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Câmara dos Deputados
Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Caio Luiz
20/9/2023 | Atualizado às 9:33
A união entre pessoas do mesmo sexo é legítimaHouve mobilização da sociedade civil durante a sessão da Comissão da Família. Em vários momentos, o presidente da comissão, deputado Fernando Rodolfo (PL-PE), disse que chamaria a Polícia Legislativa para retirar membros da comunidade LGBTQIA+. Os manifestantes questionaram e vaiaram citações bíblicas ou comentários sobre a composição de como deve ser a família brasileira feitos pela bancada da bíblia. De acordo com a deputada Daiana dos Santos, o momento é importante para falar sobre a garantia de direitos, já que o PL demonstra um retrocesso de uma grande luta do movimento LGBTQIA+, responsável por um grande esforço a fim de garantir a legitimidade das relações conjugais. Daiana ainda acrescentou que o movimento em si pauta itens como o Estado laico e toda uma estrutura de sociedade que está empenhada ativamente na construção do progresso no país. "Esse retrocesso retalia justamente aquilo que a gente tem aprofundado ao longo dos anos: o ganho de consciência por parte da população. O povo, pedindo por direitos, tem se mostrado cada vez mais presente na política e isso fica muito evidente nesta Casa. Iremos até a última instância e faremos um debate de qualidade para que a sociedade entenda que aqui estamos falando de direitos garantidos e que não estamos em disputa com o setor religioso ou com outro núcleo que não seja pela garantia de direitos já constituídos, da vida e da expressão da comunidade."
Pânico MoralA ativista política e primeira suplente de deputada federal no DF Ruth Venceremos (PT-DF) classificou a terça-feira como um marco importante para a comunidade LGBTQIA+ na discussão sobre o casamento civil igualitário. "É sobre direito. Não é mais nem menos o que queremos, apenas direitos. Estamos como sociedade civil organizada para tentar barrar esse retrocesso."
Ruth questiona o motivo de os impostos das pessoas LGBTQIA+ serem arrecadados ao passo que o direito à união civil de dois cidadãos do mesmo sexo está em xeque no Congresso. "Essa conquista se deu de modo judiciário. Agora, observe se a Câmara tem alguma lei de proteção social da comunidade LGBTQIA+. Ao contrário disso, querem retirar conquistas nossas."
A ativista afirma que o projeto não irá prosperar nas comissões de Direitos Humanos e Constituição, Cidadania e Justiça. Ruth qualifica o PL como tentativa de criar um pânico moral na sociedade com as mesmas discussões antigas de sempre para serem bem avaliados com o eleitorado.