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Congresso em Foco
3/9/2009 6:49
O Estado de S. Paulo
Orçamento de 2010 autoriza governo a contratar 77 mil novos servidores
Mesmo com o Orçamento apertado, o governo não abriu mão de programar uma contratação recorde de novos funcionários para o ano que vem e o início do governo sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A proposta do Orçamento-Geral da União para o ano eleitoral prevê a criação de 77.782 novas vagas nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público da União - mais do que o dobro dos 33.667 cargos novos previstos para este ano. Na programação de 2008, a previsão era de criar 32.969 vagas. Do total autorizado, pelo menos 56.861 contratações serão feitas no ano que vem, a custo estimado de R$ 2,173 bilhões. Desse total, 47.335 vagas são para cargos no Executivo. A maioria - cerca de 40.188 vagas - vai ser preenchida por meio de concurso público. De acordo com a proposta do Orçamento, 15.040 dos selecionados serão contratados para substituir terceirizados. Para rebater as acusações de inchaço da máquina pública, o Ministério do Planejamento informou que 21 mil das 77.782 vagas vão ser aprovadas na lei orçamentária de 2010, mas ficarão à disposição do próximo governo.
Gasto com servidores ativos sobe 37% em 6 anos
Acusado pela oposição de promover o inchaço da máquina pública, o governo Luiz Inácio Lula da Silva elevou em 37% os gastos com os servidores ativos entre 2003 e 2008. O número de funcionários cresceu 10% no período - não entram na conta os servidores militares. Nos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso, as despesas com o pessoal da ativa subiram pouco menos de 5%, em termos reais (valores corrigidos pela inflação). O ajuste fiscal da época era caracterizado pelo congelamento salarial para a maioria dos servidores e pela limitação dos concursos públicos. A baixa renovação dos quadros e a corrida por aposentadorias provocada pela reforma da Previdência fez com que a quantidade de servidores ativos caísse quase 16% entre 1995 e 2002.
Adiada votação de reajuste para STF
O reajuste salarial dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) provocou tensão entre o Judiciário e a Câmara. Os líderes partidários reagiram ao índice proposto pelo Supremo, de 14,09%, e, ontem, disseram que só aceitariam aprovar um índice de 5%, quase três vezes menor. A votação acabou adiada a pedido dos interlocutores do Judiciário que querem ao menos uma saída intermediária. Junto com o projeto do Supremo está o do procurador-geral da República, que prevê os mesmos índices de reajuste. Com os 14,09%, os salários dos ministros do Supremo e do procurador-geral da República sobem dos atuais R$ 24.500 para R$ 27.952. Se for aplicado o índice de 5%, os vencimentos vão para R$ 25.725. Como o reajuste é aplicado em cadeia para os integrantes da magistratura e do Ministério Público, os gastos públicos aumentariam cerca de R$ 516,35 milhões por ano, com o reajuste maior. No Judiciário, os aumentos vão significar mais R$ 372,35 milhões anuais e, no Ministério Público, R$ 144 milhões por ano. Além disso, o salário do ministro do Supremo é considerado o teto salarial para todo o funcionalismo público dos três Poderes e provoca uma pressão por aumentos quando é reajustado.Governo terá fundo financeiro para pré-sal
O governo pretende criar um novo fundo financeiro que investirá na exploração dos campos do pré-sal. Ele terá tratamento privilegiado, pois será o único sócio não petroleiro admitido pela União naqueles empreendimentos. Com o fundo, o Estado pode aumentar ainda mais sua presença na exploração das jazidas. Bancos e fundos de investimento privados estão proibidos de integrar os consórcios do pré-sal. Podem fazê-lo apenas na condição de financiadores das empresas do setor de petróleo que se propuserem a ser sócias da União. As regras constam do projeto de lei que cria o sistema de partilha de produção em petróleo, apresentado esta semana pelo governo.
