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Congresso em Foco
10/8/2006 | Atualizado 11/8/2006 às 1:00
Lula: sou responsável pelo que acontece no governo
O presidente Lula, candidato do PT à reeleição, disse nesta quinta-feira que nunca um governo combateu tanto a corrupção e o crime organizado no país como agora. Ele afirmou ainda que tem responsabilidades sobre eventuais irregularidades cometidas durante sua gestão e que sempre trabalhou para que os poderes pudessem atuar de maneira autônoma.
Em entrevista ao Jornal Nacional, o presidente disse que, quando soube das suspeitas de corrupção em seu governo afastou pessoas, abriu sindicâncias e facilitou o trabalho das CPIs no Congresso. "Você nunca viu um deputado ter de vir falar comigo para trabalhar."
Ele elogiou ainda o trabalho do Ministério Público em sua gestão. "No meu governo, procurador-geral da República indicia. Em outros governos, ele engavetava", declarou Lula, referindo-se ao ex-procurador Geraldo Brindeiro, apelidado "engavetador geral da República".
Indagado se antes de assumir a presidência não seria mais rígido com suspeitos de corrupção do que agora, Lula respondeu que o governo tem que agir dentro do estado de Direito. "O governo não acusa, age". Ele disse, entretanto, que ao saber das acusações contra o ex-ministro José Dirceu, pressionou para que ele se afastasse do cargo, assim como o ex-ministro Antonio Palocci. "Eu afastei o Zé Dirceu e o Palocci", admitiu ele, pela primeira vez.
Em relação ao repasse de recursos do caixa dois do PT para parlamentares da base aliada, apelidado de mensalão, o presidente disse que não pode se eximir de responsabilidade no ocorrido. "Tenho responsabilidade em qualquer erro que funcionário público cometer no Brasil. Mas está cheio de famílias que não sabem o que se passa na própria casa, como o presidente vai saber do que acontece em todos os ministérios?", questionou.
Lula disse ainda que lamenta o envolvimento de "companheiros" em esquemas de corrupção mas ressaltou que os escândalos não comprometem a história do partido. "Isso (o mensalão) não macula o PT."
O presidente comentou sobre a dívida de R$ 29 mil com o PT que seu amigo, o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, pagou com recursos do bolso dele. "Eu não devia ao PT. Eu disse a ele: 'quer pagar, paga, mas eu não devo'", explicou. Quanto à quebra de sigilo de Okamotto pela CPI dos Bingos, barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente afirmou que "era direito dele (Okamotto) não querer a quebra do sigilo".
Por fim, Lula foi questionado em relação a suas metas para um eventual segundo mandato. Ele disse que o governo vai continuar o trabalho feito atualmente. "O país está no melhor momento econômico, cresce o emprego, cresce o salário, diminui a inflação... e o nosso tempo acabou, é o que diminuiu também", brincou o presidente, enquanto era cortado pelos jornalistas ao fim dos 11 minutos e meio de entrevista.
Ibope aponta vitória de Lula em 1° turno
Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira no Jornal Nacional aponta vitória do presidente Lula, candidato à reeleição em outubro, já no primeiro turno. O petista conquistou 46% das intenções de voto, contra 21% do segundo colocado, o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin.
Lula cresceu em relação aos dois últimos levantamentos do Ibope. Em julho, o presidente tinha 44%, mesmo percentual na pesquisa da semana passada. O candidato tucano, por sua vez, caiu nos dois últimos levantamentos. Em julho tinha 27% e caiu para 25% na semana passada. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos.
A candidata do Psol, Heloísa Helena, foi a única que apresentou crescimento em todos os levantamentos. Na pesquisa de julho ela tinha 8%, passou para 11% na semana passada e agora tem 12%. Os candidatos do PDT, Cristovam Buarque, e do PCO, Rui Costa Pimenta, tem 1% cada.
O levantamento segue a tendência das pesquisas Datafolha e CNT/Sensus divulgadas nessa semana, que apontam queda de Alckmin, alta de Heloísa Helena e vitória de Lula no primeiro turno.
Os candidatos do PSDC, José Maria Eymael, e do PSL, Luciano Bivar, não pontuaram. Votos brancos e nulos somaram 9%. Os indecisos, 10%.
2° turno
O Ibope simulou um eventual segundo turno entre os candidatos do PT e do PSDB. Lula ficou com 51%, contra os 33% de Alckmin. O presidente cresceu da primeira pesquisa para cá. Em julho tinha 48% e agora tem 50%. O presidenciável tucano, na contramão, caiu na pesquisa. Em julho ele aparecia com 39% e na semana passada tinha 36%.
O instituto pediu que os entrevistados avaliassem o governo Lula. Classificaram como bom ou ótimo 41% dos eleitores ouvidos. Do total, 40% consideram o governo regular e 22% disseram achar ruim ou péssimo. Os que não souberam ou não opinaram somam 1%.
O Ibope ouviu 2.002 eleitores de 142 municípios entre a segunda-feira e ontem. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Heloísa responsabiliza Lula pelos "bandidos" do Executivo
A candidata do Psol à Presidência da República, Heloísa Helena, afirmou nesta quinta-feira que não há corrupção só no Congresso, mas no governo também, por responsabilidade do presidente Lula. Heloísa fez o comentário no início da noite, horas depois da aprovação do relatório da CPI dos Sanguessugas, que acusou 69 deputados e 3 senadores de pertencerem à máfia das ambulâncias.
"Os bandidos não estão só no Congresso, mas também no Executivo", disse Heloísa. "O Congresso é reflexo do Executivo desmoralizado, corrupto e que não trabalha", completou. Lembrada de que é congressista, ela insistiu: "Eu não tenho nenhum espírito de corpo com esse Congresso, que é uma instituição desmoralizada, servil ao Executivo e que funciona como anexo do Planalto".
Depois de participar da votação do relatório da CPI dos Sanguessugas, Heloísa passou 4 horas e 48 minutos na presidência da sessão do Senado, sem sair de lá nem para ir ao banheiro. Ela abriu a sessão às 14 horas e a encerrou às 18h48, depois de liberar a palavra para os oradores para que falassem o tempo que quisessem, o que usualmente não acontece. Os horários dos discursos são rigidamente controlados quando há outro senador na direção dos trabalhos.
Pedido inquérito para apurar se Serra cometeu crime ao ligar PT ao PCC
A Procuradoria Regional Eleitoral requisitou nesta quinta-feira à Superintendência da Polícia Federal a instauração de inquérito para verificar se o candidato ao governo do Estado pelo PSDB, José Serra, cometeu crime eleitoral ao apontar vínculo entre o Partido dos Trabalhadores e a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), durante a segunda onda de ataques em São Paulo.
Junto com o requerimento, a procuradoria anexou a notícia-crime encaminhada pelo PT ao Tribunal Regional Eleitoral contra Serra. Segundo informou o site da procuradoria, o PT acusa o tucano de dos crimes de calúnia, difamação e injúria, além de "divulgação na propaganda eleitoral de fatos que se sabe inverídicos".
TSE divulga contas de 66% dos candidatos
O Tribunal Superior Eleitoral recebeu até às 19h dessa quarta-feira as prestações de contas parciais de 66,13% dos candidatos inscritos nas eleições de outubro (a percentagem correspondente a 13.253 elegíveis). No entanto, esses dados se referem apenas aos candidatos, e não, aos comitês eleitorais.
Até o momento, o estado com a maior percentagem de candidatos que já prestaram contas à Justiça eleitoral é Tocantins com 86,75% e o com a menor é o Rio de Janeiro com 45,64%.
TRE proíbe no RN mensagem eleitoral pelo Orkut
O secretário de Planejamento e Finanças do Rio Grande do Norte, Francisco Araújo, foi proibido ontem pelo Tribunal Regional Eleitoral de divulgar no site de relacionamentos Orkut reportagens que estariam favorecendo a campanha de reeleição da governadora Wilma de Faria (PSB). A proibição foi dada pelo juiz Jarbas Ferreira que avaliou como propaganda eleitoral negativa as mensagens colocadas no site.
De acordo com a denúncia do senador Garibaldi Alves (PMDB), que disputa novo mandato como governador, o secretário teria veiculado na página pessoal dele no Orkut uma mensagem com links para reportagens sobre supostas irregularidades na gestão do ex-governador.
Em defesa, o secretário afirmou que não ofendeu a honra do senador, pois enviou as mensagens em um domingo e apenas para amigos pessoais.
TRE recebe 12 pedidos de renúncia em MT
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Mato Grosso recebeu até ontem 12 pedidos de renúncia de candidatura para os cargos de governador, vice-governador, deputado federal e deputado estadual.
Dentre os desistentes, o candidato ao governo pelo PSL, Vanilson Rodrigues da Silva, que entregou pedido de renúncia ao TRE no dia 15 de julho. "Resolvi retirar a candidatura porque ficou muito em cima e não tínhamos condições financeiras. A candidatura foi um pedido da nacional do partido, mas não estamos preparados. E também não quero ser apenas mais um na disputa", disse Vanilson, que afirmou a participação na eleição de 2008 para vereador de Rondonópolis.
Além dele e do vice, Noeme Ferreira Matos (PSL), desistiram das eleições deste ano: cinco candidatos para deputado federal, três para deputado estadual e dois suplentes de senador.
Relação dos candidatos que renunciaram:
Governador
Vanilson Rodrigues da Silva (PSL)
Vice-governador
Noeme Ferreira Matos (PSL)
Deputado Federal
Ednilson Almeida Machado (PSL)
Erico Piana Pinto Ferreira (PL)
Fausto de Souza Faria (PSDB)
Paulo Custodio de Carvalho (PAN)
Santinho Agostinho Salerno (PSDB)
Deputado Estadual
João Roberto Ferlin (PT)
Lutero Siqueira da Silva (PMDB)
Mara Francisca de Oliveira Lima (PAN)
2º Suplente de Senador
Aparecido Alves de Oliveira (PSDB)
Walter Batista de Oliveira (PSTU)
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