Reportagem da Folha de S.Paulo dessa quinta-feira afirma que as alianças regionais para a chapa PSDB-PFL em torno do candidato tucano ao Planalto, Geraldo Alckmin, só seriam fechadas nos moldes ideais (num palanque único) em apenas nove estados. Segundo o conselho político da campanha de Alckmin, a situação está indefinida em 17 estados e no Distrito Federal.
Segundo a matéria de Silvio Navarro, numa reunião de quarta-feira, os presidentes do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e do PFL, Jorge Bornhausen (SC), esboçaram um mapa das alianças estaduais entre as siglas, mas não conseguiram avançar em nenhuma negociação. O prazo final para a formalização das coligações, com a realização de convenções, é 30 de junho.
O dilema de pefelistas e tucanos é um cenário que hoje aponta para apenas nove Estados onde Alckmin não terá os dois partidos de sua chapa em lados opostos, independentemente de terem ou não candidatos próprios -PA, SP, PE, PB, MG, ES, RR, AC e AP.
É dado como certo hoje que em seis Estados os dois partidos deverão concorrer entre si. São eles: AL, AM, GO, RJ, RO e TO. Essa lista ainda poderá incluir o Maranhão e o Paraná, onde tucanos aguardam uma definição se o PDT terá ou não candidato ao governo estadual. Na Bahia, o governador Paulo Souto (PFL) estará com Alckmin, mas o PSDB local não apoiará o pefelista.
Bornhausen disse ontem que em outros oito Estados -CE, PI, RS, RN, MS, MT, SC e SE- e no Distrito Federal ainda há margem para acordos. No entanto, os diretórios regionais das siglas descartam possibilidade de acerto em pelo menos três deles: MT, RN e SE. "Vamos fazer um esforço para diminuir ao mínimo (os entraves), mas, se não conseguirmos vamos estabelecer critérios para distribuir os palanques", disse Bornhausen. "Onde não se pode somar, vamos construir soluções de campanha."
Questionado sobre o cenário complicado de alianças, Alckmin disse acreditar em soluções de última hora. "Política é sempre assim, as coisas acabam se resolvendo na última hora. Mas acho que vai reduzir."