Senado mantém uso restrito de web na eleição
A toque de caixa, duas comissões do Senado aprovaram ontem a proposta de reforma eleitoral que restringe o uso da internet durante a campanha eleitoral de 2010. Ante a reação negativa, senadores integrantes das Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Ciência e Tecnologia (CCT) decidiram na tarde de ontem apresentar emenda para acabar com a polêmica sobre uma eventual censura no uso da internet durante a campanha eleitoral de 2010. A ideia é, na votação em plenário, retirar da proposta a proibição de veiculação de propaganda política ou de difundir opinião favorável ou contrária a candidato. A votação em plenário deve ocorrer na próxima terça-feira. "Com a revogação desse item, que está previsto na Lei Eleitoral de 1997, vamos assegurar a mais ampla liberdade de expressão na internet", afirmou ontem o líder do PT, senador Aloizio Mercadante (SP). Ao mesmo tempo, explicou o petista, serão definidas regras mais rígidas para o direito de resposta, que terá de ocorrer em até 48 horas e ficar à disposição no site por tempo não inferior ao dobro do prazo em que a opinião ofensiva ficou no ar.
Temporão faz campanha para recriar a CPMF
Com o País na liderança mundial de mortes por gripe suína, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, pretende sair da berlinda capitaneando a campanha pela recriação da CPMF, batizada de Contribuição Social da Saúde (CSS). Depois de costurar um acordo com a bancada de seu partido, o PMDB, ele organizou ontem na sede do ministério um ato pró-aprovação da medida com secretários de Saúde estaduais e municipais. Temporão é apontado como um dos candidatos do partido, em 2010, a uma vaga na Câmara. Para políticos e pessoas que estão próximas do ministro, o atual esforço é uma mostra das pretensões políticas. O presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, Antonio Carlos Nardi, referiu-se ao ministro como "homem destemido", "defensor ferrenho da saúde", "sem medo de represálias".
Ministros divergem sobre índice de produtividade
Os ministros Reinhold Stephanes, da Agricultura, e Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário, devem se encontrar nos próximos dias para discutir a questão da atualização dos índices de produtividade rural. Os dois têm posições divergentes sobre o tema. Cassel defende a atualização imediata. Stephanes, por sua vez, não tem pressa. Ele quer discutir melhor os critérios que definem o índice. Além da reunião com Cassel, ele está preparando um arrazoado sobre o tema para levar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tentando mostrar que o critério atual não dá conta da complexidade da produção rural empresarial. Cassel está alinhado com o ministro petista Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência. Encarregado de articular as relações entre movimentos sociais e governo, Dulci sabe que a atualização é um das principais bandeiras de organizações ligadas à reforma agrária.
Folha de S. Paulo
Senado quer impedir posse de 2º colocado após cassação
Embora ainda sujeito a alterações, o projeto de lei eleitoral incorporou ontem duas novidades. Primeiro, acaba com a possibilidade do segundo colocado em uma eleição assumir em caso de cassação do vitorioso. Segundo, restringe o acesso de candidatos nanicos aos debates na TV e no rádio. O texto foi aprovado ontem por duas comissões do Senado, a de Ciência e Tecnologia e a de Constituição e Justiça. A votação em plenário será na semana que vem. De lá, deve ainda passar por uma última votação na Câmara, antes de ser encaminhado para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Todo o procedimento precisa estar concluído até 2 de outubro para que já esteja em vigor na eleição do ano que vem. Numa longa sessão conjunta das duas comissões, com cinco horas de duração, os senadores chegaram a um acordo sobre como proceder em caso de cassação pela Justiça de ocupantes de cargos executivos.
Projeto fere a Constituição, diz associação
A Associação Brasileira dos Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais (Abramppe) e a Ordem dos Advogados do Brasil entendem que as regras das eleições estão ameaçadas por inconstitucionalidades no texto da reforma eleitoral (PLC 141/2009) aprovado pela Câmara dos Deputados. Nota pública assinada pelo juiz Márlon Jacinto Reis, presidente da Abramppe, e Marcus Vinícius Furtado Coelho, coordenador de direito eleitoral da OAB, condena os limites ao uso da internet. O projeto impede a emissão de juízos favoráveis ou desfavoráveis a candidatos, partidos e coligações.
Senado agora pode liberar internet em 2010
Os senadores recuaram parcialmente da decisão de impor restrições à internet durante períodos eleitorais. A ideia era equiparar a web ao rádio e à TV, cujos conteúdos são rigidamente monitorados e não têm liberdade para veicular análises, comentários e peças humorísticas sobre os candidatos. As restrições estão contidas no projeto de lei eleitoral já aprovado na Câmara. Os relatores do texto eram favoráveis à imposição do uso da internet na eleição do ano que vem. Marco Maciel (DEM-PE) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG) acabaram bombardeados por vários colegas. No final do dia, a votação do projeto foi adiada para a semana que vem.
