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Manchetes dos jornais de hoje - 14fev2009

Congresso em Foco

14/2/2009 7:12

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Folha de S. Paulo

Dilma "cola" em Lula e faz o dobro de viagens pelo país

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) vem colocando em prática seu discurso de que é hora "de sair dos gabinetes" e mais do que dobrou, de 2007 para 2008, as viagens pelo país. A turbinada na agenda coincidiu com a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de fazer dela sua sucessora. A nova rotina de Dilma repercute na Casa Civil, que passa por mudanças, e tem garantido à secretária-executiva da pasta, Erenice Guerra, mais atuação.

No ano passado, Dilma fez 61 viagens e passou a integrar definitivamente a comitiva de Lula. Em 2007, foram 28 viagens. Além de os roteiros terem se tornado mais constantes, o perfil das incursões pelo Brasil mudou. Há dois anos, a ministra se dedicava a eventos técnicos, relacionados a investimentos, biocombustíveis e ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que, em 2007, estava em fase de seleção de projetos pelos Estados.

Agora, as viagens ganharam uma roupagem política e mais abrangente, como eventos sobre exploração sexual de crianças, encontros partidários e premiações. O PAC continua sendo destaque, e, em fase de inaugurações, as viagens para ver obras tiveram o reforço de Lula e de discursos da ministra.

Das 28 viagens de 2007, apenas em 5 Dilma estava na companhia de Lula, segundo a agenda oficial da ministra disponível no site da Casa Civil. No ano passado, das 61 viagens, em 35 ela acompanhou o presidente. Só neste ano, ela já fez 10 viagens, sendo 7 com Lula. Ontem, em Recife, o presidente classificou como "absurda" a possibilidade de PSDB e DEM recorrerem à Justiça por causa da participação da ministra em inaugurações ou lançamentos de obras ao seu lado. Os dois partidos de oposição dizem que os petistas estão antecipando a campanha de 2010.

Ministra diz ser o que PT tem de mais "vívido"

Ainda alvo de restrições de parcela do partido, Dilma Rousseff negou ontem que sofra resistência de petistas e chegou a dizer que representa o que tem de "mais vívido" no PT. À entrada de um jantar oferecido em São Paulo pela ex-prefeita Marta Suplicy com o objetivo de aproximar a ministra da sigla, ela condicionou sua candidatura ao PT, mas descartou que seja objeto de restrição.

"Não vejo nenhuma resistência, pelo contrário. O PT tem me recebido de forma muito fraterna em todos os lugares a que vou", disse ela, lembrando que parte substantiva de quem resistiu à ditadura desaguou no PT. "Tenho identificação com o cerne do PT, não é um partido qualquer", disse.

Pouco antes, ela havia afirmado que sua candidatura dependeria de uma conversa com o presidente Lula e de avaliação do PT. "Como as duas coisas não estão dadas, não posso dizer que sou candidata, ainda." "Lançada" por Marta como candidata, Dilma lembrou que as mulheres são maioria no país: "Não vejo por que uma mulher não tenha todas as condições [de ser presidente]".
Apesar de negar a candidatura -"as coisas têm sua hora, a minha não chegou ainda"-, ela reconheceu que essa é sua pretensão

"Minha grande ambição é dar continuidade ao governo do presidente Lula". O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), disse que "o PT já está resolvido, a Dilma é nossa candidata". Ao receber a ministra, Marta disse que o "time de São Paulo está unido para apoiar sua candidatura à Presidência".

Ministra ataca "falta de projetos" da oposição

Em resposta às críticas de PSDB e DEM de que o presidente Lula estaria usando a máquina do governo para projetá-la à sucessão presidencial, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) atacou a "falta de projeto" da oposição, ao lançar obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Rio Grande do Sul -seu berço de atuação política.

"Eles podem falar o que quiserem, mas não me parece que eles tenham um projeto." Ao elogiar as medidas anticrise do governo paulista, Dilma chamou de "PAC do Serra" o pacote de R$ 20,6 bilhões anunciados anteontem pelo tucano José Serra. "Nós somos a favor de investimento neste momento", disse. "O PAC do Serra é muito bem-vindo e o governo federal vai contribuir no que puder."

