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O desafio maior: a guerra que não pode ser perdida

Segurança pública domina o debate, mas o futuro depende da revolução educacional.

Marcus Pestana

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13/12/2025 8:00

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2026, ano de eleições gerais. Momento de reavaliar trajetórias e fazer escolhas. Os especialistas em pesquisas de opinião e marketing político já construíram um certo consenso de que o tema central será segurança pública. O crescimento do crime organizado realmente assusta e mobiliza corações e mentes. A sensação de insegurança é real e pode predominar na formação da decisão de voto dos brasileiros. Mas a agenda de desafios brasileiros é muito mais ampla.

Em pleno fechamento do primeiro quartel do século XXI ainda remanescem problemas crônicos como a falta de acesso aos serviços de água e esgoto, a pobreza e a miséria, as milhões de moradias inadequadas, os gargalos de acesso no SUS, o agravamento dos riscos ambientais, a insegurança jurídica e a judicialização excessiva, a burocracia e o alto Custo Brasil, as debilidades da infraestrutura, o desequilíbrio fiscal e as altas taxas de juros, o crescimento econômico errático em modo "voo de galinha" e "montanha russa", a corrupção longe de ser erradicada.

Portanto, temas não faltam a serem discutidos pelos candidatos em 2026. Dizem que a opinião pública é monotemática. Será?

Sem ensino de qualidade, o país seguirá refém da desigualdade e do crime.

Sem ensino de qualidade, o país seguirá refém da desigualdade e do crime.Freepik

Entretanto, um aspecto me incomoda mais. Um tema onde não temos direito de errar, a guerra que não pode ser perdida: a inacabada revolução educacional. Essa discussão parece-me negligenciada para além dos muros do universo dos especialistas e das corporações diretamente envolvidas. Parece que a sociedade tem uma visão complacente em relação a nossos baixíssimos níveis de qualidade no ensino fundamental e médio e o déficit alarmante de vagas na educação infantil - a ciência já demonstrou que a capacidade de desenvolvimento cognitivo das crianças é definida na primeira infância. Parece que há uma acomodação a partir da universalização do ensino fundamental alcançada na passagem do século, afinal, mal ou bem, as crianças estão frequentando a escola e recebendo merenda escolar, independentemente do nível de aprendizado proporcionado.

Na última avaliação internacional da qualidade da educação (Pisa), o Brasil ficou respectivamente com os 65º, 52º e 62º. lugares em Matemática, Leitura e Ciências, entre os 81 países participantes. Nosso desempenho é muito pior do que o de um país muito mais pobre como o Vietnã, por exemplo.

Quando fui secretário estadual de saúde em Minas Gerais (2003/2010), ao invés de puxar a sardinha para a minha lata, afirmava, aos quatro ventos, que saúde e segurança defendem a vida, mas a única coisa que a transforma é educação de qualidade universalizada. Tudo melhoraria. E a cidadania seria mais densa e forte.

Estruturação de uma carreira nacional com gestão operacional local, empoderamento dos diretores de escola como protagonistas da coordenação da relação alunos-pais-comunidade-professores, envolvimento profundo e radical das Universidades na qualificação do ensino fundamental e médio, universalização do ensino infantil, revolução pedagógica com uso intensivo das ferramentas digitais, mobilização nacional em favor da reversão do quadro, são linhas de ação a serem discutidas.

A segurança pode até dominar o debate. Mas a guerra só será ganha quando as crianças e os jovens pobres enxergarem na educação, e não no tráfico, o caminho para a ascensão social e a melhoria de sua qualidade de vida.


O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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