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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Leonardo Boff
17/12/2017 | Atualizado 28/6/2018 às 17:17
Ao acolher a vinda do Espírito, ela foi elevada à altura da divindade do Espírito. Por isso, com razão diz o evangelista Lucas: "Por isso (diò óti) ou poe causa disso o Santo gerado será chamado Filho de Deus" (Lc 1,35). Somente alguém que está na altura de Deus pode gerar um Filho de Deus. Maria, por esta razão, será divinizada semelhantemente ao homem Jesus de Nazaré que foi assumido pelo Filho eterno e assim foi divinizado. É o Filho eterno encarnado em nossa realidade humana que celebramos no Natal.
Eis que num momento da história, o centro é ocupado por uma mulher, Miriam de Nazaré. Nela está atuando o Espírito Santo que nela habita e que está criando a santa humanidade do Filho de Deus. Nela estão presentes duas Pessoas divinas: o Espírito Santo e o Filho eterno do Pai. Ela é o templo que alberga a ambos.
Nossa Senhora de Guadalupe, tão venerada pelo povo mexicano, com traços mestiços, aparece como uma mulher grávida com todos os símbolos da gravidez da cultura nauatl (dos aztecas). Sempre que vou ao México me misturo às multidões que lá acorrem e visito a bela imagem de pano da Guadalupe. Vestido de frade, várias vezes perguntei a um peregrino anônimo: "Hermanito, tu adoras a la Virgen de Guadalupe"? E recebia sempre a mesma resposta: "Si, frailecido, como no voy adorar a la Virgen de Guadalupe? Si que la adoro".
O devoto respondia com toda razão, pois nessa mulher se escondem as duas Pessoas divinas, o Filho que crescia em suas entranhas pela energia do Espírito que morava nela. E ambas, sendo Deus, podem e devem ser adoradas. E Maria é inseparável deles, por isso merece a mesma adoração. Daí nasceu a inspiração para o meu livro, dos mais lidos, O Rosto materno de Deus.
Sempre lamentei que a maioria das mulheres, mesmo teólogas, não tenha assumido ainda sua porção divina, presente em Maria, por obra do Espírito Santo. Ficam com só com o Cristo, o homem divinizado.
O Natal será mais completo se junto ao Menino que tirita de frio na manjedoura, incluirmos sua Mãe que o acalenta amparada por seu esposo o bom José. Ele também mereceria uma reflexão especial, coisa que já fiz nas páginas do Jornal do Brasil: sua relação com o Pai celeste.
No meio da crise de nosso país há ainda uma Estrela como a de Belém a nos dar esperança.Tags
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