Ontem, a ministra inaugurou a duplicação de uma avenida, prometeu R$ 1,2 bilhão em novas obras no Estado e posou para fotos operando uma máquina de perfurar solos em cerimônia do início da ampliação da linha de metrô na região metropolitana de Porto Alegre. Inaugurações de obras, disse Dilma, são uma forma de "prestar contas" à população.

PSDB quer acelerar 2010, mas Serra hesita

Atento à movimentação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o comando do PSDB está decidido a precipitar o lançamento da candidatura do governador José Serra à Presidência. Serra, porém, resiste. Sob o argumento de que, graças à colocação nas pesquisas, ele sairia vitorioso da disputa interna, tucanos chegam a insistir para que Serra enfrente o governador de Minas, Aécio Neves, em prévias partidárias.

Numa reunião com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso alegou que, se não lançar candidato o "quanto antes", a oposição ficará sem um porta-voz no país. Uma das avaliações é que, se fosse escolhido, o candidato já poderia monopolizar o programa partidário do PSDB. Agora, terá que dividir o tempo com outros governadores.

Ao longo da semana, FHC pediu para que o partido trabalhe para convencer Aécio Neves a abrir mão da disputa. O comando tucano defende ainda que Serra viaje mais pelo Brasil, numa tentativa de ampliar seu capital político fora das regiões Sul e Sudeste.

Em resposta a críticas, Planalto divulga balanço de evento

Em resposta às críticas da oposição, que considerou eleitoreiro o encontro nacional dos prefeitos que ocorreu nesta semana em Brasília, o Planalto divulgou ontem um balanço do evento.

O DEM pediu ao TCU (Tribunal de Contas da União) que analise suposto uso indevido de imagem e recursos públicos para a realização do encontro, que teve custo final de R$ 253 mil.

O partido estuda, em conjunto com o PSDB, ingressar na Justiça por propaganda eleitoral antecipada da campanha da ministra Dilma Rousseff à sucessão de 2010.

Olavo Noleto, subchefe adjunto de assuntos federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, disse que não foi feito um levantamento do número de prefeitos da oposição que assinaram presença, mas que tucanos e democratas participaram até mesmo da elaboração do documento discutido durante o encontro. Segundo o governo, 5.300 prefeitos de todos os partidos participaram do evento. "Eles que me desculpem, mas chega a ser ridículo [dizer que é eleitoreiro]."

Grampo ilegal contra deputado não foi político

O grampo ilegal feito em um celular do líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP), não teve qualquer objetivo político, como suspeitava-se, e sim fez parte de uma investigação clandestina de infidelidade conjugal.

Relatório da Polícia Civil de São Paulo, obtido pela Folha, mostra que as interceptações e o histórico de chamadas do telefone de Aníbal foram encomendados pela detetive particular Ângela Bekeredjian, contratada por uma mulher que desconfiava do marido.

Ângela Detetive, como se apresenta em programas de TV sobre casos extraconjugais, recebeu da cliente uma lista de números discados pelo marido, e acionou seus contatos em operadoras de telefonia, segundo a polícia. Foram quebrados os sigilos de diversos telefones, entre eles o de Aníbal.O deputado confirmou a história e disse que o celular era usado por sua secretária.

O Estado de S. Paulo

''O Brasil está maduro para ter uma mulher presidente'', afirma Dilma

Ao chegar à casa da ex-prefeita Marta Suplicy para ser "apresentada" ao PT paulista, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que o Brasil está pronto para ter uma mulher no comando do País.

"Acho que o Brasil está maduro para ter uma mulher presidente. Acho que esse século é o das mulheres. Não só no Brasil, como na América Latina", declarou a ministra, citando as presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e do Chile, Michele Bachelet. Cotada para ser a presidenciável petista em 2010, a ministra completou: "Aliás nós somos maioria no Brasil. Não vejo por que uma mulher não tenha todas as condições".

Marta organizou o jantar a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem a candidatura de Dilma precisa ganhar respaldo partidário.

