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Congresso em Foco
11/3/2007 18:33
Um dia depois de voltar sua artilharia contra o Campo Majoritário, principal tendência petista, a corrente Movimento PT ampliou hoje seu alvo sobre "os tucanos" do Banco Central. Na tese fechada neste domingo, que apresentará no encontro nacional do partido, em julho, o grupo ao qual está ligado o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), pede mudanças profundas na política econômica e cambial.
"O grande desafio do segundo mandato é exatamente superar a política econômica do primeiro, adotando um novo modelo, desconcentrador de renda e riqueza", diz o texto. Como saída, o Movimento PT propõe "uma meta de superávit primário mais condizente com uma política de investimento e desenvolvimento".
Em entrevista à Agência Estado, o secretário de Organização do PT, Romênio Pereira, um dos líderes da tendência, defendeu a "destucanização" do BC. "O Banco Central é hoje um ninho de tucanos. Precisamos ´destucanizar´ o BC", disse. Em sua tese, a corrente afirma que a autonomia do BC, uma das discussões recorrentes dentro do governo, é um dos "baluartes do neoliberalismo" e algo "absolutamente ideológico".
"O Banco Central tem que se alinhar ao projeto do presidente da República. Hoje há contradição clara entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a linha do Henrique Meirelles (presidente do BC)", afirmou a deputada federal Maria do Rosário (RS), vice-presidente do PT.
O Movimento PT afirma que o partido, hoje, adquiriu o hábito do "gabinetismo" e viu acontecer no governo federal o aparelhamento, o que serviu de apoio a "projetos pessoais e partidários", relata a repórter Lisandra Paraguassú. "Essa prática é a principal responsável pela grave crise política vivida por nosso partido e nosso governo", diz o texto.
A tendência voltou a responsabilizar o Campo Majoritário pelas crises do partido e do governo Lula. "Não temos dúvida de que foram os métodos e a política usados pelo ex-Campo Majoritário que gerou a crise e quase fez sucumbir um projeto que foi construído por todos", continua o documento.
A principal reclamação contra o Campo Majoritário, que tem entre seus expoentes o ex-ministro José Dirceu, é de que, embora represente 42% do partido, a tendência ocupa 95% dos cargos do PT no governo. O Movimento PT tem hoje 11 deputados mas nenhum cargo no governo.
Ontem, além de dizerem, por exemplo, que o Campo “faliu e quase faliu o PT”, representantes do Movimento miraram a pressão feita pelo grupo predominante para a nomeação da ex-prefeita Marta Suplicy como ministra. "O nome da prefeita não é um consenso dentro do PT. É um dos nomes e uma indicação do Campo Majoritário do partido", criticou Romênio.
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