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28/4/2019 12:05

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Reprodução TV Folha

Reprodução TV Folha
Como todo mestre da política, Lula nunca expõe claramente o seu jogo. Na entrevista concedida aos jornalistas Mônica Bergamo e Florestan Fernandes, Luiz Inácio passeou por diversos assuntos. Repetiu a fórmula econômica de seus governos e centrou fogo em Moro e Dallagnol. Dar tanto valor ao procurador parece ter sido um escorregão. Na política, você é do tamanho do adversário que escolhe para brigar. Perguntado sobre o quadro político, o ex-presidente repetiu o roteiro do dia de sua prisão. Quem ele cita como quadros importantes? Ciro Gomes, chamando-o de intolerante. Flávio Dino, Governador do PCdoB. Boulos, "aquele menino que não têm votos, mas que vai crescer muito". Foi excesso de humildade, esquecimento ou cálculo não citar ninguém do PT? Vamos voltar ao sindicato dos metalúrgicos no fatídico dia da prisão. Quem foram os dois braços levantados por Lula naquela ocasião? Algum do PT? Acertou quem disse Manuela e Boulos. Em seguida fez um longo discurso sobre seu papel na construção do PT. Coincidência? Antes que os apressados digam que ele citou Haddad na entrevista, é bom prestar atenção nos detalhes. Foi Mônica Bergamo quem o obrigou a citar o ex-prefeito de SP. E continuou, sem citar nomes, falando dos governadores da Bahia, do Ceará e do Piauí. Nominalmente, citou apenas a governadora Fátima Bezerra, um quadro valiosíssimo, mas sem horizonte nacional. Gleisi Hoffmann? Jaques Wagner? Onde fica Rui Costa, governador reeleito do quarto colégio eleitoral do país, líder de uma gestão que vai completar 16 anos de poder com alta aprovação popular? Haddad e os Baianos parecem sonhar com a sucessão interna. Lula parece ter outros planos. O ex-presidente "levanta novamente o braço de aliados", mas reafirma que cabe ao PT, segundo ele dono de 30% do eleitorado, a liderança do campo. Lula sabe que a relação com Ciro acabou em separação litigiosa. Sabe também que o PT jamais apoiará o PCdoB. E Boulos, segundo ele mesmo, não têm votos. É natural o maior partido reivindicar a liderança. Mas o ex-presidente vai além. Afirma que está louco para sair da cadeia e correr o país. Que quer disputar as eleições. Até 2022 teremos uma eternidade. Pelos sinais da entrevista, Lula não parece disposto a abrir caminho para ninguém, nem mesmo do PT. Luiz Inácio é um gigante. Após um ano de cárcere inaceitável, se mantém impávido. Desconhecer ou rejeitar seu papel histórico só possui duas explicações: ódio de classe ou ejaculação precoce de quem acredita que irá se construir sapateando por cima do seu cadáver. Da mesma forma, o campo popular e democrático precisa reconstruir seus caminhos. Condicionar movimentos à benção de qualquer santo de devoção, por mais forte que ele seja, é outro equívoco. Dificilmente o ex-presidente sairá da cadeia no curto prazo. A inabilitação eleitoral perpétua parece uma realidade. Ao aprisionar o PT consigo em Curitiba, Lula se previne do pecado do abandono. Por outro lado, embota a possibilidade de construções políticas mais amplas, caminho para a alteração da correlação de forças no país. No drama do cárcere e lutando desesperadamente por sua biografia, o gigante envia um recado preocupante. Não é um bom sinal. >> Veja mais textos do autor > Defender o STF é a tarefa democrática do momento > Uma longa travessia
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