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opinião
23/11/2022 12:10
 
 
 As consequências da incompatibilidade entre os cargos e suas responsabilidades são óbvias: aumentos do risco de corrupção, baixa atratividade de quadros competitivos de fora do governo e utilização dos cargos para acomodação de favores políticos. Um cenário provável é o do aumento da ocupação dessas posições por servidores públicos de carreira, que neste caso, ganham seus salários mais 60% do valor do cargo em questão - até o limite do teto do funcionalismo. Isto tem implicações, como a redução da oxigenação externa do governo.
Nos últimos anos o terceiro setor tem chamado a atenção para a necessidade de se profissionalizar ao máximo o processo de seleção dos ocupantes de cargos de confiança, seja por quadros de fora da administração pública, seja por funcionários permanentes do Estado. O Movimento Pessoas a Frente, liderado pela Fundação Lemann, Instituto Humanize e Instituto República.org tem apoiado várias experiências no âmbito estadual onde a introdução de entrevistas, a descrição das tarefas dos cargos, o mapeamento de competências e a análise de currículos têm sido chave para a seleção dos dirigentes de órgãos públicos.
A mudança de governo, no plano Federal, abre espaço para iniciativas dessa natureza, mesmo que de forma experimental e limitada. Porém, da mesma forma que nos Estados, é importante atentar para a variável remuneração. Salários não são o único fator de motivação para profissionais públicos. Há um conjunto de outros elementos importantes como compromisso com o interesse do país, ambiente de trabalho, potencial de aprendizado e oportunidade de gerar impacto, dentre outras. Mas é uma variável relevante, principalmente quando a meta é atrair os melhores nomes para as funções mais importantes.
A transição já está em curso. O novo governo já se encontra em processo de constituição, com algumas áreas mais avançadas do que as outras. A política remuneratória relativa aos cargos de confiança pode fazer diferença no recrutamento de dirigentes do novo governo que se avizinha.
O Brasil enfrentará um período difícil, marcado por esperança, transições e dificuldades. O país precisa reconciliar-se consigo mesmo. Se isso vai acontecer ou não, nem só o tempo dirá. É preciso tomar boas decisões.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
Outros textos do autor.
As consequências da incompatibilidade entre os cargos e suas responsabilidades são óbvias: aumentos do risco de corrupção, baixa atratividade de quadros competitivos de fora do governo e utilização dos cargos para acomodação de favores políticos. Um cenário provável é o do aumento da ocupação dessas posições por servidores públicos de carreira, que neste caso, ganham seus salários mais 60% do valor do cargo em questão - até o limite do teto do funcionalismo. Isto tem implicações, como a redução da oxigenação externa do governo.
Nos últimos anos o terceiro setor tem chamado a atenção para a necessidade de se profissionalizar ao máximo o processo de seleção dos ocupantes de cargos de confiança, seja por quadros de fora da administração pública, seja por funcionários permanentes do Estado. O Movimento Pessoas a Frente, liderado pela Fundação Lemann, Instituto Humanize e Instituto República.org tem apoiado várias experiências no âmbito estadual onde a introdução de entrevistas, a descrição das tarefas dos cargos, o mapeamento de competências e a análise de currículos têm sido chave para a seleção dos dirigentes de órgãos públicos.
A mudança de governo, no plano Federal, abre espaço para iniciativas dessa natureza, mesmo que de forma experimental e limitada. Porém, da mesma forma que nos Estados, é importante atentar para a variável remuneração. Salários não são o único fator de motivação para profissionais públicos. Há um conjunto de outros elementos importantes como compromisso com o interesse do país, ambiente de trabalho, potencial de aprendizado e oportunidade de gerar impacto, dentre outras. Mas é uma variável relevante, principalmente quando a meta é atrair os melhores nomes para as funções mais importantes.
A transição já está em curso. O novo governo já se encontra em processo de constituição, com algumas áreas mais avançadas do que as outras. A política remuneratória relativa aos cargos de confiança pode fazer diferença no recrutamento de dirigentes do novo governo que se avizinha.
O Brasil enfrentará um período difícil, marcado por esperança, transições e dificuldades. O país precisa reconciliar-se consigo mesmo. Se isso vai acontecer ou não, nem só o tempo dirá. É preciso tomar boas decisões.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
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