco

Exemplo prático:

Um trabalhador que recebe R$ 5.000 por mês deixará de pagar cerca de R$ 4 mil por ano em imposto. Já quem ganha R$ 6.000, terá um desconto parcial que representa cerca de R$ 2.000 anuais.

Mesmo quem está acima do limite de isenção total também vai pagar menos - o novo modelo evita o chamado "efeito degrau", em que um pequeno aumento de salário fazia o contribuinte perder boa parte do rendimento líquido.

Como funciona o desconto progressivo

O mecanismo de desconto progressivo cria uma transição suave entre a isenção total e a tributação integral da tabela atual. Assim, quem ganha pouco acima de R$ 5 mil não será "penalizado" com um salto brusco no valor do imposto.

Entenda as mudanças no Imposto de Renda.

Entenda as mudanças no Imposto de Renda.Arte Congresso em Foco

O que muda para CLT, autônomos e investidores

  • Trabalhadores CLT: continuam com desconto automático em folha; quem ganha até R$ 5.000/mês fica isento.
  • Autônomos e profissionais liberais: poderão ser atingidos pela nova tributação mínima se tiverem rendimentos superiores a R$ 50 mil/mês.
  • Investidores: lucros e dividendos acima de R$ 50 mil por mês terão retenção de 10% na fonte. Aplicações isentas (como LCI, LCA, debêntures de infraestrutura e Fiagro) continuam livres de IR.

E quem ganha mais?

A reforma também institui uma alíquota mínima para rendas altas, focada em lucros e dividendos, atualmente isentos.

A nova regra estabelece uma tributação progressiva de até 10%, conforme o total recebido por ano (veja no infográfico acima). A medida mira cerca de 141 mil contribuintes de alta renda que declaram ganhos baixos como salário e recebem a maior parte dos rendimentos via distribuição de lucros, uma prática legal, mas que o governo considera distorção tributária.

Impacto nas contas públicas

De acordo com o Ministério da Fazenda:

Custo da isenção: R$ 25,8 bilhões em 2026

Arrecadação com tributação de lucros e dividendos: R$ 34,1 bilhões

Saldo positivo estimado: R$ 8,3 bilhões

O governo federal promete que estados e municípios não terão prejuízo: as perdas serão compensadas automaticamente por meio dos Fundos de Participação (FPE e FPM).

Quando começa a valer

O texto aprovado prevê que as novas regras entrem em vigor em 1º de janeiro de 2026, com impacto direto na declaração de 2027.

Nos bastidores, a equipe econômica acredita que a mudança aumentará o poder de compra da classe média e estimulará o consumo interno sem comprometer o equilíbrio fiscal, já que o aumento da tributação sobre os mais ricos compensará a renúncia da base isenta.

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