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Marco da filosofia brasileira completa 160 anos (e ninguém se importa)

Durante encontro da Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia (Anpof), Paulo Margutti defendeu a originalidade da obra de Gonçalves de Magalhães

Henrique Fróes

Henrique Fróes

13/11/2018 | Atualizado 10/10/2021 às 16:18

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Paulo Margutti, José Crisóstomo e Ivan Domingues (ao fundo). Durante encontro da Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia (Anpof), Margutti defendeu a originalidade da obra de Gonçalves de Magalhães[fotografo]Divulgação / Anpof[/fotografo]

Paulo Margutti, José Crisóstomo e Ivan Domingues (ao fundo). Durante encontro da Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia (Anpof), Margutti defendeu a originalidade da obra de Gonçalves de Magalhães[fotografo]Divulgação / Anpof[/fotografo]
Fôssemos mais zelosos de nossa história e tradição, o presente ano poderia ser marcado pela comemoração dos 160 anos de publicação daquele que é um dos primeiros livros de filosofia brasileira propriamente dita: Fatos do Espírito Humano, escrito por Gonçalves de Magalhães. Esgotada no Brasil, a obra encontra-se em catálogo na editora Imprensa Nacional Casa da Moeda, em Portugal, em mais uma prova do nosso desapreço pela memória intelectual. Patrono da cadeira nº 9 da Academia Brasileira de Letras, Gonçalves de Magalhães é apresentado pelo site da instituição como médico, diplomata, poeta e dramaturgo - mas não como filósofo. Ele parece ser mais lembrado hoje como o iniciador do romantismo na literatura nacional - cujo marco inicial é a obra Suspiros poéticos e saudades -, bem como pelo poema épico indianista A Confederação dos Tamoios. Antes de 1858, alguns manuais de filosofia já haviam sido publicados no Brasil por autores locais, mas, segundo Roque Spencer Maciel de Barros, essas eram obras puramente didáticas. Desse modo, segundo o estudioso da obra de Gonçalves de Magalhães, os Fatos do Espírito Humano assumem significação especial, já que "provavelmente pela primeira vez um brasileiro, perfeitamente consciente da importância da filosofia para a própria educação do espírito nacional, se aventura, nem sempre apoiado nas melhores fontes, nem sempre senhor dos temas que manipula, nos domínios da investigação filosófica." Um pensamento original Pouco estudada entre nós, a obra em questão nos revela um autor antenado com as discussões filosóficas da época, principalmente com as vigentes na França - país onde morou por quatro anos e no qual se dedicou aos estudos de ciência e filosofia. Filiado à corrente chamada espiritualista e discípulo do seu representante maior - Victor Cousin - Gonçalves de Magalhães não se limita a repetir as teses centrais deste. Em Fatos do Espírito Humano, o filósofo brasileiro defende a concepção de que a sensação não é uma faculdade do espírito, e sim da força vital - uma entidade imaterial responsável por organizar o corpo biológico, tanto dos seres humanos quanto dos animais. Tal concepção lhe possibilitou reconfigurar o problema da relação corpo-espírito, bem como fortalecer os argumentos contrários às posições sensualistas e materialistas defendidas na época. No recente encontro da Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia (Anpof), realizado mês passado em Vitória (ES), em um debate sobre o pensamento brasileiro, Paulo Margutti defendeu a originalidade da obra de Gonçalves de Magalhães. "Quem lê (esse livro) fica impressionado com a postura independente, com a tentativa de fazer uma elaboração original filosófica e voltada para a realidade brasileira. Ele tem sido vítima, na minha opinião, de uma grande injustiça por parte dos historiadores tradicionais da filosofia brasileira", afirmou o pesquisador, autor do livro História da Filosofia do Brasil (1500-Hoje): 1ª parte: o período colonial (1500-1822). Provocação à filosofia brasileira Que a efeméride da publicação de Fatos do Espírito Humano possa dar impulso à essa tarefa de reavaliação do pensamento de um dos nossos primeiros filósofos. E que o exemplo de um filosofar próprio, autoral, nos ajude a superar a fixação acadêmica pela mera exegese dos autores canônicos, mal que, segundo José Crisóstomo, no já referido debate da Anpof, caracteriza a filosofia brasileira como uma escolástica. "Nós fazemos isso achando que estamos fazendo algo pra frentex, mas estamos é fazendo jabuticaba, não tem nada mais brasileiro do que essa filosofia de comentário", provocou. Do mesmo autor:

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