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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Chico Leite
8/8/2017 8:00
[fotografo]Wilson Dias/Agência Brasil[/fotografo][/caption]É preciso responsabilidade e transparência com a gestão dos recursos públicos, e o exemplo deve ser dado por todo gestor ou agente público. Ao aceitar assumir a Ouvidoria da CLDF no biênio 2017/2018, coloquei como compromisso fundamental, entre todos os parlamentares, a implementação do Plano de Transparência da Casa, com o objetivo de um Legislativo aberto, transparente e responsivo às demandas da sociedade. O desafio terá três vertentes: o de ampliar a transparência passiva, conquistada com a Lei de Acesso à Informação; o de aprofundar a transparência ativa, de forma a que todos as pessoas possam buscar e ter acesso direto a todos dados do Poder Legislativo financiados pelos contribuintes; e o de aproximar Câmara e cidadão, ampliando a participação direta no processo de fiscalização e legislação.
Em tempos de escassez de recursos para áreas fundamentais, a priorização é fundamental, sem perder de vista aquilo que a sociedade almeja e necessita. Uma ação bem sucedida tem sido a destinação de verbas, por meio de emendas parlamentares, para o Programa de Descentralização Administrativa e Financeira da educação pública (PDAF). Desde 2015, tenho priorizado esse investimento direto nas escolas públicas. Já asseguramos R$ 5,2 milhões em recursos, garantindo mais agilidade e efetividade na aplicação do dinheiro público. Isso possibilita a realização de reparos na infraestrutura, compra de equipamentos e diversas outras melhorias que impactam diretamente no dia a dia dos nossos estudantes. Hoje, a Comissão de Educação da CLDF assumiu a interlocução dessas emendas e outros dez parlamentares fazem o mesmo.
Outra questão que não pode esperar é a escassez de água em nossa região. É sabido por todos que o DF passa, pela primeira vez em sua história, por um racionamento, fruto da falta de planejamento e gestão ao longo de vários anos. Agora, na condição de presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, estamos focados no trabalho do Grupo Técnico da Crise Hídrica, o qual está debruçado sobre formas de ampliar o controle dos recursos hídricos com a participação da população na gestão e na apresentação de projeto de lei intitulado "Águas do Cerrado", visando à preservação dos mananciais do bioma Cerrado. Recentemente, um estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) apontou que o Cerrado perdeu 1,9 milhão de hectares entre julho de 2013 e agosto de 2015. Isso nos dá a dimensão do desafio que precisamos enfrentar. Cabe lembrar que Brasília receberá, no ano que vem, o 8º Fórum Mundial da Água, o que aumenta ainda mais nossa responsabilidade em melhorar nossas práticas de consumo e gestão de todos os recursos naturais, sob pena de comprometermos o futuro das próximas gerações.
Crise hídrica, econômica, política e ética. Não há fórmula mágica para lidar com essas questões. Apenas o trabalho sério e focado no bem comum pode fazer frente a esses problemas. Da nossa parte, seguiremos firmes no propósito de recolocar o Distrito Federal no caminho do desenvolvimento sustentável. A população não pode esperar mais, sob pena de ver sua qualidade de vida retroceder a cada dia.
Nesses tempos difíceis, quando fazem uma referência elogiosa a minha conduta, ressaltando a ética e a honestidade, eu me sinto reconhecido e lisonjeado; mas não canso de repetir que ética e honestidade são obrigações; é que o que precisa contar mesmo é o trabalho, a capacidade de transformar ideias em realizações, dar resposta à necessidade das pessoas, enfrentar os problemas e apresentar alternativas para solucioná-los e, especialmente, melhorar a qualidade de vida da nossa cidade.
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