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Congresso em Foco
27/7/2006 | Atualizado às 6:13
Cristovam também usa gabinete em campanha
Depois de Heloísa Helena, ontem foi a vez do candidato à Presidência da República e senador Cristovam Buarque (PDT-DF) prestar esclarecimentos sobre o uso do seu gabinete para fazer campanha.
A assessora de imprensa do pedetista, funcionária comissionada com salário pago pelo Senado, estava utilizando o computador e e-mail pertencentes ao Prodasen - empresa de processamento de dados do Senado - para distribuir a agenda do candidato pedetista. A assessora não quis comentar o assunto.
Questionado pelos jornalistas, Cristovam Buarque, que estava em campanha por São Paulo, disse que vai aguardar primeiro os seus advogados para saber que providências vai tomar. "Eu queria estar falando de educação, da revolução que precisamos fazer, mas estou sendo obrigado a falar porque vocês perguntam e tem toda razão (de perguntar) esse assunto e vou ter que ouvir os meus advogados para saber se foi um lapso ou não"
De acordo com a advogada Patricia Rios, que trabalha com Cristovam, o senador orientou todos em seu gabinete para que os assessores agissem conforme a lei. "Se houver algum erro, ele será apurado e corrigido", afirmou.
O uso do gabinete parlamentar durante a campanha é proibido pelos incisos I, II e III, do artigo 34, do Código Eleitoral. No entanto, existe uma brecha na lei que permite a prática caso o regimento interno da Casa assim autorize.
Na terça-feira, a senadora Heloísa Helena (AL), presidenciável pelo Psol demitiu o jornalista Antônio Jacinto Filho, conhecido como Índio, por ter enviado à imprensa a agenda da candidata por meio de e-mail do Senado. O jornalista tinha um cargo de confiança no gabinete de Heloisa, com salário pago pelo Senado.
A candidata do Psol tomou a decisão para evitar acusação de usar a estrutura do Senado em sua campanha. "Até porque, se eu estou há quatro anos sem usar nem a gráfica do Senado, que eu tenho direito, é inaceitável. Até porque eu passei toda a minha vida com rigor ético implacável, desafiando qualquer canalha do mundo da política. Então, infelizmente... É um bom pai, um bom rapaz, mas teve que ser demitido" disse.
Negada liminar para candidatos do Psol participarem de debates
O ministro Carlos Alberto Menezes Direito, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou ontem a liminar apresentada pela senadora Heloísa Helena (AL), presidenciável pelo Psol, que buscava assegurar sua participação e de outros candidatos da legenda nos debates eleitorais.
Na ação, a senadora contesta a resolução do TSE, que assegurou a participação de candidatos de partidos que elegeram deputados nas eleições de 2002. Como foi criado em 2005, o Psol, em tese, está descoberto dessa imposição da lei. Dessa forma, a participação de Heloísa Helena e de candidatos do partido nos debates televisivos e nas rádios dependerá de convite das emissoras.
Alckmin promete reduzir cargos comissionados
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira que, se for eleito, pretende diminuir os gastos do governo, cortando "enormemente" o número de cargos comissionados. Ele acredita que o "aparelhamento" faz com que o Estado brasileiro perca em eficiência, além de permitir a corrupção.
O tucano pediu para sua equipe um levantamento do número de cargos comissionados. Ele não adiantou a quantidade de vagas que pretende diminuir, apenas assumiu o compromisso de "reduzir enormemente o número de cargos comissionados, especialmente em empresas estatais".
Dados do Ministério do Planejamento indicam que o atual governo acumula 19.817 cargos comissionados somente na administração pública federal, sem contar as estatais. Os cargos comissionados são aqueles que não necessitam de concurso público para serem preenchidos e normalmente são ocupados por apadrinhados políticos.
Petistas e tucanos juntos na Paraíba
Petistas e tucanos negociaram ontem a criação de um comitê na Paraíba para unir as candidaturas à reeleição do presidente Lula (PT) e do governador Cássio Cunha Lima (PSDB). O acordo seria uma resposta dos insatisfeitos com o PT por causa do apoio da legenda ao candidato do PMDB ao governo, senador José Maranhão.
O PT abriu mão da candidatura própria e indicou o vice na chapa de Maranhão, o vereador petista Luciano Cartaxo, de João Pessoa. O acordo PSDB/PT vem sendo costurado por Pedro Luís Freire de Andrade, que é integrante do diretório municipal do PT em Campina Grande.
Segundo ele, cerca de 250 filiados e militantes deverão apoiar a criação do "comitê suprapartidário". Para Andrade, Campina Grande será o estopim de um movimento que se espalhará por todo o estado.
"A decisão de apoiar Maranhão ocorreu num clima tumultuado, e não concordamos com a política coronelista dele", disse Andrade. Um integrante da campanha do tucano confirmou as negociações, embora oficialmente o comando negue isso.
Conselho político petista comenta números de Lula
O presidente Lula conseguiu reunir ontem (quarta, 26), pela primeira vez, no Palácio do Planalto, o conselho político da campanha à reeleição. Os petistas analisaram as últimas pesquisas que apontaram o crescimento de Geraldo Alckmin (PSDB), apesar de se manter a tendência de vitória de Lula no primeiro turno. O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), declarou que a pesquisa Ibope, divulgada terça-feira, mostra a força de Lula.
Segundo Berzoini, os números indicam que o presidente está com uma liderança muito forte. "Na eleição passada, Lula foi eleito com 45% dos votos e agora tem 44%. São números expressivos, não tem dúvida, mas é apenas uma pesquisa, não é a realidade", afirmou o também coordenador-geral da campanha de Lula.
A ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, disse, entretanto, que é preciso evitar o clima do "já ganhou". "Temos todas as razões para esperar a vitória. No primeiro ou no segundo turno. Mas não vamos participar de eleição de salto alto ou no clima do já ganhou. Faremos uma campanha bastante pé no chão", afirmou. Dilma acrescentou que o presidente tem muito o que mostrar. "Temos resultados a mostrar que são quantificáveis e precisos".
Já o ministro da Articulação Política, Tarso Genro, falou que o presidente vem consolidando uma boa posição em todas as pesquisas. "A partir de agosto o presidente vai crescer 3%, 4% ou 5% e isso recoloca a possibilidade de vitória no primeiro turno".
Líder do MLST quer voltar a trabalhar no PT
Destituído do cargo de secretário nacional de Movimentos Populares do PT, o líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Bruno Maranhão, quer voltar a trabalhar na Secretaria.
Maranhão disse que vai pedir ao presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini, que convoque o conselho de ética para analisar seu caso. "Vou mostrar que sou completamente inocente", afirmou.
Maranhão comandou a invasão do MLST na Câmara no dia 6 de junho. Na época, Berzoini chegou a dizer que o coordenador do MLST poderia ser expulso do PT.
Temas
PEC da Blindagem
Protestos deste domingo dividem reação de parlamentares nas redes