Dossiê: corregedor do TSE inocenta Lula

O ministro César Asfor Rocha, corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), julgou hoje (24) improcedente a representação do PSDB e DEM (ex-PFL). Os dois partidos, que formaram a coligação Por um Brasil Decente, alegaram que ocorreu abuso de poder durante a campanha eleitoral de 2006, no episódio da tentativa de compra de um dossiê contra políticos tucanos.

O corregedor afirmou que não existe comprovação do envolvimento do presidente Lula ou do presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), com o caso. Segundo o ministro, também não há provas que configurem a existência de crime eleitoral no episódio e nem indícios de que o dinheiro apreendido com o ex-policial federal Gedimar Passos e o empresário Valdebran Padilha fosse do PT.

"À época, era reconhecida a clara vantagem do presidente sobre o seu adversário mais próximo. Longe de beneficiá-lo, o episódio teve efeito contrário de desgastá-lo", afirma o ministro. Os outros seis ministros do TSE ainda precisam votar. O ministro Asfor Rocha deixará hoje a corregedoria, depois de dois anos no cargo.