Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
29/4/2011 6:01
Mário Coelho
O deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) entrou nesta sexta-feira (29) com uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo a investigação de cinco diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O deputado quer saber se os integrantes da Aneel cometeram crime de prevaricação e prática de improbidade administrativa ao concederem aumentos acima do pedido por distribuidoras em três estados da federação. "Como pode a Aneel conceder um aumento maior do que as distribuidoras pediram?", questionou o pepista.
A representação foi motivada por uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a matéria, a partir de maio, 61 milhões de consumidores pagarão em São Paulo, Minas Gerais e no Rio de Janeiro valores maiores dos que os solicitados pelas distribuidoras. "Tem alguma coisa errada nisso. Em vários casos, o reajuste concedido é maior do que o reajuste salarial médio nos estados. Em um momento de combate à inflação, a conta de luz está cada vez mais cara", disse o deputado.
Leia a íntegra da representação
O pepista faz parte de um grupo de deputados que espera que as concessionárias de energia elétrica devolvam ao consumidor o que receberam indevidamente durante sete anos. Estimativa feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que um equívoco de cálculo fez com as empresas recebessem R$ 1 bilhão a mais por ano no período de 2002 a 2009. A devolução dos recursos, estimados inicialmente em R$ 7 bilhões, está prevista no Projeto de Decreto Legislativo 10/2011, apresentado em fevereiro na Câmara.
Segundo a proposição, as distribuidoras cobraram na conta de luz, durante sete anos, uma contribuição com o pretexto de custear o fornecimento de energia em localidades e sistemas isolados do país. A cobrança foi considerada irregular pelo TCU. No último dia 25 de janeiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a decisão tomada em dezembro de 2009 de desobrigar as concessionárias de restituir os valores aplicados irregularmente.
O aumento das contas de luz foi um dos motivos para a instalação na Câmara da CPI da Energia Elétrica. A partir do pedido de auditoria nas contas administradas pelas concessionárias de energia, o procedimento de investigação parlamentar foi criada. Encerrada em 2009, ela teve, entre outras resoluções, o indiciamento do então diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, junto ao Ministério Público Federal.
Além disso, no relatório final, elaborado pelo deputado Alexandre Santos (PMDB-RJ), foi aprovada a recomendação que o Ministério Público investigue todos os ex-superintendentes e ex-diretores da Aneel que não cumpriram a quarentena de 12 meses sem trabalhar na iniciativa privada após deixarem os seus cargos no órgão. Eles devem ser investigados também pelo crime de tráfico de influência.
Temas
IMUNIDADE PARLAMENTAR
Entenda o que muda com a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara
Educação e Pesquisa
Comissão de Educação aprova projeto para contratação de pesquisadores