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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de José Wilson Granjeiro
14/3/2015 9:00
É claro que, até chegar a essas conclusões, Kelly teve de fazer uma revisão de seus próprios conceitos, ao concluir que o que vinha ensinando nos dez anos anteriores estava mais prejudicando do que ajudando seus pacientes. Ela costumava afirmar que o estresse adoece as pessoas, que ele provoca nelas de um simples resfriado a males graves como os que atingem o coração. "Basicamente, eu transformei o estresse num inimigo, mas mudei minha opinião", confessa a psicóloga, que foi influenciada por um estudo que acompanhou 30 mil adultos nos Estados Unidos por oito anos.
Os pesquisadores envolvidos no estudo aplicaram questionário com as seguintes perguntas: "Quanto estresse você teve no ano passado?" e "Você acredita que o estresse é prejudicial à sua saúde?". De posse das respostas, e com base nos registros públicos de óbitos, os pesquisadores concluíram o seguinte: pessoas que haviam vivenciado muitos momentos de estresse no ano anterior tinham aumento de 43% no risco de morte. Em contrapartida, o estudo constatou também que essa relação só se aplicava a quem acreditava que o estresse é prejudicial à saúde. Os dados coletados na pesquisa demonstraram que quem vivenciava muitos momentos de estresse mas não partilhava dessa crendice popular não tinha maior propensão para morrer. Na verdade, essas pessoas tinham índices de risco de vida menores do que qualquer outro grupo avaliado no estudo, aí incluídas as pessoas que costumavam passar por relativamente pouco estresse.
Os pesquisadores responsáveis pelo estudo estimam que, durante os oito anos em que monitoraram os falecimentos nos Estados Unidos,182 mil americanos morreram prematuramente. Mas não em decorrência de estresse, e sim da crença de que o estresse é ruim para a saúde. Isso dá mais de 20 mil mortes por ano. Se a estimativa estiver correta, significa que a crença de que o estresse é ruim para a saúde foi a 15ª maior causa de mortes nos Estados Unidos no ano passado,tendo matado mais que o câncer de pele, a aids e os homicídios.Essas conclusões levaram Kelly McGonigala refletir: será que mudar a maneira de pensar sobre o estresse pode nos tornar mais saudáveis? A ciência diz que sim. "Quando mudamos nossa opinião sobre o estresse, podemos mudar nossa resposta corporal a ele", afirma a psicóloga.
Acredite se quiser: o estresse torna uma pessoa sociável por causa da ação de um hormônio chamado oxitocina, "que é liberado (pela glândula pituitária) quando abraçamos alguém, ajusta os instintos sociais do cérebro, faz precisar do contato físico com os amigos e a família, realça a empatia". Um dos principais papéis da oxitocina no corpo humano é proteger o sistema cardiovascular dos efeitos do estresse, pois o hormônio é um anti-inflamatório natural. Ele também ajuda os vasos sanguíneos a se manterem relaxados durante o estresse, além de auxiliar as células cardíacas a se curarem de qualquer dano causado pelos momentos de tensão, revela Kelly.
Para a psicóloga norte-americana, "o estresse nos dá acesso aos nossos corações. O coração compassivo que encontra alegria e significado quando se conecta com outros, e seu coração físico batendo forte, trabalhando duro para lhe dar força e energia, para combater o estresse. Você não está somente melhorando do estresse, e sim afirmando algo profundo, dizendo que pode confiar em si mesmo para lidar com as mudanças da vida. E está se lembrando de que não precisa enfrentá-las sozinho". McGonigal ensina, ainda, que "buscar significado é melhor para a saúde do que tentar evitar o desconforto. E o melhor jeito de tomar decisões é seguir o que quer que dê significado à sua vida e então acreditar em si mesmo para lidar como estresse que virá".SEGURANÇA PÚBLICA
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