Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Lula comandava petrolão, diz Delcídio à Veja

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Lula comandava petrolão, diz Delcídio à Veja

Congresso em Foco

19/3/2016 | Atualizado às 10:53

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_232857" align="alignleft" width="285" caption="Na entrevista à Veja, Delcídio também fala das críticas que Lula fazia internamente a Mercadante"][fotografo]Reprodução[/fotografo][/caption]Em entrevista à revista Veja, o senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) aprofundou as revelações que fez à Justiça, por meio de delação premiada, e subiu o tom das acusações contra a presidente Dilma Rousseff e o seu padrinho político e antecessor. Delcídio foi preso no dia 25 de novembro do ano passado, quando exercia o cargo de líder do governo no Senado e era um dos principais representantes do PT no Congresso Nacional por oferecer a outro delator da Operação Lava Jato - o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró - apoio financeiro, proteção judicial e até um plano de fuga do país em troca do seu silêncio. Dirigente da estatal durante o governo Fernando Henrique, Delcídio do Amaral foi abandonado pelos petistas ao ser pilhado em tentativa de obstruir as investigações da Lava Jato. Veja os principais trechos da entrevista: Lula comandava "Eu errei ao participar de uma operação destinada a calar uma testemunha, mas errei a mando do Lula. Ele e a presidente Dilma é que tentam de forma sistemática obstruir os trabalhos da Justiça, como ficou claro com a divulgação das conversas gravadas entre os dois. O Lula negociou diretamente com as bancadas as indicações para as diretorias da Petrobras e tinha pleno conhecimento do uso que os partidos faziam das diretorias, principalmente no que diz respeito ao financiamento de campanhas. O Lula comandava o esquema." Dilma sabia de tudo "A Dilma herdou e se beneficiou diretamente do esquema, que financiou as campanhas eleitorais dela. A Dilma também sabia de tudo. A diferença é que ela fingia não ter nada a ver com o caso. (...) O Lula tinha a certeza de que a Dilma e o José Eduardo Cardozo [ex-ministro da Justiça, atual advogado-geral da União] tinham um acordo cujo objetivo era blindá-la contra as investigações. A condenação dele seria a redenção dela, que poderia, então, posar de defensora intransigente do combate à corrupção. O governo poderia não ir bem em outras frentes, mas ela seria lembrada como a presidente que lutou contra a corrupção." O papel de Delcídio "O Lula sabia que eu tinha acesso aos servidores da Petrobras e a executivos de empreiteiras que tinham contratos com a estatal. Ele me consultava para saber o que esses personagens ameaçavam contar e os riscos que ele, Lula, enfrentaria nas próximas etapas da investigação. Mas sempre alegava que estava preocupado com a possibilidade de fulano ou beltrano serem alcançados pela Lava Jato. O Lula queria parecer solidário, mas estava mesmo era cuidando dos próprios interesses. Tanto que me pediu que eu procurasse e acalmasse o Nestor Cerveró, o José Carlos Bumlai e o Renato Duque. Na primeira vez em que o Lula me procurou, eu nem era líder do governo. Foi logo depois da prisão do Paulo Roberto Costa [ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, preso em março de 2014]. Ele estava muito preocupado. Sabia do tamanho do Paulo Roberto na operação, da profusão de negócios fechados por ele e do amplo leque de partidos e políticos que ele atendia. O Lula me disse assim: 'É  bom a gente acompanhar isso aí. Tem muita gente pendurada lá, inclusive do PT'. Na época, ninguém imaginava aonde isso ia chegar." O papel de Aloizio Mercadante "A presidente sempre mantinha a visão de que nada tinha a ver com o petrolão. Ela era convencida disso pelo Aloizio Mercadante [atual ministro da Educação], para quem a investigação só atingiria o governo anterior e a cúpula do Congresso. Para Mercadante, Dilma escaparia ilesa, fortalecida e pronta para imprimir sua marca no país. Lula sabia da influência do Mercadante. Uma vez me disse que, se ele continuasse atrapalhando, revelaria como o ministro se safou do caso dos aloprados [dossiê falso negociado, em setembro de 2006, por assessores de Mercadante para cacifá-lo contra José Serra na disputa pelo governo de São Paulo]. O Lula me disse uma vez bem assim:  'Esse Mercadante... ele não sabe o que eu fiz para salvar a pele dele'." Petrolão financiou Dilma "O petrolão financiou a reeleição da Dilma. O ministro Edinho Silva, tesoureiro da campanha em 2014, adotou o achaque como estratégia de arrecadação. Procurava os empresários sempre com o mesmo discurso: 'Você está com a gente ou não está? Você quer ou não quer manter seus contratos?'. A extorsão foi mais ostensiva no segundo turno. O Edinho pressionou Ricardo Pessoa, da UTC; José Antunes, da Engevix; e Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez. Acho que Lula e Dilma começaram a ajustar os ponteiros em meados do ano passado. Foi quando surgiu a ideia de nomeá-lo ministro." Íntegra da delação de Delcídio Mais sobre Delcídio do Amaral Principais trechos da entrevista de Delcídio à Veja
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

pictures petrobras Lula PT Dilma mídia corrupção Eleições 2014 Aloizio Mercadante Veja nestor cerveró Paulo Roberto Costa petrolão jose carlos bumlai

Temas

Reportagem Justiça País

LEIA MAIS

Operação Estafeta

Prefeito de São Bernardo do Campo é afastado por suspeita de corrupção

RELAÇÕES EXTERIORES

Lula defende criadores do Mais Médicos diante de sanções dos EUA

TENTATIVA DE GOLPE

Bolsonaro nega golpe e chama Cid de "mentiroso" em defesa final no STF

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

JÚRI DE JORNALISTAS

Conheça o time de jornalistas que vota no Prêmio Congresso em Foco

2

Revisão

Haddad diz estar aberto a flexibilizar mudanças no seguro-defeso

3

Ocupação da Câmara

Deputado que ocupou Câmara pede punição até para ele mesmo

4

EXTRADIÇÃO

Zambelli passa mal em audiência e julgamento na Itália é adiado

5

Medida Provisória

Motta endossa pacote de apoio a empresas impactadas por tarifas

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES