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18/2/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 15:52
 
 
 Moro, que supostamente pilota a PF, não quer saber dos índios nem de longe, tampouco de UC, que pra ele significa Unidade Carcerária. Casa Civil já tá na conta dos militares, então não vale. Guedes se deixar privatiza tudo e constrói uma Disney no meio do Amazonas. Bento Albuquerque, entrega as Terras Indigenas aos Garimpeiros. Tarcísio da Infra, manda ladrilhar sem licença nem licitação. Tereza Cristina, fazendo cara de paisagem, já entregou os pontos ao Nabhan, que está promovendo o maior Blackfriday de terras públicas da história republicana do Brasil com a MP 910 que condecora grileiros na Amazônia com o Grau Máximo da Ordem dos Grileiros Brasileiros que é um Título de "Proprietário" sem sequer vistoriar a área.
Portanto, aqui devo dizer que foram dois acertos. O #ForaSalles da Amazônia e a não entrega do desafio a nenhum outro ministro predador. Desconheço (e isso pode ser uma cegueira minha) líder de algum ministério que reúna mínimas condições objetivas, intelectuais, técnicas, morais e virtudes políticas e pragmáticas para "equilibradamente" coordenar ações com base em uma visão estratégica de longo prazo adequada ao desenvolvimento sustentável da e na Amazônia.
Na minha modesta e curta visão não vejo. Você ai leitor indicaria algum dos atuais ministros para tal mister? A Damares que evangeliza índios? O Weintraub que detesta português? O Ministro Pontes da Ciência e Tecnologia ... que o mais próximo que chegou do assunto foi mandar pro espaço o então competente presidente do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, por prever o óbvio e cumprir seu dever institucional?
Pois bem, isso é o que o decreto diz sem estar escrito.
 Moro, que supostamente pilota a PF, não quer saber dos índios nem de longe, tampouco de UC, que pra ele significa Unidade Carcerária. Casa Civil já tá na conta dos militares, então não vale. Guedes se deixar privatiza tudo e constrói uma Disney no meio do Amazonas. Bento Albuquerque, entrega as Terras Indigenas aos Garimpeiros. Tarcísio da Infra, manda ladrilhar sem licença nem licitação. Tereza Cristina, fazendo cara de paisagem, já entregou os pontos ao Nabhan, que está promovendo o maior Blackfriday de terras públicas da história republicana do Brasil com a MP 910 que condecora grileiros na Amazônia com o Grau Máximo da Ordem dos Grileiros Brasileiros que é um Título de "Proprietário" sem sequer vistoriar a área.
Portanto, aqui devo dizer que foram dois acertos. O #ForaSalles da Amazônia e a não entrega do desafio a nenhum outro ministro predador. Desconheço (e isso pode ser uma cegueira minha) líder de algum ministério que reúna mínimas condições objetivas, intelectuais, técnicas, morais e virtudes políticas e pragmáticas para "equilibradamente" coordenar ações com base em uma visão estratégica de longo prazo adequada ao desenvolvimento sustentável da e na Amazônia.
Na minha modesta e curta visão não vejo. Você ai leitor indicaria algum dos atuais ministros para tal mister? A Damares que evangeliza índios? O Weintraub que detesta português? O Ministro Pontes da Ciência e Tecnologia ... que o mais próximo que chegou do assunto foi mandar pro espaço o então competente presidente do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, por prever o óbvio e cumprir seu dever institucional?
Pois bem, isso é o que o decreto diz sem estar escrito.
 No mais é uma sequência de letrinhas e palavras corte-coladas frias sem qualquer orientação estratégica, o que torna a missão do nosso Vice-Presidente algo quase insípido, inodoro, incolor e que tomará a forma do vaso que o contiver.
Para não dizer que só enrolei e não falei do decreto ai vão:
1) Nos artigos 1o e 2º nada além das transposição da Amazônia do Salles pro Mourão.
2) Dos itens I ao XIII (?) do artigo 3º, que estabelece as competências, nada de novo. Tudo o que já era de responsabilidade do Comitê Interministerial do Plano de Prevenção e Controle dos Desmatamentos na Amazônia (PPCDAm) está lá quase que na mesma redação dos anteriores decretos relacionados ao dito plano.
3) No artigo 4º que trata da composição, além do "Vice" na Presidência, 14 ministros de estado são citados como membros. Praticamente os mesmos do Decreto de 2003 (AQUI) do seu arqui-inimigo Lula, com a agregação do Ministério da Defesa e o Ministério das Relações Exteriores. Eu diria que é bem pertinente a convocação desses dois ministérios. O da Defesa porque é a casa do (Vice) Presidente do Conselho. O das relações exteriores porque mostra que o presidente tem algum receio do que a omissão geral recorrente no assunto possa causar à imagem dos nossos negócios internacionalmente.
4) Todos os demais artigos tratam de assuntos burocráticos de funcionamento do Conselho.
5) Nenhuma pista ou diretriz mais estratégica no decreto, a não ser no artigo 7º que divide o Conselho em quatro Comissões, cuja lógica ainda estou tentando compreender (ou adivinhar?) e aqui vou apenas explorar minha criatividade misturada com um pouco de conhecimento dos desafios:
I - Comissão Integradora das Políticas da Amazônia Legal;
II - Comissão de Preservação da Amazônia Legal;
III - Comissão de Proteção da Amazônia Legal; e
IV - Comissão de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal.
Imagino eu que a comissão (II) de preservação da Amazônia deve ter mais a ver com a agenda de fiscalização e controle ambiental estrito senso (ações do Ibama, ICMBio, Polícia Federal). A comissão (III) de Proteção da Amazônia deve ter a ver com uma visão mais defensiva militar de proteção contra os escusos interesses "exóticos" ao da pátria amada; a Comissão (IV) de desenvolvimento sustentável, que pela expressão-conceito deveria orientar o conjunto da obra, deve ter a ver com o ordenamento territorial e a estratégia de infraestrutura para Amazônia crescer economicamente. A primeira comissão (I) deve tratar por óbvio de integrar as várias políticas setoriais em curso na região, inclusive as três comissões anteriores, o que na verdade é o papel fulcral do Conselho e não de apenas uma de suas comissões.
Enfim ... por enquanto apenas exercício de futurologia.
O recado que eu quero dar ao Vice-Presidente General Mourão é o mesmo que eu dei ao então Ministro Carlos Minc quando entreguei minha carta de demissão da Diretoria do Departamento de Prevenção e Controle dos Desmatamentos do MMA, responsável pela Coordenação do Plano de Prevenção e Controle dos Desmatamentos na Amazônia (PPCDAm) em agosto de 2008, depois de pouco mais de um ano conduzindo a estratégia. Minc seguiu o conselho e colheu os frutos. Eis a mensagem:
Se o Senhor (Gen. Mourão) conseguir implementar, pra valer, 50% do que está previsto no PPCDAM (cuja íntegra sobrevive apenas no site do MMA - clique AQUI) o senhor terá êxito pleno e se responsabilizará por uma das maiores contribuições que um governo terá dado para gestão socioambiental do País e talvez do Mundo.
Não tem segredo General, a não ser atualizar e pôr em prática o PPCDAm. Falo porque já o fiz. Com força política a máquina roda. Basta fazer o que é preciso ser feito. Não precisa reinventar a roda. E aconselhe-se com quem sabe, já fez e quer fazer acontecer. Tolerância zero com o crime e a ilegalidade somados aos incentivos econômicos efetivos e crescentes para aqueles (e não são poucos) que querem ou já estão trabalhando dentro da legalidade e da moralidade na região.
Com todo respeito que um Vice-Presidente e um General merecem, não posso perder o trocadilho: basta não ser "Mourão no brejo", seja "Mourão em terra firme" contra a ilegalidade e a imoralidade na Amazônia! Esse pai de família, cristão e patriota brasileiro agradecerá e valorizará sua coragem e competência.
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 No mais é uma sequência de letrinhas e palavras corte-coladas frias sem qualquer orientação estratégica, o que torna a missão do nosso Vice-Presidente algo quase insípido, inodoro, incolor e que tomará a forma do vaso que o contiver.
Para não dizer que só enrolei e não falei do decreto ai vão:
1) Nos artigos 1o e 2º nada além das transposição da Amazônia do Salles pro Mourão.
