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Congresso em Foco
26/7/2008 | Atualizado às 11:03
O presidente Lula disse hoje (26), em Lisboa, que a falta de acordo na Rodada Doha, principal reunião sobre comércio mundial, que teve início na última segunda-feira (21), em Genebra, na Suiça, não deve prejudicar as importações e exportações brasileiras. Ainda que reconheça dificuldades nas negociações, Lula avalia que a falta de entendimento atingirá os países mais pobres da América Latina e da África.
“Você terá os países mais pobres sem mercado para vender os seus produtos agrícolas e, o mais grave, num momento em que se vive uma crise de alimentos, com os países mais pobres sem incentivo para produzir alimentos. Isso é que é um grande problema”, disse o presidente, após participar de uma cerimônia de inauguração de duas fábricas da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) em Portugal, de acordo com informações da Agência Brasil.
A Rodada Doha serve como campo de negociações entre as maiores potências comerciais do mundo, tendo como objetivo diminuir as barreiras, com foco no livre comércio. Na tarde de ontem (25), o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, confessou que o Rodada passa por um “momento crítico”. Lamy afirmou que “a não ser que as posições mudem, radicalmente”, o acordo que todos os países vieram fechar não será possível.
Para evitar o fracasso da Rodada, as negociações do encontro deste ano, que terminariam neste sábado, devem seguir até a próxima quarta-feira (30). O principal entrave, que reflete também o maior problema do comércio mundial, é o impasse entre os interesses dos países considerados desenvolvidos e nações em desenvolvimento, como Brasil, Índia e China. Enquanto os países emergentes pedem a diminuição dos subsídios (impostos) aos produtos agrícolas estrangeiros, as nações ricas exigem a abertura das fronteiras a seus produtos manufaturados.
Na última terça-feira (23), o presidente Lula voltou a enfatizar que não haverá acordo se não houver flexibilização nas negociações da Rodada Doha. O Brasil exige a efetiva diminuição, em especial, dos subsídios dos Estados Unidos. As negociações recebem o nome de Doha, capital do Qatar, por ter sido essa cidade a cediar a primeira discussão do comércio mundial. (Renata Camargo)
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