"O time de São Paulo está unido para apoiar a sua candidatura à Presidência da República: a primeira mulher presidente deste País", disse a ex-prefeita, ao saudar a ministra.

Ministra reage e diz que oposição não tem projeto

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem que a oposição tem se mostrado incomodada porque o governo está trabalhando e tem projeto para o Brasil. Ao mesmo tempo, elogiou o pacote de medidas de estímulo à economia lançado pelo governo de São Paulo na quinta-feira. "Acho muito bom, o PAC do (José) Serra é muito bem-vindo e o governo federal, no que puder, vai contribuir", afirmou, fazendo referência à sigla do principal programa federal de obras de infraestrutura. "Estamos precisando no Brasil que todos os governantes façam investimentos."

Os comentários foram feitos em entrevista coletiva após inauguração e lançamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento em municípios da região metropolitana de Porto Alegre. Dilma foi indagada sobre a iniciativa do DEM, que enviou representação ao Tribunal de Contas da União (TCU) e prometeu enviar ao Tribunal Superior Eleitoral (TCE) pedindo apuração de suposta promoção irregular de sua candidatura à Presidência.

Depois de qualificar como "improcedente" a acusação do partido, Dilma passou a justificar a série de inaugurações e visitas a obras que seguirá agendando, sempre às sextas-feiras, durante este ano. "O que estamos fazendo é o lançamento, o acompanhamento e o monitoramento das nossas obras, algo absolutamente legítimo e que integra as nossas ações enquanto Executivo", afirmou.

''Maquiagem pode estar no batom, mas não no PAC''

Ao mesmo tempo em que encara discussões políticas com a oposição, a ministra-chefe da Casa Civil vai adquirindo traquejo nos palanques. Ao falar sobre a inclusão de novas obras no PAC como iniciativa do governo federal para enfrentar a crise financeira internacional, Dilma Rousseff fez brincadeiras com frases recentes do presidente Lula.

"O presidente até ameaçou cortar meu batom, mas não as obras do PAC", lembrou, durante discurso que arrancou risos em São Leopoldo, ao garantir que o governo federal seguirá investindo em obras que movimentem a economia, ampliem a infraestrutura e mantenham empregos.

Para Lula, é absurdo falar em campanha antecipada

Um dia depois de o DEM e o PSDB apertarem o cerco ao governo federal contra o que classificam como antecipação de campanha eleitoral, para beneficiar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu ontem com irritação e respondeu duramente aos adversários, a quem atribuiu "um comportamento injusto e pequeno". As declarações foram feitas durante uma rápida entrevista coletiva, após a visita do presidente ao primeiro projeto de Aqüicultura Marinha do País, no Recife.

DEM e PSDB ameaçaram recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral, argumentando que o presidente promove sua candidata antes do prazo legal para o início da campanha eleitoral.

"Eu sinceramente acho isso uma coisa tão absurda, tão pequena", disse Lula. "Uma pessoa só é candidata depois que acontece a convenção de seu partido, que só acontece no ano que vem. É a Dilma que trabalha aos sábados e domingos. É a Dilma que vai até as 3h da manhã, é ela quem acompanha cada obra, que conversa com cada prefeito e governador deste País, incluindo o (José) Serra, sobre o andamento das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). É ela que vai ao TCU. Foi ela quem eu denominei a mãe do PAC. Por isso, a Dilma vai continuar viajando e acompanhando tudo de perto."

Para Serra, governo e PT é que antecipam processo

O governador José Serra (PSDB) voltou ontem a atacar a política de juros praticada pelo governo e se disse satisfeito com a posição que ocupa nas pesquisas, mas negou que o PSDB esteja antecipando a corrida eleitoral à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao ser indagado sobre o assunto, em visita a Cascavel (PR), o tucano rebateu: "Quem está antecipando todo esse processo é governo federal e o próprio PT."

Na visita, Serra foi recepcionado por diversos líderes tucanos no Paraná, incluindo o prefeito de Curitiba, Beto Richa, o senador Álvaro Dias, os deputados Gustavo Fruet e Alfredo Kaefer, além de parlamentares estaduais. O motivo da viagem foi participar do Show Rural Coopavel, um dos maiores eventos agropecuários do Brasil. Apesar da calorosa recepção, o governador negou qualquer conotação eleitoral na viagem.

