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7/3/2019 | Atualizado às 15:33

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Vamos reconstituir a cena do "crime". No sábado de carnaval seu principal opositor sai da cadeia para o velório do neto, uma morte prematura e traumática que comoveu o país. As cenas de Lula caminhando de cabeça erguida e acenando para apoiadores são de um verdadeiro gigante, que demonstra estar muito vivo no imaginário popular. A reação do "protofascista" Eduardo Bolsonaro - até Mussolini teria vergonha dele - são rejeitadas de forma áspera por vários formadores de opinião liberais. Nos dias seguintes, durante a festa da carne, o presidente é exaustivamente lembrado nos blocos e na avenida. "Ei Bolsonaro, vai tomar no c...", ou "Ai, ai, ai, Bolsonaro é o c..." viram os hits do carnaval. No sambódromo, escolas do grupo especial denunciam os assassinatos da ditadura militar, exaltam Marielle e consagram o bode nordestino Vermelho dando coices nos coxinhas. A celebração "mundana" é a apoteose da diversidade, do respeito às diferenças, da alegria da integração no paz e amor. São estes os valores que sustentaram o resultado das últimas eleições? Vamos relembrar o episódio do #EleNao. O movimento tomou conta do Brasil. A esquerda vibrou e acreditou estar num momento de virada. Quando vieram as pesquisas "ele" cresceu. Como? Disseminaram imagens de mulheres nuas, pessoas peladas e todo tipo de exagero nas redes para destruir o significado do movimento. Sequestraram um significante deturpado numa manobra a favor do bolsonarismo. As cenas escatológicas dos rapazes publicadas no Twitter seguem a mesma lógica semiótica da guerra em curso no Brasil. Se o carnaval me ataca, ele é o inimigo a ser desmoralizado e aniquilado. Loucura?

>> Bolsonaro vira alvo de ataques após postar vídeo e polemizar contra artistas para criticar Carnaval

Quantas pessoas rejeitam o Carnaval? O que os evangélicos pensam a respeito? Como conservadores reagiram vendo as imagens postadas pelo presidente? Bolsonaro correu risco? Não há dúvida. Mas é preciso reconhecer que eles jogam e apostam pra valer. Fraturar a sociedade é um projeto. Estes movimentos, calculados, cumprem este objetivo. Na democracia existe maioria e minoria, que se complementam num contrato social. No fascismo, há apenas ditadores e inimigos que devem ser aniquilados.

>> Bolsonaro é estratégico e quer "agitação permanente" com vídeo de teor obsceno, diz Pablo Ortellado

A disputa é entre civilização e obscurantismo. Não é uma disputa clássica entre liberais e socialistas. O objetivo é reescrever a história destruindo valores consagrados do humanismo. Querem quebrar a espinha dorsal de nossa brasilidade. A "Lava Jato" da educação será parte desta guerra cultural, deste enfrentamento civilizacional que tentará nos transformar no paraíso mundial dos "terraplanistas". Em nome da democracia e da história de nosso país, Liberais, Democratas e Socialistas deveriam sentar e conversar. Não há ilusão quanto à convergência nas pautas econômicas. Mas é pouco provável, dada a agressividade dos ocupantes do Planalto, que ela seja suficiente para manter unida por muito tempo uma base social ampla em torno do presidente. Em tempos sombrios, falar o óbvio é necessário. Se o projeto deles é dividir a sociedade, o nosso projeto deveria ser unir, partindo de pautas mínimas, amplas, capazes de recolocar o país no rumo da democracia. A bandeira democrática erguida em torno da questão nacional é a que mais temem os fascistas. Já passou da hora de ela ganhar a centralidade que o momento exige.

>> Outros artigos de Ricardo Cappelli

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Lula direita esquerda Jair Bolsonaro Twitter liberalismo Eduardo Bolsonaro marielle franco vídeo pornográfico

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