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Congresso em Foco
13/11/2007 | Atualizado 14/11/2007 às 13:27
Ao final da sessão que aprovou hoje (13) a PEC da CPMF, opiniões divergentes foram registradas pelo Congresso em Foco à saída da CCJ. Como é de praxe em decisões importantes, senadores fizeram questão de manifestar seus posicionamentos aos jornalistas que esperaram o fim da longa deliberação de hoje.
A favor
“O trabalho será ainda maior a partir de agora, porque em plenário a baralha continua”, avaliou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), confiante na vitória do governo.
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) compartilhou a opinião de Jucá. “Nós estamos confiantes, porque a proposta que foi negociada dos senadores com o governo isenta quem ganha até 2.894 reais – ou seja, 38 milhões de brasileiros e brasileiras –, reduz a alíquota da CPMF em 20 bilhões de reais a menos em quatro anos e, principalmente, aumenta os investimentos na área da saúde”, declarou, lembrando que a CPMF “financia em 24 bilhões de reais o atendimento hospitalar de 12 milhões de brasileiros que estão internados”.
Para Ideli Salvatti (PT-SC), a vitória parcial obtida hoje pelo governo é especialmente importante por dar celeridade à tramitação da proposta. “Foi uma vitória não só no mérito da PEC, mas algo que para nós era muito importante, que é a troca da relatoria. Todos nós sabíamos que, mantida a relatoria com a senadora Kátia Abreu, ela iria utilizar todas as brechas regimentais para esticar até a CPMF ser derrotada por decurso de prazo. Isso vai nos dar uma perspectiva de ter o trabalho de tramitação com mais tranqüilidade”, disse ao Congresso em Foco a senadora petista.
Contra
Já a senadora Kátia Abreu, que teve seu relatório rejeitado, discorda do bloco governista. “Estou bastante confiante. Tenho a convicção de que nós venceremos no plenário, mesmo porque lá o governo não tem como fazer suas manobras e substituir senador da República”, disse a relatora ao Congresso em Foco, com menção à troca de Pedro Simon (PMDB-RS), que provavelmente votaria contra a PEC, pelo líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), que é favorável à aprovação do tributo (leia mais).
Líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM) também acredita que a troca de senadores trará prejuízos ao Planalto. “Agora, a situação do governo ficou muito pior.”
Álvaro Dias (PSDB-PR) concordou. “O governo teria em plenário, a meu ver, apenas 46 votos, e necessita de 49. A oposição teria hoje 35 votos. Questionado sobre a possibilidade de o governo fazer concessões para conseguir apoio, Álvaro Dias também alfinetou a troca. “Ele [governo] tem a possibilidade, na prática do desrespeito que se verificou aqui, com a substituição de parlamentares, de oferecer vantagens para conquistar votos. No plenário o jogo é outro. Temos sempre a esperança de que prevaleça a liberdade da convicção pessoal”, concluiu o tucano.
Desafio
Fazendo referência ao momento hilário que protagonizara momentos antes do encerramento da sessão, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) voltou a falar do desafio que fizera ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP). O tucano disse que, se Suplicy falasse o nome dos 37 ministros do governo Lula, votaria a favor da PEC, mudando de posição.
“Ele não conhece [o nome dos ministros], e não só o senador. Acho que nem o presidente Lula conhece o nome dos 37 ministros dele. Ele me disse agora que irá anunciar os nomes durante a votação em plenário. Eu disse que lá não valeria, porque ele assim teria tempo de colher as informações e ‘colar’ no plenário. Isso não é do feitio do senador Suplicy. Eu queria que ele, de memória, aquele instante, dissesse os nomes”, explicou Flexa à reportagem.
“Eu desafio a qualquer um do governo que diga cada um dos 37 nomes. Eles não sabem, talvez, nem o nome dos ministérios. Não deve ter nenhum brasileiro, nem o próprio presidente, que saiba”, concluiu.
Para registro: mais de uma hora depois do desafio lançado por Flexa Ribeiro, Eduardo Suplicy pediu a palavra e, pouco antes de ser votado o relatório de Kátia Abreu, disse: “Mas logo agora que eu ia anunciar o nome dos 37 ministros...”. O riso tomou conta da Comissão. (Fábio Góis)
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