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Congresso em Foco
13/7/2005 23:47
Sônia Mossri |
Os defensores da permanência da legenda no governo convocaram para esta manhã, em Brasília, reunião da Executiva nacional para tentar adiar a convenção marcada para o próximo domingo. O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), afirmava ontem que já possuía número suficiente de votos na Executiva para garantir o adiamento. O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), sustentava que a convenção será realizada de qualquer forma, mesmo diante de eventuais medidas judiciais propondo mudança na data. Um dos principais escudeiros de Temer, o deputado Geddel Vieira Lima (BA), afirmou ao Congresso em Foco que uma decisão da Executiva do partido não tem poder para mudar a o dia marcado para a convenção. Segundo ele, a manifestação de 13 diretórios regionais do partido favoráveis à convenção para discutir a saída do PMDB do governo Lula é maior do que qualquer pronunciamento da Executiva. A briga interna do PMDB vai muito além de apoiar ou não o governo. É uma luta pelo poder. Aqueles que pregam atualmente a saída do governo são os mesmos que foram aliados de primeira hora do governo Fernando Henrique Cardoso. Ao propor a saída do governo Lula, esse grupo lucraria com a necessidade do Palácio do Planalto negociar com o PMDB cada votação de projeto de interesse do Executivo, momento ideal para apresentar suas credenciais ao governo. Por isso mesmo, os governistas, tendo à frente Renan Calheiros e o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, não desejam perder espaço para a ala que fala em uma suposta "independência" do partido. Durante todo o dia de ontem, o PMDB foi uma praça daquilo que os jornalistas costumam classificar como "plantação", quando uma fonte tenta usar a imprensa para a publicação de informações incorretas, mas que atendem ao interesse de determinado grupo. Cada ala do PMDB tinha uma versão dos fatos e a certeza de que teria maioria na reunião da Executiva, que deve ser realizada ainda nesta quarta-feira. O ministro das Comunicações não conseguiu esconder sua irritação com a independência do líder do PMDB na Câmara, José Borba (PR). Na prática, Borba decolou com a crise no partido e se tornou um novo interlocutor do partido. Isso era tudo o que Eunício não queria. O ministro achava que poderia continuar comandando a Câmara através da escolha de Borba. Esse filme é velho na política e sempre acaba mal. Renan e Eunício cansaram de anunciar que já havia a concordância de 52 deputados da bancada na Câmara para adiar a convenção. O Congresso em Foco verificou que são apenas 38, de um total de 75 deputados do PMDB, que pedem formalmente o adiamento da convenção. |
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