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Congresso em Foco
1/6/2007 | Atualizado às 18:34
A declaração do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de que o Congresso brasileiro age como "papagaio dos Estados Unidos" causou indignação esta manhã no Senado. Logo no início da sessão deliberativa de hoje, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, subiu à tribuna para repudiar os comentários feitos ontem por Chávez (leia mais).
“O senhor Hugo Chávez, depois de interferir no Judiciário venezuelano, de garrotear o Parlamento venezuelano e de alterar a Constituição, possibilitando reeleições infinitamente, quer agora atingir e agredir os países vizinhos. Invoca e elogia a posição do presidente Lula, mas não vai jogar o Congresso brasileiro contra o presidente da República”, disse o senador.
Os protestos do venezuelano foram provocados pela moção de repúdio aprovada pelo Senado brasileiro na última quarta-feira, criticando o fechamento no último domingo da maior rede privada de TV do país, a RCTV. Em rede nacional, Chávez disse que os congressistas do Brasil repetem "como um papagaio" o Congresso norte-americano e elogiou o presidente Lula por não ter feito comentários sobre o fechamento da emissora.
"Que triste para o povo brasileiro! Minhas condolências para esse povo que não merece isso. Um Congresso que repete como papagaio o que dizem em Washington. Que dano faz esse Congresso à causa da integração latino-americana. Que tristeza que dá!", afirmou Chávez.
“O presidente Lula pode agir nessa questão como bem quiser, como presidente da República, mas o Congresso também pode criticá-lo, como já o fizemos, pela sua omissão com relação às barbaridades cometidas pelo senhor Chávez na Venezuela”, disse Heráclito Fortes, que chamou o venezuelano de “aprendiz de ditador” em seu pronunciamento.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também fez críticas ao presidente venezuelano: “Lamento as palavras do presidente Hugo Chávez sobre o Congresso brasileiro. Ele precisa entender que todos os países e os legislativos são independentes. O Congresso brasileiro tem o direito e o dever de zelar pela América do Sul. Não se trata de questões internas da Venezuela, mas do clima de democracia na América do Sul”. (Soraia Costa)
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