A política econômica em prática no país, com esforço fiscal elevado, é uma política de governo, afirmou hoje o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Em audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, ele disse que as metas de superávit podem gerar, em longo prazo, um crescimento sólido da economia com a redução dos juros e o fortalecimento do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país.
"É uma política acertada com o governo. Ainda bem. Imagine se fosse uma invenção do ministro? O Brasil não estaria seguro, com certeza", afirmou Palocci. O ministro defendeu um acordo para o fortalecimento da economia e frisou que esse é o primeiro governo que mantém uma política econômica sem preocupar-se com rumores eleitorais ou pressões de setores da sociedade. "Nós temos no Brasil um problema de perseverança. Quando eu era deputado federal, éramos oposição, mas quando mandavam pacotes econômicos para serem aprovados e que eram bons para o país, a oposição aprovava o pacote. Mas as pressões sempre faziam o governo desistir", disse Palocci.
Em resposta às perguntas do líder do PSDB, Alberto Goldman (PSDB-SP), o ministro reforçou que não tem a intenção de barrar as investigações em torno das denúncias de corrupção em Ribeirão Preto (SP) quando ele era prefeito. "Dizem que nosso governo tem medo de CPI, mas nenhum governo gosta de CPI. Nem o vosso", disse ao tucano, em referência ao governo anterior, do tucano Fernando Henrique Cardoso.