Pesquisa eleitoral divulgada hoje (8) pela Confederação Nacional do Transporte e pelo instituto Sensus indica que o candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, caiu na preferência do eleitorado em todas as simulações. Se as eleições fossem hoje, o presidente Lula venceria no primeiro turno.
Segundo a pesquisa, Lula seria reeleito com 60,5% dos votos válidos (total dos votos, descontados os nulos e em branco). Alckmin ficaria com 24,9% e Heloísa Helena, com 11,7%. No levantamento anterior, realizado entre 4 e 6 de julho, Lula aparecia com 55,1% das intenções de voto, contra 34% de Alckmin.
Na pesquisa estimulada, em que são apresentados os nomes dos candidatos que disputarão as eleições presidenciais de outubro, Lula tem 47,9% das intenções de voto, contra 19,7% de Alckmin. A candidata do Psol, senadora Heloísa Helena, aparece com 9,3%.
Os números, que consideram o total dos votos e não apenas os votos válidos, revelam mudanças significativas em relação à pesquisa anterior. No início de julho, Lula tinha 44,1% (3,8 pontos percentuais a menos); Alckmin, 27,2% (7,5 pontos a mais); e Heloísa, 5,4 (3,9 pontos a menos).
Alckmin em queda
O diretor do instituto Sensus, Ricardo Guedes, explicou que três hipóteses podem explicar a queda de Alckmin nas pesquisas: a expectativa dos eleitores de que ele não vencerá as eleições; o fraco desempenho do candidato em aparições na mídia; e os ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo.
Na simulação do primeiro turno, Cristovam Buarque (PDT) obteve apenas 0,6% dos votos; José Maria Eymael (PSDC), 0,4%; e
Luciano Bivar (PSL), 0,2%. O candidato Rui Pimenta (PCO) teve 0,1%. Os votos indecisos, brancos e nulos permaneceram estáveis, somando 20,9% do total.
Em um eventual segundo turno com Alckmin, Lula aparece com 63,8% dos votos válidos, contra 36,2% do tucano. Nessa simulação, Alckmin teve uma queda de seis pontos percentuais. Já o presidente cresceu três pontos.
Contra Heloísa Helena, Lula também venceria, com 66,9% das intenções de voto, contra 22,7% da senadora. Os 10,4% restante seriam de indecisos, brancos e nulos.
A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 195 municípios brasileiros, entre os dias 1º e 4 de agosto. A margem de erro varia de um a três pontos percentuais.