Indagado sobre a candidatura do PSDB a presidente em 2010, ele respondeu que é muito cedo para tratar da questão: "Fui eleito para governar São Paulo e minha preocupação é sempre geral, ajudar o nosso Estado na troca de experiências com outras unidades da federação."

Oposição fará encontro de prefeitos com pré-candidatos

A oposição não vai reagir apenas com medidas judiciais ao que considera antecipação ilegal da campanha eleitoral pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT na sucessão presidencial de 2010. A resposta política acontecerá na última semana de março, quando PSDB, DEM e PPS promoverão, em Brasília, um encontro de prefeitos e vereadores dos três partidos, intitulado Aliança pelo Brasil - Bases em Movimento. Os convidados especiais serão os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, os dois pré-candidatos tucanos à Presidência da República.

Foi um encontro com prefeitos, financiado pelo governo federal e realizado na terça e quarta-feira passadas, que motivou a decisão do DEM e do PSDB de entrar com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na próxima semana, contra o presidente e a ministra. Os comandos das duas legendas entenderam que Lula usou dinheiro público para fazer campanha para Dilma, já que prestigiou a ministra na reunião com mais de 3.500 governantes. Na ocasião, o presidente anunciou um pacote de bondades para os municípios e os prefeitos puderam até posar para fotomontagens em que apareciam ao lado de Lula e Dilma. O Planalto esclareceu que as fotos eram iniciativa de uma empresa particular e não tinham apoio ou dinheiro do governo.

Lula bate recorde de servidores temporários

O governo bateu recorde de contratações temporárias em 2008, segundo dados do Ministério do Planejamento. Até 31 de outubro, data do último relatório da Secretaria de Recursos Humanos, 17.530 pessoas haviam sido contratadas por tempo determinado para trabalhar no serviço público federal, mais do que o total de servidores concursados admitidos no período.

Desde o início do governo Lula, em 2003, as contratações temporárias já somam mais de 82 mil, pondo em dúvida o discurso petista em favor de um serviço público estável. O espectro de atividades exercidas por esse tipo de "servidor tampão" também é cada vez maior e vai do ensino em universidades a serviços especializados de engenharia e tecnologia da informação.

Em alguns casos, os temporários ganham apenas um salário mínimo (como professores substitutos), mas em outros começam ganhando mais do que os servidores concursados para atividades semelhantes, como é o caso dos engenheiros do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Na quarta-feira, o DNIT iniciou o processo de seleção de 200 funcionários para trabalhar temporariamente em diversas áreas de administração e engenharia, com salários de R$ 6,1 mil a R$ 8,3 mil - quase o dobro do valor inicial recebido por um engenheiro concursado (R$ 4,2 mil).

Custo dos contratos subiu 58%

O custo dos contratos temporários, terceirizados e de estagiários já cresceu 58% acima da inflação (medida pelo IPCA) desde o início do governo Lula. É o que indicam dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) obtidos pelo Estado. De 2002 a 2008, os gastos da União com esse tipo de trabalhador pularam de R$ 2,66 bilhões para R$ 4,22 bilhões em valores reais.

A diferença entre os contratos temporários e os terceirizados é que estes últimos são geralmente utilizados de forma permanente para cobrir determinados serviços de menor qualificação na administração pública, como o trabalho de vigilância, telefonia e limpeza. Na prática, entretanto, existem muitos contratos de terceirização que começaram a avançar sobre atividades mais nobres da administração, como funções de gerência e assessoria nos ministérios. Os contratos geralmente são feitos com empresas e não têm limite de tempo.

Projeto de reajuste salarial do STF divide opinião de líderes na Câmara

A votação do projeto de reajuste do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) divide os partidos na Câmara. Apesar das pressões do Supremo, não há data para o projeto chegar ao plenário. De acordo com o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), essa decisão será tomada no colégio de líderes, que reúne partidos do governo e da oposição.

