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27/6/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 16:58
 
 
 Em 1995 tivemos a apresentação do projeto de lei da então Parceria Civil Registrada entre pessoas do mesmo sexo, proposta pela então deputada federal Marta Suplicy (PT/SP), do qual participei assiduamente da elaboração e nos debates a respeito no Congresso Nacional.  Assim como diversas outras proposições legislativas voltadas para garantir a igualdade de direitos e a segurança jurídica da população LGBTI+, o PL 1151/95 encontrou oposição ferrenha e nunca chegou a ser votado em plenário.
Em 2001 a então deputada federal Iara Bernardi (PT/SP) apresentou o projeto de lei 5003/2001 que teve por objetivo a criminalização a violência e discriminação LGBTIfóbicas. Em 2005, o projeto foi aprovado em plenário, sob a presidência de Luís Eduardo Magalhães (PFL/BA). O projeto foi para o Senado, com nome PLC 122/2006. Eu mesmo participei de em torno de dez audiências públicas sobre a proposição e uma infinidade de reuniões também. O PLC 122/2006 nunca chegou a ser votado e "se estacionou" em 2011/2012.
Em 2010, realizamos um seminário em Brasília sobre litigância estratégica, com a participação de vários grupos e a participação especial de Marcela Sánchez, da organização Colombia Diversa, que expôs a experiência naquele país com questões de direitos das pessoas LGBTI+ no judiciário. Em vista da omissão e os entraves no Congresso Nacional, juntos/as decidimos que nossa luta tinha que ir para a litigância, em especial a união estável/casamento entre casais do mesmo sexo e também a criminalização da LGBTIfobia, com o apoio de alguns partidos políticos e muitos/as militantes. Ao lado do já existente Projeto Aliadas, de advocacy no Congresso Nacional, criamos o Projeto Sinergia, de litigância estratégica no Judiciário, às vezes com financiamento, a maioria das vezes sem. Pessoalmente, desde 2005 geralmente pelo menos uma vez por mês fico três dias em Brasília, porque é onde há o poder e os/as tomadores/as de decisão objeto de nossas ações de advocacy. Desde aquela época, tivemos audiências com todos os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, para expor a nossa pauta.
 Em 1995 tivemos a apresentação do projeto de lei da então Parceria Civil Registrada entre pessoas do mesmo sexo, proposta pela então deputada federal Marta Suplicy (PT/SP), do qual participei assiduamente da elaboração e nos debates a respeito no Congresso Nacional.  Assim como diversas outras proposições legislativas voltadas para garantir a igualdade de direitos e a segurança jurídica da população LGBTI+, o PL 1151/95 encontrou oposição ferrenha e nunca chegou a ser votado em plenário.
Em 2001 a então deputada federal Iara Bernardi (PT/SP) apresentou o projeto de lei 5003/2001 que teve por objetivo a criminalização a violência e discriminação LGBTIfóbicas. Em 2005, o projeto foi aprovado em plenário, sob a presidência de Luís Eduardo Magalhães (PFL/BA). O projeto foi para o Senado, com nome PLC 122/2006. Eu mesmo participei de em torno de dez audiências públicas sobre a proposição e uma infinidade de reuniões também. O PLC 122/2006 nunca chegou a ser votado e "se estacionou" em 2011/2012.
Em 2010, realizamos um seminário em Brasília sobre litigância estratégica, com a participação de vários grupos e a participação especial de Marcela Sánchez, da organização Colombia Diversa, que expôs a experiência naquele país com questões de direitos das pessoas LGBTI+ no judiciário. Em vista da omissão e os entraves no Congresso Nacional, juntos/as decidimos que nossa luta tinha que ir para a litigância, em especial a união estável/casamento entre casais do mesmo sexo e também a criminalização da LGBTIfobia, com o apoio de alguns partidos políticos e muitos/as militantes. Ao lado do já existente Projeto Aliadas, de advocacy no Congresso Nacional, criamos o Projeto Sinergia, de litigância estratégica no Judiciário, às vezes com financiamento, a maioria das vezes sem. Pessoalmente, desde 2005 geralmente pelo menos uma vez por mês fico três dias em Brasília, porque é onde há o poder e os/as tomadores/as de decisão objeto de nossas ações de advocacy. Desde aquela época, tivemos audiências com todos os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, para expor a nossa pauta.
