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Dirceu diz que perdeu parte da vida ao ser cassado

Congresso em Foco

1/12/2005 | Atualizado às 18:11

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Diego Moraes

O ex-deputado José Dirceu (PT-SP), que teve o mandato cassado pela Câmara na noite de ontem, disse que perdeu "uma parte de sua vida" ao ser destituído do cargo. "É como se eu tivesse perdido minha própria vida", chegou a afirmar em entrevista coletiva concedida para comentar a crise e as denúncias que o levaram a perder o mandato de parlamentar. O ex-parlamentar, que foi o principal dirigente do PT nos dez anos que antecederam a chegada de Lula ao poder, reiterou que lutará até o fim para provar sua inocência.

Quanto à decisão da Câmara, o petista afirmou que os deputados cometeram um erro gravíssimo ao julgá-lo sem, segundo ele, ter provas que atentassem contra sua inocência. Mas não quis se aprofundar na polêmica. "A decisão é legítima, portanto, a respeito. A cassação é tão legítima quanto a absolvição seria", disse.

Dirceu disse que perdeu tudo o que tinha. A perda de mandato vai custar anos de sua vida, segundo o ex-deputado. Ele afirmou que, agora, terá de procurar meios para se sustentar. José Dirceu acrescentou que, para sobreviver durante os anos em que ficará de fora da política, vai publicar um livro em parceria com o jornalista Fernando Morais sobre os bastidores do governo Lula, do qual participou por mais de dois anos como um ministro-chefe da Casa Civil que chegou a ser visto como uma espécie de primeiro-ministro em razão da soma de poderes que concentrou.

"Agora eu tenho que trabalhar, é preciso me sustentar. Vou atuar na luta política do país dentro da minha possibilidade, como advogado, como cidadão. Não sou mais um homem público, sou um cidadão brasileiro, coisa que eu sempre fui, mesmo proibido pela ditadura. Vou continuar fazendo o que sempre fiz, com muita paixão, muita fé. Não tenho mais nada. Não tenho poder nenhum, nem bens materiais. Só tenho convicções, meus sonhos, aquilo que eu acredito", afirmou.

O ex-deputado disse que sempre recebeu o carinho e o apoio de várias pessoas que o visitaram ao longo dos últimos dias. As bengaladas que levou de um senhor há dois dias quando saía do plenário, segundo Dirceu, foram um acontecimento isolado. "Lamento pelas pessoas que estão comemorando a agressão que sofri. Não cometamos o erro de incentivar a violência na política brasileira. Vou continuar essa luta minha porque tenho ao meu lado a verdade a justiça", declarou.

O petista disse que não pretende voltar à vida pública depois que recuperar seus direitos políticos, em 2015. Afirmou que não gosta de olhar para o passado e que reconstruirá sua vida "com humildade". Dirceu declarou ainda ter consciência de que parte da opinião pública o condena.

Durante a coletiva, o ex-deputado chegou a se arrepender de uma declaração e voltou atrás. "Infelizmente, eu não sou mais deputado, nem ministro, nem presidente do PT. Porque se eu fosse, seguramente a situação seria outra. Com o perdão da falsa modéstia", disse. Depois, questionado por um repórter sobre o que gostaria de ter dito, o petista consertou: "Não vou responder porque, na verdade, eu não devia ter afirmado isso. Peço desculpas, foi um excesso da minha parte, dado o cansaço e a emoção", enfatizou.

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