A proposta encaminhada em 2006 propunha aumento dos atuais R$ 24.500 para R$ 25.725, considerando 5% de reajuste referente à inflação de 2006. O aumento entraria em vigor em de janeiro de 2007. Como o projeto não foi votado, a discussão agora é de um reajuste para R$ 27.716.

Projeto similar prevê o mesmo reajuste para o procurador-geral da República. Tanto num caso como no outro o aumento teria efeito cascata, atingindo todos os patamares das carreiras do Judiciário e do Ministério Público.

O líder do PSDB, José Aníbal (SP), não considera prudente votar projetos que acarretem aumento dos gastos num momento de crise financeira. "Não vejo nenhuma oportunidade", disse ele. "O momento é de investir e preservar empregos."

Erundina e Silvio Torres sacam salário na boca-do-caixa

Depois do caso polêmico do deputado Edmar Moreira (sem partido-MG), dois parlamentares paulistas confirmaram ontem também terem recorrido ao saque na boca-do-caixa do valor integral de seus salários. São eles: Silvio Torres (PSDB) e Luiza Erundina (PSB).

Por determinação do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), a prática foi suspensa na terça-feira passada. Agora, todos os deputados receberão seus vencimentos de R$ 16,5 mil mensais em depósito feito diretamente na conta bancária. "Já determinei que não se faça mais isso. A ordem que dei é de que todos os créditos sejam em conta bancária."

Torres afirmou que optou pelo saque para evitar que seu salário fosse retido pela Justiça. "Mandaram sequestrar meu dinheiro em função da pendência de uma empresa da qual eu saí há oito anos. Nem era mais sócio quando aconteceu. De qualquer forma, a situação já está regularizada", disse.

Erundina explicou que fez a retirada em 2008 por orientação da Mesa Diretora. Ela foi condenada a devolver R$ 320 mil à Prefeitura de São Paulo por causa de um processo na época em que foi prefeita. A deputada conta que, por alguns meses, o salário foi totalmente retirado de sua conta. "Eu fiquei com a conta zerada. Não tinha dinheiro para pagar nem mesmo alimentação", afirmou. No fim do ano, um acordo foi feito e apenas 10% do subsídio passou a ser bloqueado. Segundo ela, o banco foi avisado, mas a situação ainda não foi normalizada.

Notas fiscais de deputado do castelo devem ser divulgadas

A Mesa Diretora da Câmara tende a permitir que se tornem públicas as notas fiscais apresentadas pelo deputado mineiro Edmar Moreira (atualmente sem partido) para comprovar gastos com verba indenizatória. A pedido do PSOL, uma investigação será aberta na Corregedoria da Câmara para apurar suspeitas de irregularidades em despesas com segurança. Como Moreira é empresário do ramo, a Corregedoria deve apurar se recursos públicos foram diretamente transferidos para empresas ligadas a ele ou a seus parentes e sócios.

A verba indenizatória permite ao deputado gastos de até R$ 15 mil mensais, que são comprovados por meio de notas fiscais. Tais documentos, no entanto, são mantidos sob sigilo. O portal da Câmara na internet divulga, mês a mês, apenas o valor das despesas de cada deputado, sem detalhar o destino dos recursos.

Senador quer tesoureiro de seu partido em agência reguladora

Estrela em ascensão na base aliada do governo, o senador Gim Argello (DF), líder do PTB, está prestes a concretizar um feito reservado a poucos políticos: nomear um diretor de agência reguladora. Ivo Borges de Lima, seu principal assessor há uma década, é cotado para substituir Noboru Ofugi na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O mandato de Ofugi termina no dia 18.

Borges é filiado ao PTB e ocupa o cargo de tesoureiro do escritório regional do partido. "Mas se eu for nomeado terei de me desfiliar."