Projeto é alvo de críticas de especialistas
A imposição de restrições à internet durante o período eleitoral, que consta do projeto de reforma eleitoral aprovado pela Câmara dos Deputados, foi bastante criticada por especialistas no assunto.
A diretora de conteúdo do UOL, Márion Strecker, considera que a lei, tal como está, é nociva para o jornalismo na internet e uma agressão à liberdade de expressão do público e dos veículos de comunicação: "Acho uma ignorância sem par. Uma mordaça que se coloca sobre a atividade jornalística. Eu só posso atribuir [o texto] a uma profunda ignorância sobre o que é a internet".
Câmara muda projeto que adia precatório
Atendendo parcialmente a pressões de entidades do meio jurídico, a Câmara dos Deputados começou ontem a alterar a proposta de emenda à Constituição que permite a Estados e municípios retardar o pagamento e obter descontos de dívidas impostas pela Justiça. Apresentado há três anos e aprovado em abril pelo Senado, o texto tem o apoio de governadores e prefeitos dos principais partidos, mas é contestado, por exemplo, pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), para a qual se trata de um calote.
Instalada comissão para avaliar lei de acesso a dados
Foi instalada ontem a comissão especial que vai analisar na Câmara o projeto de Lei de Acesso a Informações Públicas. A primeira providência dos deputados será convocar audiências para ouvir especialistas do Brasil e do exterior. "Pretendo convidar representantes de pelo menos Chile, México, Estados Unidos, África do Sul e Reino Unido para que nos relatem como foram as experiências nesses países", disse Reginaldo Lopes (PT-MG), autor de um dos projetos em discussão na comissão.
Serra diz que é "amigo dos pobres" e faz críticas a Lula
Potencial candidato à Presidência, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), declarou-se ontem "amigo dos pobres" ao anunciar medida que classificou como de "mãe para filho": a redução de 1% para 0,7% da taxa mensal de juro aplicada em empréstimo para a população de baixa renda.
Em evento em tom de campanha, Serra anunciou a redução da taxa praticada pelo Banco do Povo Paulista para 7,68% anuais e reiterou suas críticas ao governo Lula. "Num país civilizado, que tem uma política econômica sensata, esse é até um juro alto. Mas, no Brasil, é um juro de mãe para filho", afirmou. A medida foi anunciada no mesmo dia em que, interrompendo trajetória de queda, o Banco Central manteve em 8,75% a taxa Selic.
Pós-Marina, Dilma muda tom e defende o ambiente
No momento em que a pré-candidatura da senadora Marina Silva (PV-AC) à Presidência ainda é digerida no governo e no PT, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) aproveitou ontem evento sobre saneamento para falar da questão ambiental do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A ministra, provável nome petista para a sucessão de Lula e que tem sua imagem atrelada ao PAC, citou o que chamou de "respeito" do governo federal à água e ao ambiente -tema-chave de Marina.
"É impossível termos vida se não tivermos respeito à água. Respeitar a água é respeitar os mananciais, respeitar os mananciais é respeitar o meio ambiente. Esse programa de saneamento é em primeiro lugar o respeito às águas desse país", disse a ministra da Casa Civil.
Após ser intimado pela PF, Protógenes anuncia que vai concorrer pelo PC do B
O delegado Protógenes Queiroz anunciou ontem sua filiação ao PC do B e a intenção de concorrer a um cargo público em 2010, integrando a base de apoio ao presidente Lula e na esteira da pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto. Antes do ato, em São Paulo, ele recebeu duas intimações da Polícia Federal e acusou a instituição, da qual ainda faz parte, de ter a intenção de constrangê-lo.
Protógenes comandou as investigações da Operação Satiagraha no ano passado, que teve como principal alvo o banqueiro Daniel Dantas. O delegado está sendo investigado em processos administrativos por vazamento de informações sigilosas.
Palocci tenta controlar direção do PT-SP
Absolvido pelo Supremo no episódio da quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa, o deputado federal Antonio Palocci trabalha agora para eleger dois aliados nos comandos dos principais diretórios do PT em São Paulo, onde é cotado para disputar o governo do Estado.
No âmbito estadual, Palocci articula a reeleição de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara, cidade da região de Ribeirão Preto, terra natal e base do ex-ministro da Fazenda. O vereador Antonio Donato, hoje um dos petistas mais próximos de Palocci em São Paulo, costura apoios para comandar o partido na capital do Estado.
