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Congresso em Foco
21/12/2008 | Atualizado 22/12/2008 às 7:30
Candidato independente às eleições da presidência da Câmara, o deputado Ciro Nogueira (PP-PI) está confiante em sua candidatura. O parlamentar, que há um ano trabalha para angariar apoio dos colegas – segundo sua assessoria –, avalia que a saída de Milton Monti (PR-SP) do páreo não enfraquece a tentativa de formar um “grupo” para despolarizar a disputa que, até então, contava com a “quase” hegemonia do candidato Michel Temer (SP), presidente do PMDB.
Em breve conversa com o Congresso em Foco, Ciro afirma que irá trabalhar para fortalecer e tornar mais independente o Legislativo. O candidato avalia que a partir de agora os debates sobre a disputa da presidência da Casa se centrarão nas questões do Congresso, em vez das "alianças para as eleições presidenciais de 2010”.
Na entrevista, Ciro revela sua posição em relação ao impasse em torno da PEC dos Vereadores, que levou o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), contra a decisão do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), de não promulgar a emenda aprovada pelas duas Casas. "Concordo que não deveria haver aumento de despesas. Mas a Justiça é que deve decidir agora", declara.
O deputado piauiense oficializou sua candidatura no último dia 17, junto com os deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Milton Monti (PR-SP). A estratégia dos parlamentares ao lançar-se conjuntamente foi mostrar que há um compromisso de apoio mútuo. Caso um deles vá ao segundo turno, os demais candidatos garantem seu apoio. Mas o deputado Milton Monti se retirou dessa aliança e declarou apoio a Temer.
ENTREVISTA: A saída do deputado Milton Monti da disputa enfraquece a aliança feita pelo bloquinho e fortalece Temer?
Acredito que não. O Milton saiu e o Serraglio entrou na disputa. Então não há menos candidatos para concorrer. A intenção, ao lançar as candidaturas juntas, não era só formar uma aliança. Era para mostrar que é preciso ter debate. Antes, as eleições estavam focadas em alianças externas ao Congresso, pensando nas eleições de 2010. Agora haverá debate. Independente de acordo entre PT e PMDB.
Qual sua principal proposta como candidato à presidência da Câmara?
Independência da Casa. Hoje a Câmara vota o orçamento e o Executivo, se quiser, não segue. Pretendo fortalecer a instituição e dar mais independência ao nosso trabalho. As eleições ainda estão começando, ainda tem muito que acontecer. Agora nesse mês de janeiro, vamos intensificar a campanha.
Em relação ao impasse em torno da PEC dos Vereadores, como o senhor avalia a decisão do presidente Chinaglia?
Acho que o Senado errou ao deixar a PEC tanto tempo sem ser votada e votar na madrugada do último dia de sessão e criar essa confusão toda. O ideal teria sido votar antes das eleições [municipais], até mesmo para se saber o número de vereadores que seriam eleitos. Mas em relação ao ato do Chinaglia, a Justiça é que deve decidir agora. Mas concordo que não poderia ter havido aumento de despesas. (Renata Camargo)
Texto publicado em 21/12/2008
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