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ECONOMIA

Medida do IOF foi discutida na mesa de Lula, diz Haddad

Em entrevista a O Globo, ministro da Fazenda defende ação técnica e afirma que recuo sobre imposto foi necessário para evitar distorções no mercado.

Congresso em Foco

25/5/2025 12:13

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Haddad:

Haddad: "Rever aquilo que pode gerar problemas para a economia brasileira são posturas que se espera de uma equipe séria".Pedro Ladeira/Folhapress

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista ao jornal O Globo, publicada neste domingo (25), que o decreto que alterava alíquotas do IOF sobre operações no exterior foi debatido diretamente com o presidente Lula durante reunião com ministros escolhidos por ele.

A medida provocou forte reação do mercado financeiro e críticas internas no governo, o que levou a equipe econômica a rever parte do decreto no mesmo dia da publicação.

"Isso foi debatido na mesa do presidente. E o presidente convoca os ministros que ele considera pertinentes para o caso. Essa é a atribuição do presidente da República", disse Haddad.

A fala do ministro visa rebater críticas internas no governo de que teria faltado coordenação e estratégia de comunicação para explicar a medida à sociedade. Segundo ele, a decisão de rever o decreto foi técnica e imediata:

"A minha decisão (de recuar) foi absolutamente técnica. Foi tomada horas depois do anúncio, assim que me chegaram as informações sobre o problema."

Mercado e percepção de controle

A principal crítica ao decreto foi a interpretação de que o governo estaria restringindo investimentos no exterior, o que gerou especulações sobre controle de capital. Haddad negou qualquer intenção nesse sentido:

"Acredito que essa sensação se dissipou com a revisão que foi feita. (...) A medida tópica que gerou a especulação foi revisada correta e tempestivamente."

O ministro explicou que medidas regulatórias como o IOF são constantemente calibradas pela equipe econômica: "A todo instante, estamos calibrando CRI, CRA, LCI, LCA e o IOF".

Comunicação e liderança

Ao ser questionado por que a Secretaria de Comunicação Social (Secom) não participou do anúncio, Haddad respondeu que não é comum a Secom atuar nos relatórios bimestrais de avaliação fiscal: "A comunicação nunca participou dos relatórios bimestrais. Ela é que julga a pertinência de se envolver num tema ou outro".

Haddad negou que o recuo represente fraqueza da equipe econômica. Para ele, reconhecer um erro pontual e corrigi-lo é sinal de responsabilidade. "Mostrar determinação para fazer o que é certo e rever aquilo que pode gerar problemas para a economia brasileira são posturas que se espera de uma equipe séria", declarou.

Popularidade de Lula e desafios políticos

O ministro comentou ainda por que a melhora nos indicadores econômicos ainda não se traduz em alta popularidade para o presidente Lula: "A economia é importante, sempre foi, mas não é o único fator que vai definir o resultado de uma eleição. A extrema direita mobiliza uma agenda cultural mais ampla, que transcende a questão econômica".

Congresso, BC e futuro político

Entre os demais pontos abordados na entrevista, Haddad:

  • Reforçou que o Congresso tem hoje o poder de definir rumos fiscais:

"Hoje nós vivemos um quase parlamentarismo. Quem dá a última palavra sobre tudo isso é o Congresso. Não era assim. Um veto presidencial era uma coisa sagrada. Derrubar um veto do presidente da República era uma coisa que remotamente era pensada. Hoje é uma coisa: 'Vamos derrubar? E derruba."

  • Elogiou a atuação do presidente do BC, Gabriel Galípolo, e negou qualquer atrito:

"Ele não foi convidado para dar um cavalo de pau, porque nós sabemos a delicadeza que é lidar com a confiança das pessoas, dos investidores. Galípolo saberá fazer a transição corretamente para que haja harmonia entre fiscal e monetário."

  • Descartou ser candidato em 2026:

"O presidente nunca me perguntou sobre isso. Mas manifestei para a direção do PT, com bastante antecedência, que não tinha a intenção de ser candidato em 2026."

  • Defendeu a manutenção da chapa Lula-Alckmin: 

"Seria natural [a manutenção da chapa para 2026]. O Alckmin tem sido um grande parceiro do presidente Lula. Uma pessoa honrada, uma pessoa séria, uma pessoa comprometida, uma pessoa leal. O tempo deu razão à decisão do presidente de convidá-lo para a chapa. Foi uma decisão acertada. Significou muito em 2022 e tem significado muito."

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