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Congresso em Foco
18/1/2007 | Atualizado às 6:42
O Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC), organização não-governamental criada em 2003 pelo ex-presidente tucano com a ajuda de empresários, recebeu doação de R$ 500 mil de uma empresa controlada pelo governo de São Paulo, comandado pelo PSDB e pelo PFL desde 1995.
Segundo reportagem do site Terra Magazine, a doação partiu da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), então presidida pelo também tucano Dalmo Oliveira Filho, e faz parte do projeto de digitalização do acervo do ex-presidente e sua mulher, Ruth Cardoso.
O iFHC confirmou a informação divulgada ontem à tarde pelo Terra Magazine. De acordo com o instituto, a doação é legal e se enquadra na Lei Rouanet. Por se enquadrarem como incentivo à cultura, as contribuições podem ser descontadas do Imposto de Renda.
O deputado estadual petista Mário Reali estuda acionar a Justiça contra a doação. “O iFHC não é uma ONG apartidária, tem ações políticas. Receber doação de uma estatal no governo tucano é um absurdo.”
A Sabesp é uma das sete empresas que, até o final do ano passado, haviam doado R$ 2,09 milhões para o projeto de preservação e digitalização do acervo do iFHC.
O acervo é formado por livros, fotos e obras de arte de FHC e também de sua mulher, Ruth Cardoso. Segundo o repórter Daniel Bramatti, reúne não apenas itens coletados durante a passagem do tucano pela Presidência, mas também da época em que era professor e um dos líderes da oposição ao regime militar.
Entre os objetos em processo de catalogação estão os presentes que FHC recebeu durante seu governo - vasos, quadros, tapetes e até capacetes de pilotos de Fórmula 1. O projeto de preservação e digitalização do acervo está orçado em mais de R$ 8 milhões - valor que equivale a cinco vezes o orçamento anual da Biblioteca Mário de Andrade, a maior de São Paulo, com mais de 3,2 milhões de itens.
O Instituto Fernando Henrique Cardoso reúne em seu conselho deliberativo diversas estrelas dos dois mandatos presidenciais tucanos, entre eles ex-ministros como Pedro Malan (Fazenda), Luiz Carlos Bresser-Pereira (Administração) e Celso Lafer (Relações Exteriores e Desenvolvimento). Leia mais
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