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Câmara dos Deputados

Deputadas LGBTQIA+ repudiam retrocesso do PL que barra casamento gay

Deputadas LGBTQIA+ da Câmara definiram a tentativa de avanço do PL que pode impedir o casamento gay como retrocesso e afronta.

Congresso em Foco

20/9/2023 | Atualizado às 9:33

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Erika Hilton, primeira deputada federal trans, ao lado de Duda Salabert, na audiência que resultou no adiamento da votação do projeto na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Erika Hilton, primeira deputada federal trans, ao lado de Duda Salabert, na audiência que resultou no adiamento da votação do projeto na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Deputadas da bancada LGBTQIA+ da Câmara definiram a tentativa de avanço do PL que pode impedir o casamento gay como retrocesso e afronta a um direito reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao Congresso em Foco, Daiana dos Santos (PCdoB-RS) e Erika Hilton (Psol-SP) afirmaram que uma ala "fundamentalista e conservadora quer atacar uma decisão do Supremo e retirar a dignidade e cidadania da comunidade LGBTQIA+". Após quase cinco de horas de tumulto, provocações, brigas acaloradas e palavras de ordem de manifestantes, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara chegou nessa terça-feira (19) a um acordo sobre o futuro do Projeto de Lei 580/2007. Por unanimidade, oposição e governo decidiram que na próxima terça-feira (26) será realizada uma audiência pública com dez convidados favoráveis e dez contrários ao PL que pede o fim do reconhecimento do casamento gay, determinada pelo STF há 12 anos. A audiência pública foi votada e aprovada em requerimento apresentado pelo deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) ainda no dia 5. No entanto, a base do governo fez pressão com a presença de movimentos sociais e disse que não faria qualquer obstrução para impedir o avanço do PL para a Comissão de Direitos Humanos se a audiência fosse inserida antes da votação. A oposição relutou em aceitar o acordo, alegando que o governo procura obstruir ao máximo a pauta. Já o governo argumenta que a comissão perdeu o rumo, uma vez que se debruça sobre tema analisado há mais de uma década em vez de avaliar propostas atuais dentro da comissão que poderiam contribuir com o país. "Um retrocesso absurdo. Uma tentativa de aniquilar, anular e negar o direito ao casamento às pessoas homoafetivas. É uma ação extremamente inconstitucional porque o Supremo já reconheceu, à luz da Constituição, a necessidade da comunidade LGBTQIA+ constituir família e ter direito à união civil, mas fundamentalistas e conservadores aqui, da Câmara dos Deputados, querem se unir para atacar e ir contra uma decisão importante do STF e retroceder a dignidade, a cidadania e o direitos da comunidade LGBTQIA+", disse a deputada Erika Hilton.
A união entre pessoas do mesmo sexo é legítima
Houve mobilização da sociedade civil durante a sessão da Comissão da Família. Em vários momentos, o presidente da comissão, deputado Fernando Rodolfo (PL-PE), disse que chamaria a Polícia Legislativa para retirar membros da comunidade LGBTQIA+. Os manifestantes questionaram e vaiaram citações bíblicas ou comentários sobre a composição de como deve ser a família brasileira feitos pela bancada da bíblia. De acordo com a deputada Daiana dos Santos, o momento é importante para falar sobre a garantia de direitos, já que o PL demonstra um retrocesso de uma grande luta do movimento LGBTQIA+, responsável por um grande esforço a fim de garantir a legitimidade das relações conjugais. Daiana ainda acrescentou que o movimento em si pauta itens como o Estado laico e toda uma estrutura de sociedade que está empenhada ativamente na construção do progresso no país. "Esse retrocesso retalia justamente aquilo que a gente tem aprofundado ao longo dos anos: o ganho de consciência por parte da população. O povo, pedindo por direitos, tem se mostrado cada vez mais presente na política e isso fica muito evidente nesta Casa. Iremos até a última instância e faremos um debate de qualidade para que a sociedade entenda que aqui estamos falando de direitos garantidos e que não estamos em disputa com o setor religioso ou com outro núcleo que não seja pela garantia de direitos já constituídos, da vida e da expressão da comunidade."
Pânico Moral
A ativista política e primeira suplente de deputada federal no DF Ruth Venceremos (PT-DF) classificou a terça-feira como um marco importante para a comunidade LGBTQIA+ na discussão sobre o casamento civil igualitário. "É sobre direito. Não é mais nem menos o que queremos, apenas direitos. Estamos como sociedade civil organizada para tentar barrar esse retrocesso." Ruth questiona o motivo de os impostos das pessoas LGBTQIA+ serem arrecadados ao passo que o direito à união civil de dois cidadãos do mesmo sexo está em xeque no Congresso. "Essa conquista se deu de modo judiciário. Agora, observe se a Câmara tem alguma lei de proteção social da comunidade LGBTQIA+. Ao contrário disso, querem retirar conquistas nossas." A ativista afirma que o projeto não irá prosperar nas comissões de Direitos Humanos e Constituição, Cidadania e Justiça. Ruth qualifica o PL como tentativa de criar um pânico moral na sociedade com as mesmas discussões antigas de sempre para serem bem avaliados com o eleitorado.
 
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ruth venceremos LGBTQIA+ Erika Hilton PL 580/2007 Daiana dos Santos

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