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Julgamento
Congresso em Foco
11/9/2025 11:23
O senador Esperidião Amin (PP-SC) rebateu, em discurso no Plenário do Senado, a menção feita a seu nome durante o voto do ministro Alexandre de Moraes no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado. Segundo Moraes, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, teria se baseado em parecer solicitado por Amin para levantar dúvidas sobre a credibilidade das urnas eletrônicas.
O senador classificou a afirmação como "falsa" e disse que a referência feita pelo relator do processo "faltou com a verdade". O parlamentar exibiu o documento citado, intitulado Relatório de Análise nos Códigos-Fonte dos Sistemas Eleitorais, e assegurou que o pedido do estudo foi feito em 2018 pelo então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Fux.
"Esse relatório existe, mas não foi solicitado por mim. O pedido partiu do ministro Luiz Fux em 6 de março de 2018. Esse documento só chegou às minhas mãos em 2021, durante uma sessão de debates sobre a totalização das eleições de 2020", afirmou Amin.
Reação ao voto de Moraes
O senador também disse estar perplexo com a forma como Moraes o citou no julgamento. "A facilidade com que esse juiz afirma coisas que contrariam o conhecimento dele impressiona. Ele sabia, porque estive perante ele em 30 de maio e não gostou do conteúdo que levei. Não é verdade que encomendei qualquer parecer", declarou.
Moraes, em seu voto, sustentou que Torres não se apoiou em laudos periciais, mas em pareceres políticos, incluindo aquele que teria sido solicitado por Amin. Para o ministro, esses relatórios serviram para "dar unidade de desígnios" na tentativa de descredibilizar as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral.
O episódio ocorreu no segundo dia de votação da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que analisa se Bolsonaro e seus aliados integraram um núcleo central na trama para reverter o resultado das eleições de 2022. Moraes abriu a leitura do voto ressaltando que "não há dúvidas de que houve tentativa de golpe" e que o julgamento deve avaliar a participação individual de cada réu.
Além de Bolsonaro e Anderson Torres, também são julgados os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira; o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier; o ex-diretor da Abin e atual deputado Alexandre Ramagem; e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.
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