Nos bastidores do governo, sabe-se desde o início deste ano que a diretoria da ANTT seria indicada por Argello. Nada mau para alguém que chegou ao Senado sem ter recebido um voto sequer. Ele é suplente de Joaquim Roriz (PMDB-DF), que renunciou ao cargo em 2007 para não ser cassado pela acusação de ter se beneficiado de um suposto esquema de corrupção no Banco Regional de Brasília (BRB). Argello foi apontado como suspeito de grilagem de terras no Distrito Federal e de envolvimento em crimes identificados na Operação Aquarela, que levaram à renúncia de Roriz. O senador não retornou a ligação do Estado. Ele refutou todas as acusações nas outras vezes em que falou das denúncias.

Criadas no governo Fernando Henrique para garantir a estabilidade regulatória nos serviços concedidos pelo governo federal, como telefonia, energia e transportes, as agências reguladoras perderam poder no governo Lula e têm servido para distribuir quinhões de poder a políticos aliados. O senador José Sarney (PMDB-AP), por exemplo, nomeou no ano passado Emília Ribeiro, uma assessora de seu gabinete, para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O Globo

Bancos dão trégua a Obama e suspendem despejos nos EUA

No mesmo dia em que a Câmara aprovou, por 246 votos a 183, o pacote de estímulo à economia dos EUA, os grandes bancos resolveram atender a um apelo do Congresso e suspenderam as execuções de hipotecas de mutuários com dívidas em atraso até que o plano do governo de Barack Obama para solucionar a questão das hipotecas fique pronto.

Só em janeiro, 274 mil donos de imóveis receberam ordem de despejo nos EUA por não pagamento. Há um total de 2,3 milhões de americanos sem casa hoje. A impossibilidade de atrair votos dos republicanos para aprovar os pacotes está deixando cada vez mais longe o sonho de Obama de fazer um governo suprapartidário. (págs. 1, 27 a 29, Míriam Leitão e editorial "Retomada difícil")

'Dilma não vai parar de viajar'; Serra começou

O presidente Lula rebateu a crítica de que faz campanha por Dilma: "Ela tem que viajar para fiscalizar obras." Pré-candidato do PSDB, o governador José Serra (SP) foi a uma feira agropecuária. No PR.

Suíça: brasileira pode ter se mutilado

Numa reviravolta no caso da brasileira supostamente agredida por neonazistas na Suíça, a policia de Zurique informou que Paula Oliveira não estava grávida e que as marcas encontradas no corpo dela podem ser resultado de automutilação.

O diretor do Instituto de Medicina Legal da Universidade de Zurique afirmou, com base em exames feitos por Paula no hospital, que não havia gravidez no momento do suposto ataque. Disse também que os cortes no corpo da jovem são todos em locais alcançáveis pela vítima.

Paula está internada em Zurique e, segundo sua família, entrou em choque. A polícia suíça continuará investigando o caso. A família de Paula informou que a jovem estava grávida e rejeitou a hipótese de automutilação.

O presidente Lula, que afirmara não poder ficar calado diante da violência, disse ontem que o caso tem de ser investigado em sigilo, sob acompanhamento das autoridades brasileiras. O Itamaraty não fez mais comentários.

Jornal do Brasil

Olimpíada trará ao Rio mais R$ 12,8 bi

Se o Rio for escolhido como sede da Olimpíada 2016, no dia 2 de outubro, a cidade ganhará mais R$ 12,8 bilhões em investimentos e custeio dos Jogos. O projeto completo do Comitê Olímpico Brasileiro, apresentado ontem, é de R$ 28,8 bilhões - desses, R$ 16 bilhões serão para um choque de modernização da cidade, e virão mesmo que o Rio não seja a sede.

Entre os possíveis legados dos Jogos estão previstos a despoluição da Baía de Guanabara, das lagoas da Barra, da Lagoa Rodrigo de Freitas, e o plantio de 24 milhões de árvores. Além disso, será reformado o Aeroporto Tom Jobim, renovado o sistema de trens, ampliado o metrô e criados três sistemas de ônibus rápidos. A segurança da cidade será feita por 60 mil homens.

Houve exagero nas demissões, reclama Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o empresariado que demitiu empregados nos últimos meses. "Exageraram nas demissões", afirmou ontem, acrescentando que as empresas ganharam muito dinheiro em 2008. "Num momento de crise, a gente ajuda quem precisa ser ajudado", disse.

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