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Congresso em Foco
15/1/2007 | Atualizado às 16:23
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) reafirmou hoje (15), em entrevista coletiva, que a acusação movida pelo Ministério Público Federal contra ele sobre desvio de recursos públicos na época de sua administração a frente do Ministério do Desenvolvimento Agrário, entre 1999 e 2002, é improcedente.
O parlamentar reclamou que, em nenhum momento, o Ministério Público (MP) o procurou para se defender das acusações. "Por que jamais fui ouvido? Por que o MP nunca me chamou para me defender? Sou o principal acusado e ninguém me ouviu", declarou. "Será que, ao me defender, eu derrubaria essa ação?", ressalta.
Na ação, o MP acusa Jungmann e mais sete pessoas de participarem de um esquema de desvio de recursos públicos para pagamento de contratos de publicidade no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) entre 1998 e 2002. Segundo o MP, os contratos de publicidade firmados entre o Incra e as empresas Casablanca e Artplan teriam causado prejuízos de R$ 33 milhões aos cofres públicos.
Jungmann alega que uma sindicância interna do Incra responde a essas acusações. De acordo com o parlamentar pernambucano, o MP teria ignorado essa investigação interna do órgão.
O deputado também afirma que a ação do MP, em nenhum momento, o acusa de desvio de verbas, mas de irregularidades de procedimento na contratação de empresas de comunicação. "Não existe uma única vez a palavra crime. Existem irregularidades, mas não crimes. Não estamos diante de uma acusação penal", ressaltou.
De acordo com Jungmann, a sindicância interna feita pelo próprio Incra encontrou uma diferença de R$ 562 mil que teriam que ser devolvidos pelas agências de comunicação devido a erros no cálculo. "Como se chegou aos R$ 33 milhões? Se desviou isso, onde foi parar esse dinheiro? Eu renuncio ao mandato se alguém encontrar esse dinheiro no bolso de alguém, no meu ou em alguma conta bancária", declarou.
O parlamentar disse que não pretende acusar ninguém pelo surgimento dessas denúncias. "A hora de dizer isso será quando eu for inocentado". Jungmann também confirmou que não abre mão de continuar no grupo que defende uma candidatura alternativa à presidência da Câmara e reafirmou que autoriza o Conselho de Ética da Câmara a investigá-lo.
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