2) Dos itens I ao XIII (?) do artigo 3º, que estabelece as competências, nada de novo. Tudo o que já era de responsabilidade do Comitê Interministerial do Plano de Prevenção e Controle dos Desmatamentos na Amazônia (PPCDAm) está lá quase que na mesma redação dos anteriores decretos relacionados ao dito plano.
3) No artigo 4º que trata da composição, além do "Vice" na Presidência, 14 ministros de estado são citados como membros. Praticamente os mesmos do Decreto de 2003 (AQUI) do seu arqui-inimigo Lula, com a agregação do Ministério da Defesa e o Ministério das Relações Exteriores. Eu diria que é bem pertinente a convocação desses dois ministérios. O da Defesa porque é a casa do (Vice) Presidente do Conselho. O das relações exteriores porque mostra que o presidente tem algum receio do que a omissão geral recorrente no assunto possa causar à imagem dos nossos negócios internacionalmente.
4) Todos os demais artigos tratam de assuntos burocráticos de funcionamento do Conselho.
5) Nenhuma pista ou diretriz mais estratégica no decreto, a não ser no artigo 7º que divide o Conselho em quatro Comissões, cuja lógica ainda estou tentando compreender (ou adivinhar?) e aqui vou apenas explorar minha criatividade misturada com um pouco de conhecimento dos desafios:
I - Comissão Integradora das Políticas da Amazônia Legal;
II - Comissão de Preservação da Amazônia Legal;
III - Comissão de Proteção da Amazônia Legal; e
IV - Comissão de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal.
Imagino eu que a comissão (II) de preservação da Amazônia deve ter mais a ver com a agenda de fiscalização e controle ambiental estrito senso (ações do Ibama, ICMBio, Polícia Federal). A comissão (III) de Proteção da Amazônia deve ter a ver com uma visão mais defensiva militar de proteção contra os escusos interesses "exóticos" ao da pátria amada; a Comissão (IV) de desenvolvimento sustentável, que pela expressão-conceito deveria orientar o conjunto da obra, deve ter a ver com o ordenamento territorial e a estratégia de infraestrutura para Amazônia crescer economicamente. A primeira comissão (I) deve tratar por óbvio de integrar as várias políticas setoriais em curso na região, inclusive as três comissões anteriores, o que na verdade é o papel fulcral do Conselho e não de apenas uma de suas comissões.
Enfim ... por enquanto apenas exercício de futurologia.
O recado que eu quero dar ao Vice-Presidente General Mourão é o mesmo que eu dei ao então Ministro Carlos Minc quando entreguei minha carta de demissão da Diretoria do Departamento de Prevenção e Controle dos Desmatamentos do MMA, responsável pela Coordenação do Plano de Prevenção e Controle dos Desmatamentos na Amazônia (PPCDAm) em agosto de 2008, depois de pouco mais de um ano conduzindo a estratégia. Minc seguiu o conselho e colheu os frutos. Eis a mensagem:
Se o Senhor (Gen. Mourão) conseguir implementar, pra valer, 50% do que está previsto no PPCDAM (cuja íntegra sobrevive apenas no site do MMA - clique AQUI) o senhor terá êxito pleno e se responsabilizará por uma das maiores contribuições que um governo terá dado para gestão socioambiental do País e talvez do Mundo.
Não tem segredo General, a não ser atualizar e pôr em prática o PPCDAm. Falo porque já o fiz. Com força política a máquina roda. Basta fazer o que é preciso ser feito. Não precisa reinventar a roda. E aconselhe-se com quem sabe, já fez e quer fazer acontecer. Tolerância zero com o crime e a ilegalidade somados aos incentivos econômicos efetivos e crescentes para aqueles (e não são poucos) que querem ou já estão trabalhando dentro da legalidade e da moralidade na região.
Com todo respeito que um Vice-Presidente e um General merecem, não posso perder o trocadilho: basta não ser "Mourão no brejo", seja "Mourão em terra firme" contra a ilegalidade e a imoralidade na Amazônia! Esse pai de família, cristão e patriota brasileiro agradecerá e valorizará sua coragem e competência.
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