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Instituições democráticas são vistas com desconfiança

Congresso em Foco

8/1/2007 | Atualizado às 13:52

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Estudo realizado pelos cientistas políticos José Álvaro Moisés, da Universidade de São Paulo (USP), e Rachel Meneguello, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), aponta que a democracia está plenamente consolidada no Brasil. No entanto, a pesquisa, denominada “A Desconfiança dos Cidadãos das Instituições Democráticas", revela que as instituições democráticas são vistas com extrema desconfiança pelos cidadãos, que não confiam em partidos políticos, Congresso Nacional, governo, Justiça e polícia.

O estudo, que ouviu 2.004 mil pessoas de todas as regiões brasileiras, foi comparado com pesquisas semelhantes realizadas em 1990, 1993, 1997 e 2000. Segundo o levantamento, a adesão ao sistema democrático de governo chega a 83% de satisfeitos na média dos últimos anos.

"Em síntese, fica demonstrado que as pessoas cada vez mais aderem à democracia, mas não confiam, na prática, em que suas instituições possam melhorar a vida delas", afirma o cientista político José Álvaro Moisés, autor do estudo. Na sua avaliação, o Brasil se converteu em uma democracia eleitoral, mas está longe de ser uma democracia efetiva, onde predominam temas como o primado da lei, ou seja, a lei vale para todos, direitos civis e políticos e equilíbrio político. "O recado é muito claro: os cidadãos não se sentem, de forma alguma, representados por suas instituições".

A desconfiança na atuação dos congressistas chegou a 59,7% dos entrevistados, que consideraram seu desempenho ruim ou péssimo, depois de ter sido de 32,5% em 1997 e 39,1% em 2000.

Sem Congresso

No levantamento, a democracia recebe avaliações positivas que chegam a 64,8% em 2006, ante 48,4% em 2000 e 56,4% em 1997. A pesquisa também mostra que um número expressivo de eleitores acredita que a democracia pode funcionar perfeitamente sem o Congresso ou os partidos políticos. Quase 30% dos entrevistados avaliaram que as duas instituições são desnecessárias.

Os índices de reprovação, quando se analisam os partidos políticos, chegam a 80,6% em 2006 ante 67,6% em 1993 e 57,3% em 1989. Quando se avalia o Congresso Nacional, como instituição, esse percentual melhora um pouco: 71,9%, em 2006. Em 1993 e 1989, os índices eram de 67,6% e 52,6% respectivamente.

O governo federal foi outra instituição democrática que obteve altos índices de reprovação. Em 2006, o número foi de 65,6%. Já em 1993, ficou em 60,9% e em 1989,  51%. A Justiça brasileira também recebe uma má avaliação: 55,3% dos entrevistados desconfiam dela. Em 1993, eram 49,3% e em 1989, 33,6%.

O cientista político José Álvaro Moisés diz que a sensação da população é de que as leis não são para todos. “Basta ver o caso do caseiro Francenildo, que teve o seu sigilo bancário, protegido pela legislação, quebrado a pedido de uma autoridade, no caso o ex-ministro Antonio Palocci", exemplificou Moisés.

O cientista político explica que medidas como fidelidade partidária e  financiamento público de campanhas, por exemplo, poderiam diminuir esses índices de desconfiança.

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