Senado autoriza empréstimo de R$ 11,7 bi para 4 submarinos
O governo pediu e o Senado autorizou ontem a contratação de empréstimo de 4,32 bilhões de euros (R$ 11,65 bilhões) que será destinado, entre outras coisas, à construção de quatro submarinos no Brasil. O governo irá assinar contrato com a França no dia 7 de Setembro para a compra de quatro submarinos convencionais (diesel-elétricos) Scorpene, a construção de uma base e um estaleiro em Itaguaí (RJ) e a transferência de tecnologia de casco e cibernética para a execução de um submarino de propulsão nuclear brasileiro. O plenário do Senado também aprovou outro empréstimo, no valor de 1,76 bilhão de euros (R$ 4,75 bilhões) para a compra de 50 helicópteros de médio porte para uso das Forças Armadas.
Sem livro, Collor é eleito imortal em Alagoas
O ex-presidente e hoje senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), 60, foi eleito ontem o mais novo imortal da AAL (Academia Alagoana de Letras). Sem ter livros comercializados em livrarias, ele vai frequentar o local que já recebeu nomes como Aurélio Buarque de Holanda (1910-1989) e Jorge de Lima (1893-1953). Pelo edital da AAL, a apresentação de ao menos um livro era um requisito para a candidatura. Collor apresentou sete coletâneas de artigos, discursos e planos de governo publicados por gráficas oficiais, que foram aprovadas pela comissão julgadora da academia alagoana.
Ruralista só defende ambiente na "terra dos outros", diz Minc
Três meses após ter chamado produtores rurais de "vigaristas", declaração que o levou a pedir desculpas publicamente, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) disse que associações e parlamentares ruralistas "são a favor do desmatamento zero na terra dos outros, desde que não seja nos seus próprios crimes ambientais". A declaração foi dada em meio à fala de improviso na comemoração dos dois anos do Instituto Chico Mendes para uma plateia com cerca de 200 servidores do órgão.
Cadastro de terras indica concentração na Amazônia
Dados compilados pelo Terra Legal, programa federal de regularização fundiária na Amazônia, apontaram concentração desigual de terras na região. Lançado há mais de dois meses, o Terra Legal está cadastrando quem ocupa terras públicas e afirma ter direito de receber o título da propriedade. A ideia é aumentar o controle estatal sobre essas áreas.
Mais da metade das áreas cadastradas (1 milhão de hectares) está nas mãos de 11% dos mais de 6.000 posseiros que procuraram o governo. Considerando-se os 11%, cada posseiro tem, em média, 772 hectares.
Correio Braziliense
Babel dos governadores
Governadores de estados produtores e não produtores de petróleo tornaram explícitas as divergências sobre a distribuição dos royalties do pré-sal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a pedido dos governadores do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo - estados que concentram a maior produção do óleo - não incluiu nas propostas enviadas ao Congresso a questão da divisão dos royalties. A disputa, entretanto, está deflagrada. Ontem, em evento para anúncio de mais recursos para o PAC Saneamento, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), levantou o tom do debate. Ele afirmou que será uma "estupidez absoluta" manter os royalties apenas entre os estados produtores. "Que país nós queremos construir? Um país que só resta aos jovens do Nordeste, aos 18 anos, largar a família, pegar um ônibus e ir morar na periferia de São Paulo e do Rio ou um país onde as pessoas possam crescer, realizar sonhos, criar sua família onde nasceu?" O discurso se opõe ao dos governadores Sérgio Cabral (RJ), José Serra (SP) e Paulo Hartung (ES) - sinal de que uma Torre de Babel (1)se impõe entre os políticos.
Mudar para ficar na mesma
Está tudo combinado. Os líderes aliados na Câmara vão pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para retirar o regime de urgência de tramitação dos quatro projetos que compõem o marco regulatório da exploração de petróleo na camada pré-sal, mas vão usar o fato de contarem com uma maioria na Casa para tentar fazer valer esse prazo na prática. Da mesma forma, o PMDB faz valer seu posto de maior partido da base para garantir desde já a relatoria do projeto que institui o sistema de partilha. "Vou dizer que cometemos um erro de avaliação e que, para distensionar, é melhor tirar esse pedido para aprovar em 90 dias. Quanto à relatoria, o PMDB ficará só com uma e é o primeiro a escolher. Escolhemos o sistema de partilha", anunciou o líder do partido, Henrique Eduardo Alves (RN).
