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Congresso em Foco
10/11/2005 | Atualizado às 20:26
Ronaldo Brasiliense
Os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Luiz Otávio Campos (PMDB-PA), presidentes do Senado e da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), respectivamente, definiram ontem que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, dará explicações ao país sobre as denúncias que o envolvem em supostos atos de corrupção no plenário do Senado, no próximo dia 22.
"Em CPI eu não vou depor de jeito nenhum. Prefiro entregar o lugar", desabafou Palocci, ao aceitar a proposta do senador Luiz Otávio de depor no Senado, quando terá a oportunidade de rebater todas as críticas que vem recebendo nas últimas semanas.
"Conversamos com o ministro Palocci e argumentamos que na CAE já foram aprovados vários requerimentos pedindo sua presença para falar sobre temas diversos, como a autonomia do Banco Central, as taxas Selic imposta pelo Copom e a privatização do Banco do Estado do Ceará", relatou Luiz Otávio.
O senador Luiz Otávio detalhou também os bastidores da negociação para levar o ministro da Fazenda a depor no Senado. O ministro Palocci contou sobre o constrangimento que teria se a CPI dos Bingos - que é controlada pela oposição - aprovasse requerimento convocando-o para depor, o que poderia ter reflexos para a própria economia.
O depoimento no plenário foi a solução encontrada, numa negociação que envolveu o líder do governo no Senado, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que elogiou a proposta conciliatória apresentada pelo senador paraense.
Criticado pela ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Roussef, por sua excessiva preocupação com o superávit primário para pagar a dívida externa, Antonio Palocci voltou a ser alvo, ontem, da CPI dos Bingos, quando seu ex-assessor na prefeitura de Ribeirão Preto Rogério Buratti disse "ter certeza" de que o ministro da Fazenda sabia que empresários ligados a casas de bingos doaram R$ 1 milhão para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O dinheiro dos bingos, o Palocci sabia. O José Dirceu, eu não sei. Devia saber. O presidente Lula, pelo montante, deveria saber também", declarou Rogério Buratti.
"A audiência servirá para que o ministro Palocci esclareça à nação sobre todos esses pontos", concluiu Luiz Otávio.
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