Depois de anunciar que jamais voltaria a misturar as contas de campanha com as contas do partido, o PT pode ser obrigado a rever sua oposição para saldar as dívidas da reeleição do presidente Lula. Segundo a Folha de S. Paulo, a campanha do presidente reeleito fechou com um déficit entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões.
Pela legislação eleitoral, a pessoa jurídica do comitê deve ser extinta até a próxima terça-feira (28), quando a dívida passa a ser de responsabilidade do candidato. Para evitar que isso ocorra, o comitê da campanha tende a transferir a dívida de Lula para o diretório nacional, garantindo o pagamento aos credores.
O partido ainda estuda outras duas possibilidades, segundo a Folha: a transformação da doação em créditos [nesse caso, os fornecedores da campanha abririam mão do dinheiro a receber, doando o serviço ao PT] e a contração de empréstimos bancários para saldar a dívida.
No início da campanha, o PT estimou os gastos em R$ 89 milhões e depois elevou a estimativa para R$ 115 milhões. O tesoureiro da campanha de Lula, o prefeito de Diadema, José de Filippi Jr., pretende consultar o departamento jurídico do partido para analisar que medida poderá adotar caso o rombo não esteja coberto até terça-feira.