Ações da Petrobras preocupam investidor
Enquanto os governadores demonstram preocupação com os royalties do pré-sal, o foco do cidadão comum, sobretudo aqueles que têm ações da Petrobras, é a capitalização da companhia. Isso porque novas ações serão lançadas no mercado para pagar à União o "cheque em branco" de até 5 bilhões de barris e garantir investimentos. E terão preferência de compra quem já tem papéis da empresa. Mas será que os acionistas minoritários estão dispostos a investir mais dinheiro nas ações da Petrobras? O Correio ouviu investidores - para checar as inquietações nesse momento de mudanças do marco regulatório do petróleo - e especialistas para orientar acionistas.
Sem dinheiro para reajuste dos aposentados
Um pente-fino preliminar feito pelo relator do Orçamento 2010 indica que há um buraco de R$ 7,4 bilhões no projeto enviado pelo Executivo ao Congresso Nacional. O deputado Geraldo Magela (PT-DF) disse que não tem como fazer "milagre" e avisou que vai propor cortes em emendas parlamentares individuais e coletivas. A Comissão Mista de Orçamento reuniu-se ontem para discutir o plano de trabalho que será adotado até 6 outubro, data-limite estipulada para a realização de audiências públicas. Do rombo identificado por Magela, R$ 3,5 bilhões referem-se ao acordo fechado entre as centrais sindicais e o governo federal sobre o reajuste dos aposentados e pensionistas que ganham acima de um salário mínimo. Não há previsão de recursos para essa despesa. No próximo ano e em 2011, o aumento dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será calculado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 50% do que for apurado pelo Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. Essa fórmula garante reajuste real de 6%. Outros R$ 3,9 bilhões em gastos sem receita definida dizem respeito a compensações da Lei Kandir aos estados exportadores.
Cisão no freio à web
A polêmica em torno do uso da internet na campanha eleitoral conseguiu vencer o clima de crise no Senado e mobilizou parlamentares dos dois espectros ideológicos. Alguns estão empenhados em alterar parte do texto aprovado ontem em duas comissões. Enquanto isso, os deputados, que receberão o texto depois que ele passar pelo plenário, prometem centrar fogo em temas polêmicos, num esforço para prevalecer o projeto de lei original que saiu da Câmara. A proposta acolhida pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e Ciência e Tecnologia (CCT) restringe as possibilidades de campanha na internet. Pelo texto, só os candidatos à Presidência da República podem comprar espaço publicitário em sites noticiosos. Os senadores engessaram a cobertura jornalística. Eles mantiveram a ideia da Câmara de impor regras da televisão e do rádio, que são concessões públicas, ao conteúdo online. O texto proíbe "tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação". Isso significaria espaço equânime para a cobertura de todos os concorrentes à eleição.
Sem clima para uma nova CPMF
Os líderes de partidos da base aliada afinaram o discurso para a reunião de hoje, em que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, vão cobrar apoio para a votação da nova CPMF. Sem rodeios, eles vão dizer que aprovar a Contribuição Social para a Saúde (CSS) seria a pior maneira de encerrar o ano. As legendas governistas não estão dispostas a arcar com o ônus, apesar da pressão feita pelo PMDB - de Temporão - nos últimos dias. Os parlamentares vão levar dois argumentos para tentar convencer o governo a desistir do projeto em 2009: a aprovação da CSS pelos deputados, com o apoio de Lula, daria combustível para a oposição em pleno ano eleitoral e, além disso, poderia ser um desperdício de tempo, já que o esforço para votá-la na Câmara tenderia a terminar frustrado no Senado, que em dezembro de 2007 afundou a tentativa de prorrogar a CPMF.
O Globo
Lula veta compra de ações da Petrobras com o FGTS
O presidente Lula disse que não vai autorizar o uso do FGTS para compra de novas ações da Petrobras no projeto pe capitalização da empresa. A afirmação foi feita ontem a um repórter da Empresa Brasil de Comunicação (EBC, TV pública brasileira), após entrevista à TV5, rede pública francesa. A declaração de Lula contraria informações prestadas durante o dia por representantes do Congresso e do próprio governo. Horas antes, Wellington Moreira Franco, vice-presidente da Caixa Econômica, admitira a possibilidade, dizendo que o limite seria de 30% do valor no FGTS. Hoje, são mais de 95 mil cotistas que têm R$ 7,259 bilhões aplicados e com rendimentos desde 2000.
