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Congresso em Foco
17/7/2025 | Atualizado às 21:11
Em pronunciamento em rede nacional, na noite desta quinta-feira (17) o presidente Lula condenou a tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. O chefe de governo afirmou que o Brasil foi surpreendido com "uma chantagem inaceitável em forma de ameaça às instituições brasileiras e com informações falsas sobre o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos".
O presidente reforçou a defesa da independência do Judiciário diante da pressão de Trump. "Tentar interferir na justiça brasileira é um grave atentado à soberania nacional. Só uma pátria soberana é capaz de gerar empregos, combater as desigualdades, garantir saúde e educação", disse.
Confira o discurso:
Alfinetada
Sem citar nomes, Lula também criticou políticos brasileiros que, segundo ele, apoiaram a retaliação imposta por Washington. "São verdadeiros traidores da pátria. Apostam no quanto pior, melhor. Não se importam com a economia do país e os danos causados ao nosso povo", declarou. Seu objetivo era atingir principalmente o grupo próximo ao deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que celebrou a tarifa de Trump em suas redes sociais.
Sobre o funcionamento de plataformas digitais estrangeiras, o presidente manteve a postura favorável à aplicação da lei local. "É preciso proteger as famílias brasileiras de indivíduos e organizações que se utilizam das redes digitais para promover golpes e fraudes, cometer crime de racismo, incentivar a violência contra as mulheres e atacar a democracia", afirmou.
Lei de Reciprocidade
No discurso, Lula confirmou que o Brasil está pronto para reagir no campo jurídico e comercial. "Se necessário, usaremos todos os instrumentos legais para defender a nossa economia, desde recursos à Organização Mundial do Comércio até a Lei da Reciprocidade aprovada pelo Congresso Nacional".
O decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade foi publicado nesta semana e permite a suspensão de concessões comerciais e de patentes em resposta a ações de outros países. A norma prevê reações imediatas por meio de um comitê interministerial e respostas estruturadas após consulta pública.
No encerramento da fala, Lula fez um apelo à cooperação internacional. "Não há vencedores em guerras tarifárias. Somos um país de paz, sem inimigos. Acreditamos no multilateralismo e na cooperação entre as nações. Mas que ninguém se esqueça: o Brasil tem um único dono, o povo brasileiro".
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