 E a litigância estratégica deu certo. Em 2011 o Supremo Tribunal Federal reconheceu unanimemente o direito à união estável igualitária, que por resolução do Conselho Nacional de Justiça se estendeu ao casamento civil em 2013. Em 2015, o STF reconheceu o direito de casais do mesmo sexo adotarem filhos/as. Em 2018 reconheceu o direito das pessoas trans à identidade de gênero. Em 2019, reconheceu a discriminação e violência LGBTIfóbicas como uma forma de racismo punível criminalmente como tal e em 2020 já houve três decisões classificando como inconstitucionais leis municipais que procuravam proibir a "ideologia de gênero" nas escolas em Novo Gama-GO, Foz do Iguaçu-PR e Ipatinga-MG.
Ficamos conhecidos no STF. Tivemos audiências com todos/as os/as ministros/as e como os presidentes e a presidente do STF, com apoio de senadores/as e deputados/as e partidos políticos, muitos/as ativistas e muitos/as advogados/as, com destaque ao Paulo Iotti, Eliseu Neto, Julian Rodrigues, Cláudio Nascimento, Rafael Kirchhoff, Gisele Schmidt e Silva, Maria Eduarda Aguiar da Silva, Andressa Bissolotti, Marcel Jeronymo, Ananda Pucha, entre muitas outras pessoas.
Temos vitórias para comemorar. Temos muito a nos orgulhar. Somos muitos e estamos em todos os lugares. Mas também ainda há muito ainda a ser feito.  Precisamos chegar às famílias, às escolas, aos locais de trabalho, às igrejas, enfim, incidir na sociedade para conquistarmos a cidadania plena das pessoas LGBTI+. Muitos serão os desafios para sairmos do gueto e integrarmos a sociedade, formarmos parcerias de resistência para uma frente ampla para a defesa da democracia.
Leia mais artigos de Toni Reis aqui.
E a litigância estratégica deu certo. Em 2011 o Supremo Tribunal Federal reconheceu unanimemente o direito à união estável igualitária, que por resolução do Conselho Nacional de Justiça se estendeu ao casamento civil em 2013. Em 2015, o STF reconheceu o direito de casais do mesmo sexo adotarem filhos/as. Em 2018 reconheceu o direito das pessoas trans à identidade de gênero. Em 2019, reconheceu a discriminação e violência LGBTIfóbicas como uma forma de racismo punível criminalmente como tal e em 2020 já houve três decisões classificando como inconstitucionais leis municipais que procuravam proibir a "ideologia de gênero" nas escolas em Novo Gama-GO, Foz do Iguaçu-PR e Ipatinga-MG.
Ficamos conhecidos no STF. Tivemos audiências com todos/as os/as ministros/as e como os presidentes e a presidente do STF, com apoio de senadores/as e deputados/as e partidos políticos, muitos/as ativistas e muitos/as advogados/as, com destaque ao Paulo Iotti, Eliseu Neto, Julian Rodrigues, Cláudio Nascimento, Rafael Kirchhoff, Gisele Schmidt e Silva, Maria Eduarda Aguiar da Silva, Andressa Bissolotti, Marcel Jeronymo, Ananda Pucha, entre muitas outras pessoas.
Temos vitórias para comemorar. Temos muito a nos orgulhar. Somos muitos e estamos em todos os lugares. Mas também ainda há muito ainda a ser feito.  Precisamos chegar às famílias, às escolas, aos locais de trabalho, às igrejas, enfim, incidir na sociedade para conquistarmos a cidadania plena das pessoas LGBTI+. Muitos serão os desafios para sairmos do gueto e integrarmos a sociedade, formarmos parcerias de resistência para uma frente ampla para a defesa da democracia.
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