O ex-presidente da República Itamar Franco anunciou ontem que desistiu de sua pré-candidatura à Presidência da República pelo PMDB. Itamar disse que vai lançar seu nome como alternativa do partido em Minas ao Senado.
A mudança foi acertada após meia hora de reunião do ex-presidente com parlamentares peemedebistas em Belo Horizonte. Apesar de ter aceitado a posição do partido de não ter candidatura própria, Itamar criticou a opção.
"Foi com tristeza que eu percebi que uma maioria que não tem tradição partidária, com raríssimas exceções, não quer que o PMDB nacional tenha candidato. Quer manter o PMDB como um coadjuvante nos seus interesses regionais, o que é, sobretudo, lamentável", lamentou Itamar.
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, participou do encontro e defendeu o apoio do PMDB à reeleição do presidente Lula.
Simon busca no PDT apoio para concorrer ao Planalto
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) se movimenta para ganhar o apoio do PDT para sua pré-candidatura à Presidência da República. Ele tem procurado as lideranças do partido e recebeu a sinalização de que uma aliança não está descartada, embora a legenda já tenha lançado o senador Cristovam Buarque (DF) para a disputa. O assunto estará em pauta hoje, na reunião ampliada da Executiva do PDT, em Brasília.
Um dos interlocutores de Simon é o líder do partido na Câmara, deputado Miro Teixeira (RJ). O deputado revelou que o PDT também já foi procurado pelo PSDB, mas as conversas em torno de Geraldo Alckmin não avançaram.
Por isso, se a opção for por uma aliança, a alternativa seria o PMDB. "A probabilidade hoje é o PDT lançar candidato, mas estamos acompanhando com atenção o que se passa no PMDB", disse. Segundo Miro, o PDT não pode descartar uma conversa com Simon se ele "chamar o partido para discutir programa de governo". "Acho que o partido tem que ir", defendeu.
Apenas o PT ainda não cortejou os pedetistas. Miro, que já foi ministro das Comunicações do governo Lula, ironizou quando perguntado dos motivos de o partido ter sido descartado até agora pelos petistas. "Deve ser por falta de ficha telefônica", brincou.
Miro garante que o PDT não tem restrições de conversar com o PT, embora seja um partido de oposição ao governo Lula. "Nós conversamos com quem nos procurou. Não vamos atrás do PT, mas não há vetos", disse.