PMDB vira e agora condena urgência
O PMDB se uniu à oposição e impôs a primeira derrota ao governo no pré-sal. Após obstruções no Congresso, Lula convocou líderes políticos e deve retirar o regime de urgência.
Rio na frente por 2016
O Comitê Olímpico Internacional divulgou o último relatório sobre as cidades candidatas a sediar as Olimpíadas de 2016, com elogios ao projeto do Rio, que recebeu o maior conceito e foi considerado o único de qualidade multo alta, à frente de Madri, Chicago e Tóquio. Os técnicos elogiaram o vigor econômico do país, a torcida da população e a parceria entre as três esferas de governo, mas fizeram ressalvas à área de transporte e ao setor hoteleiro, que teria poucas vagas.
BC interrompe a redução dos juros
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) interrompeu a trajetória de queda da taxa de juros após cinco reuniões seguidas e manteve a taxa básica em 8,75% ao ano. A decisão entre os diretores foi unânime. Alguns especialistas do mercado acreditavam que haveria espaço para novos cortes. Em nota, o BC se disse satisfeito com o nível de recuperação da atividade econômica e, por isso, resolveu interromper o recuo na taxa.
Reforma restringe internet na campanha
O projeto de reforma eleitoral aprovado em duas comissões no Senado restringe a cobertura jornalística de campanhas na internet. Sites teriam de seguir as regras das emissoras de rádio e TV, mas alguns senadores protestaram. Acórdão do Supremo sobre o fim da lei de imprensa publicado ontem deixa claro o caráter livre da internet. Com a polêmica, a votação final foi adiada.
Governo faz pressão pela volta da CPMF
Na reunião do conselho político, hoje, Lula pedirá aos líderes da base para aprovar a criação da Contribuição Social para a Saúde, em substituição à CPMF. Governistas terão de derrubar destaque do DEM contra a volta do imposto.
Gripe suína já matou 657 no Brasil
O país continua sendo o que tem maior número de óbitos no mundo, à frente dos Estados Unidos, com 556, e Argentina, com 465. A taxa de mortalidade ficou mais alta, mas, segundo o Ministério da Saúde, a quantidade de casos graves da doença caiu.
Jornal do Brasil
Máfias tomam o Pão de Açúcar
Uma semana depois de a Secretaria Especial de Ordem Pública realizar uma grande operação no Pão de Açúcar e levar quase 20 guardadores de carro irregulares para a 10ª Delegacia Policial, boa parte dos flanelinhas já voltou a lotear meios-fios para estacionamentos improvisados. Segundo moradores da Urca, as calçadas, tomadas por veículos de fora, já não permitem o trânsito de carrinhos de bebê e cadeirantes. O JB flagrou um turista de São Paulo sendo obrigado a pagar R$ 20 para estacionar seu carro. Taxistas do local formam uma máfia à parte, que espanta outros taxistas e recebe turistas aos gritos, oferecendo corridas a preços fixos e superiores aos do taxímetro.
Um polo industrial para o pré-sal
Estudo do BNDES sugere a criação de um polo industrial para o pré-sal. A pesquisa mostra que o país esbarra na escassez de serviços, tecnologias e cadeia de fornecedores para explorar as reservas. Para o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o ritmo de licitação de novas áreas deve seguir o crescimento da capacidade de indústria de equipamentos, já que a necessidade mínima de conteúdo nacional foi mantida na proposta. Segundo a consultoria Economática, a estatal registrou o maior lucro entre as companhias de capital aberto na América Latina e EUA no segundo trimestre deste ano.
Relatório do COI mantém Rio no páreo
Os relatórios do COI sobre as candidatas a sede da Olimpíada 2016 mostram equilíbrio entre as concorrentes. Apesar de o Rio ter sido criticado quanto a transportes, hotelaria e infraestrutura, especialistas colocam a cidade entre as duas favoritas.
Temas
REAÇÃO AO TARIFAÇO
Leia a íntegra do artigo de Lula no New York Times em resposta a Trump
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Filha de Edson Fachin é alvo de hostilidade na UFPR, onde é diretora